CliniCAPS
ISSN 1983-6007
CliniCAPS v.1 n.3 Belo Horizonte dez. 2007
ARTIGOS
Debilidade ou loucura: elucubrações a partir do conceito de Parlêtre
Henri Kaufmanner*
PUC/Minas
RESUMO
O conceito de parlêtre expressa de maneira emblemática a evolução do ensino de Lacan e a conseqüente mudança que sofre o estatuto do inconsciente nesse ensino Essa evolução acontece impulsionada pela presença cada vez mais importante da dimensão real do corpo na elaboração lacaniana. No texto busco investigar essa mudança produzida na noção de inconsciente, articulando-a a importância que o conceito de lalangue passa a ter no pensamento lacaniano e como isso repercute nas noções de psicose e debilidade mental.
Palavras-chave: Inconsciente, Psicose, lalangue.
ABSTRACT
The concept of parlêtre expresses in an emblematic way the evolution of Lacan's teaching and the consequent change that suffers the statute of the unconscious in this teaching. This evolution happens driven by the each time more important presence of the real dimension of the body in the lacanian thought. In the text I investigate this change produced in the notion of unconscious, articulating it with the importance that the concept of lalangue begins to have in the lacanian thought and witch consequences it has to the notions of psychosis and mental disability.
Keywords: Unconscious, Psychosis, Lalangue.
O sujeito e o parlêtre
Sabemos que o sujeito, fruto da articulação significante, é deslocado de seu corpo não podendo, portanto, a ele se reduzir. Sabemos também que o acento dado por Lacan ao fato desse deslocamento ser efeito da linguagem, visa ressaltar uma especificidade humana, bem distinta do animal. Diferente do animal que é um corpo, o humano tem um corpo. Temos assim um dualismo saber/corpo que de certa maneira retifica o dualismo res cogitans/res extensa surgido com Descartes (MILLER, 1999/2004, p.14).
O humano é então constituído num tensionamento entre dois pólos. O pólo do saber, que no algoritmo lacaniano é constituinte do sujeito, é aquele da identificação do ser, mesmo que formulado como falta-a-ser. Já o pólo constituído pelo corpo, como dissemos, somente pode ser abordado pelo sujeito na vertente do ter. Esse dualismo instaura uma precariedade na relação sujeito-corpo de tal forma que podemos entender o narcisismo como uma busca imaginária de reparação a essa precariedade. Lembra-nos Miller, que é nessa falha entre o ser e o corpo que a psicanálise arranja seu espaço.
Se o sujeito do inconsciente, fruto da articulação significante, é um conceito que opera na relação com o Outro da linguagem, e o ser é sua articulação como falta-a-ser, somos levados a deduzir que o ser também é fruto dessa articulação, e, de forma mais precisa, em sua relação com o Outro, o ser é um efeito de sentido. Seguindo nessa linha de pensamento, não podemos negar, que reduzindo o ser a suas relações com o Outro, estabelecemos uma primazia do Édipo. Tal primazia não deixa de criar problemas onde a clinica se depara com a falta do sentido, como nas psicoses e nas novas formas de sintoma.
Embora tenha sido possível a Lacan mostrar em Schreber como que uma solução psicótica pode passar pela construção delirante do Outro, portanto mantendo a vertente do sentido, com Joyce vemos que ele avança no intuito de estabelecer, que para mais além da falta a ser, da morte da coisa produzida pelo significante existe o corpo e que há acontecimentos de corpo que não podem ser negligenciados. Esses acontecimentos de corpo, são os sintomas, e não podem ser reduzidos a uma relação com o Outro da linguagem, pois na verdade, para além do sentido, são efeitos de lalangue diretamente sobre o corpo.
Essa particularidade humana, a dualidade saber/corpo, vai receber um tratamento distinto ao longo da evolução do ensino de Lacan. Esse tratamento delimita momentos específicos da elaboração lacaniana e ganha mais clareza a partir da diferença que se estabelece entre os conceitos de sujeito e de falaser (parlêtre), com o que nos ocuparemos a seguir.
No Seminário 20, Mais ainda, Lacan nos dá um estatuto de inconsciente que avança em relação à sua redução à linguagem. O inconsciente seria um saber fazer com lalangue, enquanto a linguagem já seria uma elucubração de saber sobre lalangue (p.188). Podemos então deduzir, que o sujeito, aquele que se representa pela oposição significante, portanto, um sujeito que advém na produção de saber resultante dessa articulação, é fruto dessa elucubração que é a linguagem. Segundo o que ainda nos diz Lacan nesse seminário, essa elucubração, o inconsciente estruturado como linguagem, é fruto da psicanálise. Se o inconsciente estruturado como linguagem é efeito da psicanálise, conseqüentemente, o sujeito somente pode ser percebido como efeito da psicanálise e não uma anterioridade a essa.
