SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.15 número2Relações entre a percepção da estrutura de um problema, a memória e a memória matemáticaAcuracidade do professor na identificação de alunos com dificuldade de aprendizagem índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

artigo

Indicadores

Compartilhar


Temas em Psicologia

versão impressa ISSN 1413-389X

Temas psicol. v.15 n.2 Ribeirão Preto dez. 2007

 

ARTIGOS

 

Intervenção em grupo para pais: descrição de procedimento

 

Intervention in group for parents: Description of procedures

 

 

Alessandra Turini Bolsoni-Silva

Universidade Estadual Paulista - Bauru

 

 


RESUMO

Este texto descreve, em detalhes, um procedimento de intervenção para pais que se mostra efetivo na promoção de práticas parentais positivas, no que se refere a habilidades sociais educativas parentais, a habilidades sociais de pré-escolares e, por outro lado, à redução de práticas negativas e problemas de comportamento, sendo um avanço em relação à literatura da área. Este trabalho é resultado de oito anos de implementação e avaliação de intervenções junto a esta população, em um Centro de Psicologia Aplicada de uma Universidade do estado de São Paulo, sendo o quarto modelo de intervenção, mais suscinto e efetivo na comparação com os anteriores. Discutem-se os resultados quanto à ampliação dos repertórios de clientes e crianças, bem como as suas implicações para as políticas públicas.

Palavras-chave: Práticas parentais, Intervenção em grupo, Problemas de comportamento.


ABSTRACT

This text describes, in details, an intervention procedure for parents that is shown as effective in the promotion of positive parental practices, in what he/she refers to parental social education skills, social skills in preschool children and, on the other hand, in the reduction of negative practices and behavioral problems in preschool children, being a progress in relation to the literature of the area. This work is the result of eight years of work and evaluation of interventions close to this population, in a Center of Applied Psychology of a University of the state of São Paulo, being, then, the fourth intervention model, shorter and more effective in comparison to the previous ones. It discusses results about the increasing of client's and children's repertoires and implications for public politics.

Keywords: Parental practices, Group interview, Behavior problems.


 

 

As interações estabelecidas entre pais e filhos são evidentemente de natureza social e alguns estudos (Bolsoni-Silva & Marturano, 2007; Sanders, Markie-Dadds, Tully & Bor, 2000) têm mostrado relações entre as habilidades sociais de pais e o repertório de filhos. O campo teórico-prático do Treinamento em Habilidades Sociais (THS) identifica diversas habilidades sociais (HS) que ajudariam a maximizar reforçadores sociais (Del Prette & Del Prette, 2002).

Os comportamentos que têm sido foco de treinamento incluem a comunicação (Dishion & Andrews, 1995; Webster-Stratton, 1994; Sanders et al., 2000), a expressividade e enfrentamento (Webster-Stratton, 1994; Cobham, Dadds e Spence, 1998; Sanders et al., 2000) e o estabelecimento de limites (Webster-Stratton, 1994; Dishion & Andrews, 1995; Lundahl, Risser, & Lovejov, 2006; Serketich & Dumas, 1996; Sanders et al., 2000). Tais categorias são descritas em Bolsoni-Silva (2008).

No caso do Brasil, são poucos os estudos que avaliaram, recentemente, a efetividade de intervenções com pais e/ou mães para prevenir ou remediar problemas de comportamento infantis, cujas características são: a) usam delineamento quase-experimental, com pré e pós-teste (Bolsoni-Silva, Del Prette & Del Prette, 2000; Bolsoni-Silva, Brandão, Versuti-Stoque & Rosin-Pinola, 2008; Bolsoni-Silva, Silveira, & Ribeiro, 2008; Coelho & Murta, 2007; Pinheiro, Haase, Del Prette, Amarante, & Del Prette, 2006; Serra-Pinheiro, Guimarães, & Serrano, 2005); b) com exceção de Pinheiro et al. (2006), que trabalharam com 34 participantes, os demais estudos foram realizados com poucos participantes, variando de 3 a 9 (média = 6); c) quatro pesquisas contaram também com a participação de pais, além das mães (Bolsoni-Silva et al., 2000; Bolsoni-Silva et al., 2008; Coelho & Murta, 2007; Pinheiro et al., 2006); d) os instrumentos utilizados foram de relato para todos os estudos (entrevistas, inventários e questionários) e a observação do comportamento apenas Pinheiro et al. (2006) e Rios (2006) utilizaram; e) o número de sessões variou de 8 a 22 com média de 13 encontros.

