Revista Psicologia Organizações e Trabalho
ISSN 1984-6657
Rev. Psicol., Organ. Trab. vol.19 no.1 Brasília jan./mar. 2019
https://doi.org/10.17652/rpot/2019.1.15093
Florescimento no trabalho: revisão integrativa da literatura
Flourishing at work: an integrative literature review
Florecimiento en el trabajo: revisión integrativa de la literatura
Lívia Maria BedinI,II; Morgana ZamarchiII
IUniversidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
IIFaculdade Meridional - IMED, Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil
RESUMO
O termo florescimento é um conceito advindo da psicologia positiva e se mostra importante no contexto do trabalho por se relacionar a uma condição de prosperidade, felicidade, engajamento, automotivação, satisfação e bem-estar. Este artigo teve como objetivo realizar uma revisão integrativa da literatura de estudos relacionados ao florescimento no trabalho, dos últimos dez anos. Foram realizadas buscas em quatro bases de dados (Scielo, BVS-Psi, Periódicos Capes e EBSCO Host) e, após os critérios de seleção, restaram oito artigos incluídos nas análises. Foram analisados o delineamento, participantes, instrumentos, país de origem, objetivos, assim como os resultados e o conceito de florescimento no trabalho. Ainda há poucos estudos sobre o tema, e buscou-se compreender o conceito de florescimento no trabalho e suas implicações para este contexto.
Palavras-chave: florescimento no trabalho; psicologia positiva; revisão integrativa.
ABSTRACT
The term flourishing is a concept that comes from positive psychology and is important in the context of work because it relates to a condition of prosperity, happiness, commitment, self-motivation, satisfaction, and well-being. The objective of this article was to carry out an integrative review of the literature from the last 10 years on studies related to flourishing at work . Four databases were searched (Scielo, BVS-Psi, Capes Periodicals, and EBSCO Host) and, following the selection criteria, eight articles were included in the analysis. We analyzed the design, participants, instruments, country of origin, objectives, as well as the results and the concept of flourishing at work. There are still few studies on this subject, and we sought to understand the concept of flourishing at work and its implications for this context.
Keywords: flourishing at work; positive psychology; integrative review.
RESUMEN
El término florecimiento es un concepto que procede de la psicología positiva y se muestra importante en el contexto del trabajo por relacionarse con una condición de prosperidad, felicidad, compromiso, automotriz, satisfacción y bienestar. Este artículo tuvo como objetivo realizar una revisión integrativa de la literatura de estudios relacionados con el florecimiento en el trabajo, de los últimos 10 años. Se realizaron búsquedas en cuatro bases de datos (Scielo, BVS-Psi, Periódicos Capes y EBSCO Host) y, tras los criterios de selección, quedaron ocho artículos incluidos en los análisis. Se analizaron el delineamiento, participantes, instrumentos, país de origen, objetivos, así como los resultados y el concepto de florecimiento en el trabajo. Todavía hay pocos estudios sobre el tema, y se buscó comprender el concepto de florecimiento en el trabajo y sus implicaciones para este contexto.
Palabras-clave: florecimiento en el trabajo; psicología positiva; revisión integrativa.
A psicologia positiva, fundada por Martin Seligman, surgiu na década de 1990 com o objetivo de estudar e compreender os aspectos saudáveis das pessoas, contrapondo-se à ideia da psicologia tradicional, a qual centrava-se principalmente nos aspectos disfuncionais e de doença mental. A psicologia positiva não desconsidera que as pessoas tenham dificuldades, mas tenta focar mais em questões positivas, como qualidades e competências, descobrindo fatores que promovem qualidade de vida, felicidade e bem-estar, tanto nos indivíduos quanto em grupos e organizações (Luthans, 2011; Luthans & Youssef, 2007; Seligman & Csikszentmihalyi, 2014; Silva & Boehs, 2017).
Esse novo movimento científico teve influência da psicologia humanista, a qual já trazia conceitos que abrangiam os aspectos positivos das pessoas, resgatando concepções dos principais autores da psicologia humanista, como, por exemplo, Carl Rogers, Victor Franklin, Abraham Maslow, Moreno e Erich From. Esses autores explanavam sobre os aspectos que podiam constituir uma vida feliz e com qualidade, não se limitando a questões da psicologia tradicional, que se focava mais nos sintomas de doenças psicológicas (Seligman & Csikszentmihalyi, 2014; Silva & Boehs, 2017).