É o que Miller nos mostra na lição IX de seu seminário Piéces Detachés. Através de um desenho de Saul Steinberg, ele ilustra o efeito da psicanálise sobre o inconsciente. No parlêtre não teríamos como operar com a metáfora e a metonímia, operações específicas do inconsciente estruturado como linguagem (SCUL). Isso só seria possível pela operação da máquina psicanalítica.(MILLER, 2/02/2005)
A partir dessa distinção entre o Sujeito e o parlêtre podemos, inclusive, alcançar ao que teria levado Lacan a chamar o efeito da psicanálise sobre lalangue de linguisteria. Afinal, o que se busca na análise é o discurso histérico, a linguisteria é o que se consegue com a ação da máquina psicanalítica sobre o parlêtre.
O inconsciente como saber fazer com lalangue (savoir y faire) parece melhor contemplar a vertente pulsional aí implicada, pois o que está em jogo com essa noção é um saber fazer com o gozo, o que toca diretamente o estatuto do parlêtre. O parlêtre é outra designação do inconsciente (LACAN,1975/1994, p.11).
Aprender a aprender
Podemos ainda abordar essa distinção entre o sujeito e o parlêtre a partir de uma outra perspectiva, a do estatuto do sintoma.
Inicialmente, Lacan segue a trilha original de Freud em que revela que há um sentido no sintoma, sendo a via da significação privilegiada pela noção de sujeito, aproximando esse sintoma da idéia de metáfora. Contudo, ele sempre ressaltou a hiância existente entre as construções do sujeito e o real do corpo, por mais que essa disjunção em determinados momentos caísse para um segundo plano, em função da primazia do simbólico. Posteriormente, essa hiância o levou a seguir uma outra trilha, também deixada por Freud e que diz respeito à satisfação produzida pelo sintoma, ali onde haveria o desprazer, tomando o sintoma como acontecimento de corpo.
Esse desprazer experimentado no sintoma decorre do fato de que não há como se identificar a ele, pois não há como ser um corpo. A identificação ao sintoma proposta como final de análise por Lacan, não somente demonstra essa disjunção estrutural, como também aponta a psicanálise, em seu caminho de desnaturalização desse sintoma, como uma via de tratamento dessa disjunção.
Essa dimensão corporal do sintoma, e que por ser corporal encontra-se fora do sentido, ressalta o fato de que embora disjuntos, o corpo sofre efeitos do discurso, o discurso faz traços no corpo.
É mais uma vez Miller quem nos explica, apontando no Seminário 20, mais especificamente em seu final, onde Lacan se refere às experiências de laboratório feitas com ratos. Nesse momento de seu seminário Lacan se interroga sobre o saber, e se utiliza dessas experiências como operadores de seu pensamento. Os experimentadores arvoram-se a apontar a capacidade de aprendizado que têm os animais, no caso em questão os ratos. Assim, associando-se estímulos positivos e negativos eles aprendem determinados atos, como pressionar uma válvula, um trinco, ou seguir determinados caminhos em um labirinto. Lacan, contudo, assinala que o ponto primordial dessas experiências não é levado em consideração. Ele insiste que a questão mais importante a investigar seria saber se o rato seria capaz de aprender a aprender. O que Lacan destaca com essa questão, é que o aprender e o saber são absolutamente distintos. O saber é o que se articula (LACAN,1973/1985.p.188). Assim, quando pergunta se o rato é capaz de aprender a aprender, Lacan quer delinear essa distinção entre o aprendizado e o saber, assinalando a ignorância desses experimentos em saber se o rato é capaz de articular, de elaborar a partir de seu aprendizado, e mesmo, também se é capaz de transmiti-lo. Basicamente, Lacan nos mostra que esses experimentos ignoram se o rato é capaz de operar com os significantes, com o discurso, enfim se ele pode elucubrar saber.
Até sua entrada no experimento, o rato é um ser natural. Seu saber está em seu corpo, e afinal, como o animal é seu corpo, ele é o saber. Temos aí uma boa maneira de entender o que é da ordem do instinto. A partir do experimento, atravessado que é pelo desejo do experimentador, e para satisfazê-lo, no individuo rato passam a se separar o ser e o corpo.
Tudo o que a unidade roedora aprende nesta ocasião é dar um signo, um signo de sua presença de unidade. O trinco só é reconhecido por um signo, e apertar a pata sobre esse signo, é um signo. É sempre fazendo um sinal, por um signo, que a unidade acede àquilo de que se conclui que há aprendizagem. Mas essa relação aos signos é de exterioridade. Nada confirma que possa haver no rato sacação do mecanismo ao qual resulta apertar o botão (LACAN,1973/1985, p.192). Para Miller, ai encontra-se o exemplo idôneo para se conseguir o que há da diferença entre o signo e o significante (MILLER, 1999/2004, p.51).