Os programas mostraram-se efetivos em: a) aumento de práticas parentais positivas (Bolsoni-Silva et al., 2000; Bolsoni-Silva et al., 2008; Bolsoni-Silva, Silveira, & Ribeiro, 2008; Bolsoni-Silva, Silveira, & Marturano, 2008; Coelho & Murta, 2007; Pinheiro et al., 2006); b) redução de práticas parentais negativas (Bolsoni-Silva et al., 2008; Bolsoni-Silva, Silveira, & Ribeiro, 2008; Rios, 2006); c) redução de problemas de comportamento (Bolsoni-Silva et al., 2000; Bolsoni-Silva, Silveira, & Ribeiro, 2008; Coelho & Murta, 2007; Pinheiro et al., 2006; Serra-Pinheiro et al., 2005); d) aumento de habilidades sociais infantis (Bolsoni-Silva, Silveira, & Ribeiro, 2008; Coelho & Murta, 2007); e) aumento de outras habilidades sociais e/ou enfrentamento de outras situações de conflito (Bolsoni-Silva et al., 2008, Bolsoni-Silva, Silveira, & Ribeiro, 2008, Coelho & Murta, 2007). A análise indica que praticamente todas as pesquisas relataram melhoria na prática parental positiva e na redução de problemas de comportamento. Entretanto, apenas parte dos estudos apontou aumento de habilidades sociais infantis e redução de práticas negativas, além de instrumentar os pais para lidar com adversidades da vida. Em adição, todos os estudos mencionados apresentaram delineamento quase-experimental e parte deles (por exemplo, Bolsoni-Silva et al., 2000; Bolsoni-Silva et al., 2008; Bolsoni-Silva, Silveira, & Ribeiro, 2008) utilizou população heterogênea. As pesquisas de Bolsoni-Silva et al. (2008) e de Bolsoni-Silva, Silveira e Ribeiro (2008) relataram dificuldades em manter a adesão com procedimentos que contavam com 22 e 20 sessões respectivamente. Diante destas informações, nota-se a importância de se realizar um procedimento compacto, com população homogênea e testado experimentalmente quanto a sua efetividade.

 

Objetivo

Descrever um procedimento em grupo utilizado com mães/cuidadoras de pré-escolares com problemas externalizantes. O procedimento contou com 14 encontros e preocupou-se em ampliar práticas educativas positivas, reduzir práticas negativas, reduzir problemas de comportamentos e ampliar habilidades sociais das crianças. O programa de intervenção contou com o apoio da Fapesp, enquanto projeto de pesquisa regular (Processo No. 2005/00461-1).

 

Método

Sobre a pesquisa

Para a avaliação dos procedimentos de intervenção, foi utilizado um delineamento em que cada participante é seu próprio controle (comparações entre avaliações controle, pré e pós intervenção). Neste delineamento, são descritos os efeitos do procedimento de intervenção no caso de o comportamento mudar após a introdução da variável independente (o programa de intervenção). Para Cozby (2003), trata-se de um delineamento experimental com medidas repetidas.

Participantes: Participaram da pesquisa 13 mães e 2 avós cuidadoras de pré-escolares (idade entre 4 e 6 anos) com indicação de problemas externalizantes. Todas as crianças freqüentavam Escolas Municipais Infantis - EMEIs de uma cidade do centro-oeste paulista. Foram conduzidos cinco grupos com média de três participantes em cada. As crianças apresentavam problemas externalizantes mensurados a partir do CBCL ("Child Behavior Checklist" - Inventário de Comportamentos da Infância e Adolescência) para pré-escolares e escolares (4 a 18 anos), versão para pais, que investiga problemas de comportamento (Achenbach & Rescorla, 2001).