A psicologia positiva está dividida em três níveis de investigação: (1) a experiência subjetiva; (2) as características individuais; e (3) os grupos, abrangendo instituições e comunidades. No nível subjetivo são consideradas as experiências positivas que fazem a pessoa se sentir bem, como quando o sujeito sente satisfação, esperança e felicidade. O nível individual abrange as características individuais, ou seja, as forças e as virtudes que o indivíduo tem, como a capacidade de perdoar e amar o próximo. E no nível grupal, são consideradas as virtudes que contribuem para a sociedade e para o grupo como um todo, como a responsabilidade, a tolerância e o trabalho com a ética. Isto é, o nível subjetivo diz respeito ao sentimento da pessoa consigo mesma; o nível individual abrange os sentimentos individuais relacionados ao próximo; e o nível grupal diz respeito às virtudes individuais que refletem na sociedade (Cogo, 2014; Seligman & Csikszentmihalyi; 2014).
O Campo do Comportamento Organizacional Positivo (COP), iniciado por Luthans (2011), tem como objetivo aumentar o desempenho no trabalho e o bem-estar dos funcionários, estudando e desenvolvendo capacidades e forças dos recursos humanos (Bakker & Schaufeli, 2008; Luthans, 2011; Luthans & Youssef, 2007; Siqueira, 2013). O objetivo da psicologia positiva e do COP não é apenas demonstrar a importância da positividade, mas também mostrar a necessidade de uma teoria que abranja a pesquisa e possa aplicar novos traços, estados e comportamentos positivos em funcionários no seu contexto de trabalho.
Considerando a psicologia positiva, encontramos o termo florescimento, o qual tem origem na botânica e refere-se ao brotamento das flores - quando elas desabrocham, desenvolvem-se e florescem. Esse entendimento associado às pessoas vem das teorias humanísticas que compreendem o florescimento como um estado de sentimentos e funcionamento positivo, no qual o sujeito apresenta um bom funcionamento social e emocional (Mendonça, Caetano, Ferreira, Souza, & Silva, 2014; Oliveira-Silva & Silva, 2015; Paludo & Koller, 2007).
No contexto de trabalho, o florescimento está relacionado a uma condição de prosperidade, felicidade, engajamento, automotivação, satisfação e bem-estar, surgindo no momento em que afetos positivos superam o número de afetos negativos, promovendo um ajuste emocional positivo. O florescimento ocorre quando as pessoas vivenciam um alto grau de otimismo, bom relacionamento interpessoal com colegas, competências profissionais, satisfação consigo próprio e boa perspectiva profissional (Mendonça et al., 2014; Oliveira-Silva & Silva, 2015; Paludo & Koller, 2007).
O trabalho tem um papel muito importante na vida das pessoas, pois ele possibilita relações interpessoais, desenvolvimento de competências, perspectivas, além de dar sentido para a vida das pessoas. A compreensão do florescimento no contexto de trabalho ligado à psicologia positiva se faz necessária como meio de auxiliar para a efetividade organizacional, no sentido de possibilitar ações relacionadas ao processo de trabalho que reduzam desgastes psicológicos e promovam o bem-estar nos trabalhadores (Luthans & Youssef-Morgan, 2017; Mendonça et al., 2014).
Considerando a importância do florescimento no contexto de trabalho, e da recente conceitualização do termo, este artigo teve como objetivo realizar uma revisão integrativa da literatura, abrangendo estudos dos últimos dez anos sobre florescimento no trabalho.
Método
O método utilizado foi a revisão integrativa da literatura, a qual se utiliza de estudos empíricos ou teóricos para fornecer a compreensão de um tema particular, analisando pesquisas anteriores como forma de obter o conhecimento. A revisão possibilita um resumo de estudos já publicados e busca gerar novos conhecimentos (Botelho, De Almeida, & Macedo, 2011).
Foram realizadas buscas em quatro bases de dados: Scielo, BVS-Psi, Periódicos Capes e EBSCO Host. Com o objetivo de localizar artigos que abordassem o tema florescimento no trabalho, foram utilizados os seguintes descritores em inglês e português: flourishing at work, "florescimento no trabalho", flourishing and positive psychology e "florescimento e psicologia positiva". Os critérios de inclusão foram: artigos online na integra, de periódicos científicos ou revistas acadêmicas, do período de 2007 a 2017. Os critérios de exclusão foram: teses, livros e artigos que não tratassem do florescimento no contexto do trabalho.