Entendemos então que o signo está relacionado a uma presença, uma presença de ser, enquanto o significante é sempre articulação, a partir de uma falta a ser.
Miller nos diz que o rato que faz signo de sua presença corporal, ao pisar na válvula do experimento, fala com seu corpo. E falar com o corpo é o que caracteriza o parlêtre (MILLER, 1999/2004, p.51).
Com a noção de parlêtre Lacan afina a sintonia de seu ensino. À psicanálise interessa não apenas o sujeito lógico do significante, mas também, aquele que tem seu corpo afetado pela língua. Interessa-nos o sujeito em sua falta a ser, como em sua presença de ser. Essa noção, contudo, propicia uma nova concepção da idéia de debilidade mental, bem como uma ampliação dos limites do campo que essa idéia abrangia até então.
... o homem não se safa de modo algum desse negócio de saber, isso lhe é... isso lhe é imposto. Isso lhe é imposto pelo que chamei de efeitos de significantes. E ele não fica aí a vontade. Ele não sabe fazer com (faire avec) o saber..... é o que se chama a debilidade mental, da qual devo dizer que eu não sou exceção.... esse material é o que nos habita. Com este material ele não sabe como se virar (il ne sait y faire)...(LACAN,11/01/1977).
Essa citação do seminário 24 (De linsu...) mostra-nos de maneira clara, que para Lacan, a partir do momento em que o que esta em jogo não é apenas o sujeito, mas o homem afetado pelo inconsciente, o saber que esta em pauta não é mais o saber científico, da articulação significante, mas um saber fazer com a afetação que esse significante produz sobre o corpo. Nessa mesma lição, Lacan acrescenta que o parlêtre, fala sempre só e sempre uma única coisa, a menos que possa dialogar com um analista. Essa fala solitária e repetitiva, se daria em função do S(A/). Para ele, se o sujeito dialoga com o Outro, há um ponto nesse Outro em que não existe resposta, e que nesse ponto latimos.
Tive a oportunidade, em outro texto 1, de me ocupar do desenvolvimento feito por Lacan sobre a debilidade no seminário 11. Essa referência ao latir presente no Línsu... prontamente me remete a esse momento daquele seminário. Ali, Lacan articula, a paranóia, o fenômeno psicossomático e a debilidade mental, às vicissitudes das experiências de Pavlov com o cachorro (LACAN , 1979, p.224). Elas demonstram que apesar da particularidade do que acontece no humano, o cachorro é também afetado pelo inconsciente. Naquele momento Lacan articula a questão em torno da holófrase, da suspensão da afânise do sujeito.
Tentemos fazer uma leitura desse desenvolvimento de Lacan, a partir das coordenadas do seu último ensino.
Um primeiro ponto que a experiência de Pavlov permite-nos constatar é como o cachorro não aprende a aprender. O fenômeno psicossomático se apresenta na situação em que o cachorro, com a subversão da regularidade da experiência, não consegue mais se fazer presente por seu signo. Na medida em que atravessado pelo enigma do desejo do Outro, não consegue mais falar com seu corpo, e impossibilitado, cachorro que é, de falar com significantes, ele se apresenta com seu ser de corpo.
Para as referências que Lacan faz à paranóia, podemos nos utilizar do que ele nos traz também na lição supracitada do seminário 24. Se é pelo encontro de S(A /), ali onde o Outro não responde, que latimos, que falamos sempre a mesma coisa, o monólogo pode se interromper se algo da ordem de um eu (moi) se produzir, e, assinala Lacan, não há nada que diga que esse eu não venha propriamente dito delirar. A experiência psicótica permite-nos vislumbrar, como que o delírio pode se apresentar como alternativa à debilidade. Se partimos da esquizofrenia como seu paradigma 2, supor o psicótico como aquele que não dialoga com o Outro. Desta forma, ele encontra-se mais premido a falar sozinho, e, conseqüentemente a debilidade. Contudo, seguindo Lacan no Seminário 24, se é exatamente onde o Outro não existe que se pode interromper o monólogo pela invenção de um moi, de maneira paradoxal, dialética mesmo, mais aberto à invenção, mais próximo da solução delirante, o psicótico se encontra.
