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Revista Brasileira de Terapias Cognitivas

 ISSN 1808-5687 ISSN 1982-3746

Rev. bras.ter. cogn. vol.15 no.2 Rio de Janeiro jul./dez. 2019

https://doi.org/10.5935/1808-5687.20190012 

EDITORIAL

 

Editorial

 

 

Angela Donato Oliva

 

 

As terapias cognitivas, assim como diferentes áreas da ciência, têm enfrentado desafios de buscar eficácia em suas abordagens terapêuticas. Novas vertentes têm apresentado maneiras promissoras de lidar com diferentes transtornos. Uma discussão que se coloca no âmbito das psicoterapias é se de fato estamos diante de uma mudança de paradigma ou se essas práticas, que se apresentam em formatos inéditos, seriam, em última instância, semelhantes às tradicionais. terapia Comportamental Dialética (DBT), Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness (MBCT), Terapia do Esquema (TE), entre tantas outras, são algumas das abordagens ora disponíveis e que treinam psicoterapeutas qualificados para atuarem como especialistas nessas áreas.

Cumpre lembrar que Steven Hayes , que se destaca mundialmente como um nome de referência da terapia comportamental, foi um precursor da Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), e pode-se considerá-lo um pesquisador importante que ajudou a batizar de "terapias de terceira geração" as abordagens recentes. A pergunta que aqui se faz é se de fato as gerações anteriores foram superadas. Afinal, o que há de realmente novo e duradouro em tudo isso?

Um problema decorrente dessa profusão de novas abordagens é se há a possibilidade de integrá-las, se podem ser agrupadas em um mesmo paradigma, ou se estamos diante de práticas psicoterápicas diferentes entre si e inovadoras. A entrevista de Héctor Fernandez-Álvarez aponta na direção de um caminho que leva à integração. A entrevista de Paulo Machado também considera essa profusão de abordagens em seu trabalho com pacientes que apresentam transtornos alimentares. Neste número, os artigos de revisão, comunicação breve e relatos de pesquisa foram criteriosamente selecionados para mostrar como há uma variabilidade de perspectivas nas práticas psicoterápicas. E cada leitor pode avaliar o que de novo elas estão realmente trazendo.

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