Na base de dados Scielo, não foram encontrados artigos com os descritores "florescimento no trabalho", flourishing at work, e "florescimento e psicologia positiva"; com o termo flourishing at work and positive psychology foram encontrados dois resultados, sendo um deles relacionado apenas à psicologia positiva aplicada a instituições educacionais e o outro artigo relacionado à teoria da felicidade autêntica.
Na base de dados BVS-Psi, não foram encontrados estudos com os termos "florescimento no trabalho" e "florescimento e psicologia positiva"; foram encontrados quatro artigos com o descritor flourishing at work, porém não se relacionavam à psicologia, mas à área da biologia, mais precisamente à botânica e à agronomia; utilizando o descritor flourishing and positive psychology foi encontrado um artigo.
Na base de dados da Periódicos Capes, foram encontrados 15 resultados com o descritor flourishing at work, sendo desses apenas quatro na íntegra; com o descritor flourishing and positive psychology apenas um artigo foi encontrado, que já tinha sido localizado na base anterior. A partir do descritor "florescimento no trabalho", foram encontrados 26 artigos, sendo todos relacionados à agricultura, à botânica e à geologia; já com o descritor "florescimento e psicologia positiva", foram encontrados dez resultados, sendo esses relacionados à educação superior, às artes visuais e à literatura.
Na base EBSCO Host, foram encontrados 39 resultados com o descritor flourishing at work, desses apenas sete estavam relacionados à psicologia e, destes, um já havia sido localizado nas bases anteriores. Com o descritor flourishing and positivepsychology, 19 estudos foram encontrados, sendo apenas cinco relacionados à psicologia e, destes, um já encontrado anteriormente. Já com os descritores em português "florescimento no trabalho" e "florescimento e psicologia positiva", não foram encontrados resultados.
Ao todo, foram encontrados 15 artigos, mas, após leitura dos resumos, apenas oito artigos foram selecionados para leitura e análise de conteúdo por se tratarem do florescimento no contexto de trabalho. Para a análise foram considerados: método, participantes, instrumentos, país de origem, objetivos, resultados, bem como conceito de florescimento no trabalho.
Resultados e discussão
Por meio da revisão integrativa foi possível realizar um levantamento do ano, do país de origem, dos delineamentos utilizados, dos instrumentos, dos participantes, dos objetivos e dos resultados dos estudos, assim como os conceitos sobre florescimento no trabalho trazidos em cada uma das pesquisas analisadas. Os resultados encontrados serão apresentados a seguir.
Em relação ao ano de publicação dos estudos, percebe-se que de 2009 (um estudo publicado) a 2013 (um estudo publicado) tem-se uma lacuna de quatro anos sem publicações sobre o tema (Tabela 1). Após 2015 até o presente ano (2017), ao menos dois estudos foram publicados em cada ano, demonstrando um aumento na frequência de publicações, o que pode indicar um aumento de interesse pelo tema. Dos oito artigos avaliados, quatro têm como país de origem a África do Sul, dois têm origem nos Estados Unidos e os outros dois têm origem no Brasil.
A maioria dos estudos utilizou delineamento quantitativo, e apenas um realizou estudo de delineamento qualitativo. Estudos de revisão foram três no total (Tabela 2). O instrumento mais utilizado para a coleta de dados nos estudos de delineamento quantitativo foi o questionário, com uma variação de uma até quatro escalas por estudo. No estudo de delineamento qualitativo, foi utilizada a entrevista em grupo com perguntas abertas. Com relação aos participantes, nas pesquisas quantitativas as amostras variaram de 149 a 450 participantes; já na pesquisa qualitativa, participaram 12 cuidadores de adultos com deficiência intelectual.
Os objetivos dos estudos analisados abrangeram questões relacionadas ao florescimento no trabalho, como: autopercepção, qualidade de vida, função de trabalho, recursos pessoais, relação com supervisores, engajamento, satisfação, comportamento de carreira, ambiente pessoal e intenção de sair da empresa. Os resultados encontrados mostram que as variáveis citadas anteriormente estão relacionadas ao nível de florescimento no trabalho, podendo influenciar de forma positiva ou negativa, conforme os resultados apresentados na Tabela 3.