Para a obtenção do diagnóstico comportamental funcional, que norteou a intervenção de forma a garantir as demandas individuais de cada participante, foram aplicados o Roteiro de Entrevista de Habilidades Sociais Educativas Parentais (Bolsoni-Silva, 2008), o CBCL e o Inventário de Habilidades Sociais (IHS-DEL PRETTE, Del Prette & Del Prette, 2001a), que investiga habilidades sociais gerais. Adicionalmente, foi realizada uma entrevista (Bolsoni-Silva, Bitondi, & Marturano, 2008) que investigou as queixas trazidas pelas mães ou cuidadoras acerca da interação com os filhos, bem como de variáveis relacionadas. Todo o procedimento de avaliação que deve ocorrer antes da intervenção está descrito, em detalhes, em Bolsoni-Silva, Bitondi e Marturano (2008) para grupos com 20 sessões, o que foi mantido neste estudo por ter se mostrado eficiente em estudos prévios (Bolsoni-Silva et al., 2008; Bolsoni-Silva, Silveira, & Marturano, 2008). Portanto, o terapeuta, antes de iniciar o procedimento, deve ter um protocolo que indique, para cada cliente, quais objetivos a serem alcançados e, para tanto, quais comportamentos precisa desenvolver; em outras palavras, o terapeuta deve saber, a priori, quais clientes deverão ter mais atenção quanto ao autoconhecimento (Skinner, 1974) e ao treino de repertório em cada sessão planejada, portanto: o terapeuta deve saber a priori quais participantes precisam ter seus comportamentos modelados em cada encontro e quais podem servir de modelo.

Procedimento de Intervenção:

O procedimento contou com 14 encontros, descritos na Tabela 1, que também indica as páginas referentes na Cartilha Informativa (Bolsoni-Silva, Marturano, & Silveira, 2006).

Quanto aos comportamentos do terapeuta e ao tempo estimado para cada momento das sessões, Bolsoni-Silva, Carrara e Marturano (2008) apontam: apresentação inicial (5 minutos), tarefas de casa (investigar, dar feedback, aconselhar, inferir, oferecer verbalizações mínimas, facilitar generalização - mínimo de 30 até, no máximo, 50 minutos), exposição teórica (investigar, aconselhar, dar informação, sumarizar - de 20 a 30 minutos), treino de habilidades (Investigar, aconselhar, dar informação - de 35 a 40 minutos), tarefa de casa (dar informação - 5 minutos), avaliação da sessão (investigar - de 5 a 10 minutos).

Entretanto, para além de delineamentos gerais, acima mencionados, em cada uma das sessões há procedimentos específicos que se pretende descrever neste texto, permitindo, ao leitor, diretrizes claras para a utilização do procedimento. Há instruções específicas para cada sessão e há informações comuns, que são apresentadas nessa seqüência.

Instruções gerais em todas as sessões

Início do encontro

Apresentar de modo resumido os conteúdos que serão trabalhados na sessão, de forma a permitir, aos participantes, clareza sobre a totalidade do encontro e também o tempo disponível para as atividades propostas. Esta agenda é recomendação de Webster-Stratton e Herbert (1993) para favorecer controle do tempo e engajamento ao procedimento.

Tarefa

O objetivo é criar condições para conduzir, junto ao grupo, análises funcionais (Sturmey, 1993). Bolsoni-Silva, Bitondi e Marturano (2008) oferecem exemplos de perguntas que o terapeuta pode fazer ao cliente e ao grupo para a realização da análise funcional. Outra instrução relevante é a de que o tempo destinado para a tarefa de casa não deverá ultrapassar 50 minutos. Se necessário, é priorizado o relato dos participantes que apresentam maior dificuldade com o tema discutido no encontro, o que é possível conhecer, a priori, graças ao procedimento de avaliação de pré-teste. De todo modo, todos os registros são recolhidos e devolvidos, na próxima sessão, com feedback do terapeuta de forma a atender, o máximo possível, as dificuldades encontradas pelos clientes. As tarefas de casa pretendem obter a observação das interações estabelecidas com os filhos e a implementação dos comportamentos discutidos e treinados na sessão, de forma a identificar a ocasião em que as respostas ocorrem, as próprias respostas e as conseqüências que produzem. Diante dessas considerações, as etapas de condução são: a) Solicitar o relato dos participantes da tarefa de casa realizada; b) Solicitar relato das dificuldades encontradas na realização da tarefa e outras relacionadas; c) Favorecer a descrição de contingências; d) Elogiar o relato e a emissão, na sessão, de comportamentos alvo; e) Solicitar participação e sugestão do grupo; f) Treinar repertórios: modelação e modelagem, podendo usar role-playings (Calais & Bolsoni-Silva, 2008).

Exposição teórica dialogada

a) Solicitar participação do grupo quanto ao tema da sessão (Tabela 1) no que se refere a expectativas e dificuldades; b) Utilizar os exemplos do grupo para discutir o tema (Tabela 1, Cartilha informativa), favorecendo análises funcionais e treino de repertórios.

