Revista de Psicologia da IMED
ISSN 2175-5027
Rev. Psicol. IMED vol.9 no.1 Passo Fundo jan./jun. 2017
EDITORIAL
A agência humana coletiva é fundamental à publicação científica
Albert Bandura, ao propor a teoria social cognitiva, afirmou que todos os indivíduos possuem uma característica única - a agência humana. A agência humana consiste no gerenciamento que cada indivíduo faz acerca de suas ações. Cada um de nós pode fazer, por meio dos nossos atos, com que as coisas aconteçam a partir de um envolvimento proativo em nosso próprio desenvolvimento. Essa agência humana pode ser individual, coletiva ou delegada (Bandura, 2008). Para aquelas ações que não dependem somente da proatividade individual, a agência coletiva é necessária. É a capacidade do grupo que, por meio da junção de suas agências humanas individuais, possibilitará atingir objetivos que não poderiam ser atingidos de forma individual.
Ao aceitar o convite para ser editor chefe da Revista de Psicologia da IMED, minha primeira ação foi reunir colegas que pudessem contribuir com essa desafiadora empreitada. Estava claro que somente com a união de esforços seria possível atingir os objetivos inerentes a uma publicação científica. A soma de nossas agências humanas compôs a agência humana coletiva, que culminou com a publicação desse número. O número 1 de 2017 marca a transição da equipe editorial, que agora é composta por mim, como editor-chefe, pelos estimados colegas Cláudia Mara Bosetto Cenci e Pricila de Sousa Zarife, editoras associadas, cada uma representando uma linha do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da IMED, no qual exercem a docência. Além delas, o estimado colega, professor do curso de graduação em Psicologia da IMED, Icaro Bonamigo Gaspodini integra a equipe editorial como editor júnior. Visando incentivar nossos acadêmicos, convidamos graduandos em Psicologia para nos auxiliar. Esses acadêmicos estão sendo treinados para analisarem a aderência dos artigos submetidos às normas da revista.
Ao assumirmos a equipe editorial, promovemos algumas mudanças. Buscamos tornar o site da revista mais informativo, principalmente quanto às orientações aos autores. Realinhamos as políticas de seção e adotamos novos formulários de avaliação dos artigos. Tudo isso visando tornar o processo editorial mais fácil e ágil para todos os envolvidos. Essas mudanças são fruto de processos de modelação que cada integrante da equipe editorial participou. Bandura também nos ensinou que aprendemos ao observar comportamentos de modelos presentes em nosso contexto. Foi observando colegas que foram editores anteriores da revista, nossos orientadores que também foram editores e demais colegas que participaram e participam de equipes editoriais que construímos nosso repertório comportamental para encarar o desafio de editorar uma revista científica cujo objetivo é a constante qualificação. Fica aqui o nosso muito obrigado!
Além da equipe editorial, nossa agência humana coletiva conta com a colaboração de tantas outras agências humanas individuais. Temos o nosso incansável editor técnico, Wanduir R. Sausen, que não mede esforços para nos auxiliar e manter a revista em pleno funcionamento. Além dele, a manutenção da revista só é possível com a inestimável ajuda de nossos pareceristas e autores. A qualidade das submissões e dos pareceres e agilidade de autores e pareceristas em responder às solicitações do processo editorial são os principais ingredientes de uma revista científica exitosa. Agradecemos cada autor(a) e cada parecerista pela inestimável parceria.
Nossa agência humana coletiva voltada à publicação científica é evidente sempre que um novo número da nossa revista é publicado. Eis aqui, então, as evidências: 10 artigos publicados, sendo seis empíricos, dois de revisão sistemática de literatura e dois artigos de revisão não sistemática de literatura. Os artigos empíricos têm como foco estudos com adolescentes, adultos e idosos, contemplando temas como representações sociais, escolha profissional, religiosidade, gestação e transtornos psicológicos. Reabilitação neuropsicológica e declínio cognitivo são abordados nos artigos de revisão sistemática. Discussões sobre drogadição na adolescência e redes sociais e saúde mental são propostas nos artigos de revisão não sistemática de literatura.
Bons estudos!
Jean Von Hohendorff
Editor-chefe
Referência
Bandura, A. (2008). A evolução da teoria social cognitiva (R. C. Costa, Trad.). In A. Bandura, R. G. Azzi, & S. Polydoro (Orgs.). Teoria social cognitiva: Conceitos básicos (pp. 15-41). Porto Alegre: Artmed. [ Links ]