23 “E Eu Não Sou Uma Mulher?” Confluências Entre a Psicanálise e a Mulher NegraA Colonização da Adolescência e sua Subversão pela Psicanálise 
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Estudos e Pesquisas em Psicologia

 ISSN 1808-4281

BUECHLER, Flávia Tridapalli; PERRONE, Cláudia Maria; SILVA, Gabriela Gomes da    RANCICH, Juliana Martins Costa. O Real da Violência: Relato de Experiência com um Coletivo de Mulheres. Estud. pesqui. psicol. []. 2023, 23, spe, pp.1333-1348.   20--2024. ISSN 1808-4281.  https://doi.org/10.12957/epp.2023.80170.

Este trabalho tem como objetivo, a partir da experiência e do testemunho de um Coletivo de Mulheres, propor uma leitura do que nomeamos como o Real da violência por meio do ensino de Lacan e comentadores. Diferente do Real enquanto fundamento ausente ou falta-a-ser, o Real da violência se insere historicamente no dia a dia e na vida de determinados corpos brasileiros, precisamente os corpos negros, femininos e periféricos. Em vista do cenário de impasses socio-políticos do Brasil, mas também de potentes vozes e ações que têm surgido das comunidades atravessadas por estruturas de violência, a experiência do Coletivo ilustra o presente trabalho, a fim de demonstrar caminhos possíveis para um saber-fazer com esse Real ao qual seus filhos e a comunidade estão mais expostos. À luz de conceitos da Teoria Feminista, como, por exemplo, a noção de interseccionalidade e a categoria corpo-território, endossamos essa discussão que demanda à Psicanálise conversar com outros campos do saber. Empreitada que exige engajamento ético e político dos psicanalistas, em especial dos que exercem a práxis analítica no Brasil.

: psicanálise; política; real; violência; coletivo..

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