Seguindo pela vertente estrutural da psicose, vemos que diante do enigma do Outro, em função da forclusão do Nome-do-pai, ao psicótico falta uma significação que lhe responda sobre o seu ser, o que cria obstáculos para que ele se constitua como tendo um corpo. Essa disjunção entre o ser e o ter torna-se, conseqüentemente, bastante precária. Aqui, podemos entender a esquizofrenia como exemplo dessa precariedade. Sem a constituição imaginária do corpo, o sujeito experimenta o corpo na fragmentação de um gozo fruto da incidência fragmentária de lalangue. Ele não é, pela impossibilidade da articulação do discurso e não tem em função dos impasses de constituir um corpo, sem o recurso de um discurso estabelecido. É o que parece nos ilustrar o momento que Lacan, na Questão preliminar... aponta como de uma morte de Schreber: Um cadáver leproso conduzindo outro cadáver leproso(p.574).
A solução paranóica, por sua vez, estabelece um novo Outro para dialogar. A partir de um S2, uma nova via de saber permite ao sujeito manter essa separação, evitando ostensivamente o encontro com esse ponto de silêncio. No sistema paranóico o saber sabe tudo, o gozo esta todo no Outro. O paranóico tem um corpo pagando o preço da inocência de seu ser.
Na chamada debilidade mental, poderíamos dizer que ali onde o Outro falta, diferentemente da solução paranóica da produção do saber delirante, o débil não quer saber. Ele se recusa a saber de sua falta-a-ser, sustentando em S1, uma verdade que se esquiva do equívoco do significante. Dessa forma o débil confunde significante e signo, nega a disjunção entre o ser e o ter, acreditando se fazer UM, acreditando ser um corpo.
Debilidade ou loucura
Podemos, a partir do que Lacan nos apresenta no seminário 24, estabelecer uma relação ao avesso entre o delírio e a debilidade. Se enquanto parlêtre falamos sempre a mesma coisa, falamos sobre o efeito de gozo, da não relação sexual, produzido em nosso corpo. Trata-se de um não sabido, que nos impõe um monólogo que nos faz latir, e latindo somos débeis. Pela via do Eu, por outro lado, o monólogo se interrompe, e aí deliramos. Essa pode ser uma leitura viável da afirmação de Lacan que entre a debilidade e a loucura, a psicanálise não tem nada além do que a escolha. Essa oposição permite-nos lançar uma luz sobre o que a psiquiatria chama de defeito, resíduo ou mesmo demência psicótica. A debilidade ai se apresentaria pela própria impossibilidade da solução delirante, solução essa muitas vezes obstaculizada pelo uso indevido dos recursos psiquiátricos, o que precipitaria o psicótico no monólogo. Podemos ainda supor que na contemporaneidade, com o declínio do sentido, ou mesmo com o declínio do delírio, haveria um aumento da prevalência da debilidade, seja nas psicoses ordinárias seja nas novas formas sintomáticas em que a neurose se apresenta. A observação do cotidiano parece confirmar essa hipótese.
Cabe então ao psicanalista lidar com loucos ou débeis. Na vertente do débil a análise pode restaurar a dimensão do equívoco no significante, produzindo assim uma vacilação na cadeia repetitiva de sentido produzido ali onde o sujeito não sabe. É dessa maneira que a psicanálise se aproxima da poesia, na medida em que abre mão do sentido em busca de uma nova significação, particular a cada um. Dessa forma abre-se a perspectiva de encontrar uma nova significação para o sintoma, algo que permita ao sujeito a este se identificar, tratando a disjunção entre o ser e o corpo. Na vertente da loucura, o analista deve em alguns casos, respeitar a solução de cada um, testemunhando-a como um ato de licença poética, em outros, ajudar a quem sabe, que elas sejam nem tão loucas, nem tão devastadoras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LACAN, J. (1979) O Seminário, Livro 11: Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. 2a.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. [ Links ]
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MILLER, J-A. (2004) Biologia Lacaniana e acontecimentos de corpo. Opção Lacaniana. São Paulo, n.41. Eolia, p. 07-67, Dez. [ Links ]
MILLER, J-A. (1996) Clínica Irônica. Matemas I. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor p. 190-199. [ Links ]
MILLER, J-A. (2005) Piéces Detachés. Lição IX, 02 de fevereiro de 2005. ( Inédito) [ Links ]
1 KAUFMANNER, H. Considerações iniciais sobre psicose e debilidade. Papéis de psicanálise. Belo Horizonte, n.2: IPSMMG, p.61- 64, Maio 2006.
2 Tomamos a esquizofrenia como paradigma da psicose, inspirados particularmente na idéia de forclusão generalizada desenvolvida no último ensino de Lacan e assinalada por Miller em seu texto Clínica Irônica (p.190).
* Psicanalista, psiquiatra, professor da PUC/Minas. Membro da EBP, Mestre em Psicologia/Estudos Psicanalíticos pela UFMG. AV BRASIL 1831, SALA 909, FUNCIONÁRIOS, BH/MG, CEP 30.140-002. Email: henrikaufmanner@uol.com.br