Considerando o termo florescimento como parte da psicologia positiva e importante para o contexto de trabalho, foram avaliados os conceitos de florescimento no trabalho trazidos pelos autores citados nos oito estudos avaliados. Pode-se observar na Tabela 4 que o termo florescimento no trabalho é conceituado como positivo e dependente de diversos fatores para que ele ocorra, como, por exemplo, significado, otimismo, competência, realização, engajamento e satisfação.
Os conceitos de florescimento no trabalho mais citados nos estudos analisados foram os dos autores Keyes e Seligman. Para Keyes (2002; 2007), o florescimento no trabalho ocorre quando os empregados atingem alto nível de bem-estar emocional, psicológico e social. Eles funcionam melhor enfrentando as adversidades e obtendo consequentemente melhores resultados. Para Seligman (2011), fundador da psicologia positiva, a definição de florescimento no trabalho seria um conjunto de atividades que contribuem para o desenvolvimento do bem-estar, abrangendo: emoções positivas, engajamento, relacionamento, significado e realização, conhecido como PERMA.
No artigo de Wahl e Newmar (2009), percebe-se uma possível confusão conceitual em relação ao termo florescimento. Ele aparece como florescimento interpessoal e é descrito com o mesmo conceito que o autor Ryff (1989) utiliza para bem-estar psicológico, também conhecido como eudemônico, definido como a busca de um sentido, propósito de vida, dimensionado para enfrentar os desafios da vida.
Avaliando todos os conceitos trazidos nos estudos analisados e relacionando à psicologia positiva, pode-se dizer que o florescimento no trabalho é um estado de saúde mental positivo, em que os afetos positivos excedem a quantidade de afetos negativos e geram um ajuste emocional positivo nas pessoas (Keyes, 2002; Oliveira-Silva, 2015; Siqueira, 2014). Pode-se considerar que o florescimento no trabalho se baseia em um conjunto de funções, sendo elas: emoções positivas - positive emotions, engajamento - engagement, relacionamento - relationship, significado - meaning e realização - achievement, conhecido como PERMA (Seligman, 2010).
Considerando os resultados encontrados nos estudos analisados, é possível considerar que o florescimento no contexto de trabalho está relacionado a resultados positivos, como: bem-estar, comprometimento, planejamento de carreira, engajamento, melhor relacionamento interpessoal e sentimento de proteção diante dos estressores da vida cotidiana. Ainda, alguns resultados dos estudos avaliados trazem situações que fazem o nível de florescimento decair, como, por exemplo, atribuir funções inadequadas aos funcionários.
Considerações finais
Desde que a psicologia positiva surgiu, há aproximadamente duas décadas, novas pesquisas sobre temas relacionados a ela começaram a surgir tanto na esfera nacional quanto internacional. Entretanto, os estudos ainda são poucos e muitos deles são teses e dissertações, as quais demoram ou nem sempre são publicadas (Silva & Boehs, 2017). Vista essa realidade, poucos estudos foram encontrados para esta revisão integrativa da literatura, o que pode ser considerada uma limitação do estudo. Portanto, deixa-se como sugestão que novos estudos empíricos relacionados ao tema sejam realizados, com o intuito de verificar a relação do florescimento com os resultados no contexto de trabalho.
Por meio do presente estudo foi possível realizar uma revisão integrativa da literatura sobre florescimento no trabalho nos últimos dez anos. A partir dos dados encontrados, entende-se o florescimento no trabalho como um estado positivo de saúde mental, o qual se baseia em um conjunto de funções: emoções positivas, engajamento, relacionamento, significado e realização (Seligman, 2010). Sua presença gera resultados positivos, tanto na execução e resultado das atividades quanto no relacionamento entre colegas, gerando um estado de bem-estar no contexto do trabalho.
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Endereço para correspondência:
Lívia Maria Bedin
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Psicologia do Desenvolvimento e da Personalidade. Campus Saúde
Rua Ramiro Barcelos, Nº 2600, sala 122
90035-003, Porto Alegre, RS - Brasil
E-mail: liviabedin@gmail.com
Recebido em: 05/02/2018
Primeira decisão editorial em: 11/04/2018
Versão final em: 28/08/2018
Aceito em: 10/09/2018