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Tempo psicanalitico
versão impressa ISSN 0101-4838versão On-line ISSN 2316-6576
Tempo psicanal. vol.47 no.1 Rio de Janeiro jun. 2015
EDITORIAL
A nova edição da revista Tempo psicanalítico, agora já plenamente online, apresenta a seus leitores doze artigos e uma resenha. Mais uma vez a Tempo afirma os valores inerentes à SPID - Sociedade de psicanálise Iracy Doyle, como a pluralidade e a abertura para diversos pontos de vista e escolas dentro da psicanálise. É o que podemos ver nos artigos selecionados para esta edição.
No artigo "O conceito de paixão no Diário Clínico de Ferenczi", traduzido por Luís Otávio Nicodemos, o psicanalista György Péter Hárs mostra como a obra ferencziana é capaz de fornecer elementos para pensarmos novos horizontes para a psicanálise, distintos, porém relacionados, àqueles que foram descobertos por Freud.
Em "O caso Amilcar Lobo", Fuad Kyrillos Neto e Philippe Augusto Carvalho Campos apresentam uma importante e atual discussão sobre a relação entre a psicanálise brasileira e a ditadura militar.
"A programação do homem pós-orgânico: que riscos são traçados no papel da finitude?", de Natasha Mello Helsinger, reflete sobre os novos modelos de subjetividade inerentes à sociedade atual a partir da discussão do tema da finitude tal como este aparece nas obras de Freud e Foucault.
Já os artigos "O desregramento do gozo e a legitimação do gozo sexual: novos modos de funcionamento das mulheres e mães", de Ilka Franco Ferrari e Cristina Moreira Marcos; "Na boca do crocodilo: a face indigesta da amamentação exclusiva", de Danielle Carvalho Ramos e Roseane Freitas Nicolau; "Anorexia do bebê - Do isolamento à solidão subjetiva", de Emmanuelle Borgnis Desbordes e Mariel Martins; "Escuchando al cuerpo en la actual clínica psicoanalítica de adolescentes: reflexiones a partir de algunas viñetas clínicas", de Daniela Carrasco Dell'Aquila; e A droga do toxicômano: um lenitivo para a angústia, de Janderson Andrade Rodrigues e Marta Regina de Leão D'Agord, trazem importantes articulações entre a teoria psicanalítica e a clínica, centradas em torno de temas como o corpo adolescente e infantil, o gozo feminino, a anorexia e as toxicomanias.
O artigo "O balanceamento entre as posições esquizo-paranóide e depressiva (PS↔D) na psicodinâmica criativa", de Luís Delgado, apresenta considerações interessantes sobre a ideia de criação em Bion.
"Meta, objeto e suas relações com a constituição do sintoma como efeito do entrecruzamento das pulsões", de Bruno Gonçalves dos Santos e Luís Fernando Barnetche Barth, apresenta uma discussão metapsicológica sobre os conceitos de sintoma e pulsão em Freud.
Carlos Mendes Rosa e Junia de Vilhena, em "Envelhecimento e seus possíveis destinos. Uma reflexão acerca do trabalho do negativo", se utilizam da psicanálise e da sociologia para apresentar os desafios do envelhecimento na contemporaneidade.
Por fim, em "Psicanálise: ética, discurso e ensino", o psicanalista Rodrigo Afonso Nogueira Santos apresenta uma resenha do livro do professor Júlio de Castro, "Psicanálise: ética, discurso e ensino", lançado em 2013, importante reflexão sobre a ética da psicanálise a partir da questão de sua transmissão e ensino.
Boa leitura!
Pedro Sobrino Laureano
Editor