Treino de habilidades condizentes ao tema da sessão

a) Considerar os objetivos individuais dos clientes; b) Propor situações de role playing (Calais & Bolsoni-Silva, 2008) e/ou atividades de discussão de forma a priorizar o treino para as pessoas com maiores dificuldades e a solicitação de modelos para os clientes com reservas comportamentais. No role playing, pode-se solicitar que as pessoas que não estão treinando observem conforme instruções oferecidas pelo terapeuta, cujas observações poderão ser relatadas oportunamente.

Proposição das tarefas de casa

a) Todas devem implicar na observação das interações entre pais e filhos, de forma a implementar o comportamento treinado na sessão e a descrição das variáveis de contexto relacionadas; b) Eventualmente, é proposta tarefa de casa específica para cada cliente, além da tarefa do grupo, conforme dificuldades próprias, por exemplo, treinar comportamentos pré-correntes necessários, insistir no treino de determinado comportamento que foi treinado previamente, mas não implementado satisfatoriamente.

Avaliação da sessão

a) As pessoas são solicitadas a avaliar, oralmente e/ou por escrito, o desempenho do terapeuta, dos participantes do grupo e do tema discutido.

Instruções específicas das sessões

Nessa seção são apresentadas as orientações específicas, sinalizadas conforme a etapa do encontro.

Sessão 1. Iniciar e manter conversação

A primeira sessão conta com planejamento peculiar, cujas etapas são: a) apresentação do(s) terapeuta(s) - 5 minutos; b) apresentação e integração do grupo (15 minutos); c) expectativas do grupo (10 minutos); d) regras do grupo (20 minutos); e) discussão do tema: comunicação; f) treino de repertório; g) tarefa de casa; h) avaliação do encontro.

Para a apresentação e integração do grupo é realizado o Exercício de Discussão "Cosme e Damião" (o grupo será dividido em duplas a partir do sorteio de números pares e ímpares). Cada pessoa irá se apresentar à sua dupla e após, no grupo, cada pessoa apresenta-se como sendo o outro), conforme Del Prette & Del Prette, (2001b). Na seqüência, o terapeuta estimula o grupo a relatar seus interesses pelo atendimento, corrigindo possíveis distorções (Webster-Stratton & Herbert, 1993). As regras do grupo são elaboradas a partir do relato dos participantes sobre o que julgam importante para uma boa condução do encontro. Na seqüência, o terapeuta pode acrescentar e/ou corrigir distorções. O treino de repertório nesta sessão ocorre a partir da seguinte instrução: Os membros do grupo colocam-se em posição confortável, devem fechar os olhos, respirar profundamente, segurar o ar e soltá-lo lentamente, devem procurar relembrar uma situação em que, ao conversar com o(s) filho(s), sentiram que eles não os compreendiam, surgindo pensamentos do tipo "parece que eu falo grego". Então, devem tentar identificar, com base na exposição prévia, possíveis fatores para a falta de compreensão dos filhos. Em seguida, os membros voltam lentamente à situação real, em que irão relatar ao grupo, havendo discussões e possíveis modelos para melhorar a interação.

Tarefa de casa

A tarefa de casa ocorre a partir do protocolo abaixo, ajustado de forma a permitir a observação e o registro:

 

 

Utilizando-se alguns dos exemplos de perguntas mencionados durante a explicação do texto, pede-se para que os participantes digam em quais situações elas seriam mais

adequadas com base nas diferentes respostas que elas poderiam gerar. Questão 1: "O que vocês fizeram no passeio ao zoológico?"; Questão 2: "De onde você está vindo?"; Questão 3:"Quem vai com você à festa?"; Questão 4: Em uma situação em que estão presentes duas crianças, a mãe de um deles pergunta "como foi a viagem?"

 

 

 

 

Sessão 3. Expressar sentimentos positivos, elogiar, dar e receber feedback positivo, agradecer.

Treino de repertório

Atividades de discussão

1. Exercício no qual cada participante deverá escrever cinco comportamentos do filho que motivaram a busca por

atendimento e cinco comportamentos que os deixam orgulhosos e que os deixariam com vontade de dizer o quanto gosta dele ou então que mereceria um elogio. Perguntar se conseguiriam expressar afeto e/ou elogio para esse filho, caso contrário ajudá-los a identificar o porquê e incentivar a emissão do comportamento.

