11 1Sobre o meu filme a respeito dos refugiados na ilha de Lesvos 
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Trivium - Estudos Interdisciplinares

 ISSN 2176-4891

Trivium vol.11 no.1 Rio de Janeiro jan./jun. 2019

https://doi.org/10.18379/2176-4891.2019v1p.129 

ARTES

 

Só ganha dia quem é ignorada na maioria

 

 

Milla Fuks Salluh

Estudante do 9º período da Escola Eleva. Rua General Severiano, 159. Botafogo. Rio de Janeiro. 2290-040. E-mail: milla.salluh@alunoeleva.com.br

 

 

Odeio o dia da mulher, pois parece caridade.
Odeio o dia da mulher, pois ganho rosas quando queria respeito.
Odeio o dia da mulher, pois é uma data em que tudo vem com prazo de validade
E não me refiro a uma bala, bombom ou balão,
E sim às desculpas "de coração",
acaba a reflexão,
dura 24 horas.
Odeio o dia da mulher, pois à meia noite, junto com o dia, as promessas se vão.
Junto com os stories, elas se apagam.
Odeio o dia da mulher, pois era p'ra essa reflexão levar os homens a algum lugar.
Mas, no dia seguinte, já sou rebaixada.
Odeio o dia da mulher, pois no segundo que acaba, já sou discriminada.
Odeio o dia da mulher, pois aprendi em matemática que 1 sobre 365 não é nada.

 

 

Recebido em 08/03/2019
Aceito em 15/03/2019

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