Exercício de Discussão "Feedback: como e quando" (Del Prette & Del Prette, 2001b).

 

 

Sessão 4. Conhecer direitos humanos básicos

Treino de repertório

Atividades de discussão

Exercício no qual os participantes irão

se reunir em dupla para discutir e elencar três direitos que deveriam ser assumidos por pais e filhos. Depois, as colocações serão discutidas em grupo e propostas alternativas para que tais direitos sejam garantidos (adaptação de Del Prette & Del Prette, 2001b).

Tarefa de casa - Sessão 4

Avalie no decorrer da semana, os momentos em que os direitos e deveres de pais e filhos foram cumpridos, complete a seguir, para auxiliá-lo em suas colocações na próxima sessão. É importante fazer as tarefas, não se esqueça.

 

 

Sessão 5. Expressar opiniões (de concordância, de discordância), ouvir opiniões (de concordância, de discordância).

Exercício de Discussão 1

O terapeuta explica que irá apresentar alguns temas para que as participantes expressem opiniões. Cada um será instruído a discordar ou concordar durante a discussão. Nenhum participante saberá da instrução que o outro recebeu. Os participantes serão instruídos a ouvir a opinião dos interlocutores, apresentar argumentos e exemplos do cotidiano. No primeiro momento, eles deverão se comportar do mesmo modo que se comportam em seus ambientes de origem. No segundo momento, serão oferecidas sugestões sobre novas formas de se comportar mais adequadamente em uma situação parecida.

Temas possíveis: "Uso de piercing pelos jovens"; "O direito de mudar de opinião em relação ao filho"

Ao final discute-se:

- como se sentiram; - facilidades; - dificuldades; - verificar se ouviram ou não os argumentos dos interlocutores e/ou se os interromperam; - importância de respeitar a opinião do outro; - importância de usar argumentos.

- alternativas de resolução de problemas. Se houver tempo, realizar role playing

Conforme o tempo restante da sessão pode ser adicionado:

- Conforme discutido na semana anterior, existem alguns direitos interpessoais que não estão incluídos na Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas que são decorrentes dela. Um deles é o direito de ser ouvido e levado a sério. As crianças têm o direito de serem ouvidas e levadas a sério? (Dois participantes argumentam contra e uma a favor).

- Um outro direito era o de mudar de opinião. Os filhos podem mudar de opinião? Quando? (Dois participantes argumentam contra e um a favor).

 

 

 

 

Sessão 6. Conhecer diferenças entre comportamento habilidoso, não habilidoso ativo e não habilidoso passivo.

Treino de repertório

1. Filme: O terapeuta tem duas opções: a) elaborar um filme com um problema específico, por exemplo, filho solicita sair de casa, com três possíveis formas de se comportar: habilidoso, não habilidoso passivo e não habilidoso ativo; b) editar filmes comerciais que apresentem as três formas de se comportar. O terapeuta deve parar em cada cena discutindo a pertinência ou não das atitudes paternas e dos filhos, estimular o relato do grupo sobre conseqüências e alternativas de comportamento. Com a discussão discutir o material teórico.

2. Exercício de Discussão:

"Nem passivo, nem agressivo: assertivo" (Adaptação Del Prette & Del Prette, 2001b). Os participantes vão fazer suas opções (comportamento habilidoso, não habilidoso ativo e não habilidoso passivo) para cada situação apresentada, podendo utilizar cartões de cores diferentes.

Situação 1: A mãe de um adolescente ouve dele que ele gostaria de trabalhar para poder comprar suas coisas. Como ela não pode resolver o problema dele, ele altera o tom de voz e a trata mal quando ela lhe faz uma pergunta. A mãe, então:

Desempenho A: Mãe fica quieta e abaixa a cabeça.

Desempenho B: Mãe diz: "Filho, eu entendo que este é um momento difícil, mas infelizmente não sou eu que vou conseguir resolver este problema. Só que falando dessa forma que você falou comigo, me faz ficar triste".

Desempenho C: Mãe diz: "Você quer ficar irritado? O problema é seu porque eu não tenho nada a ver com isso".

Situação 2: A mãe pede ajuda à filha para lavar a louça do jantar e a filha se recusa, dizendo que vai fazer depois, porque no momento está brincando.

Desempenho A: A mãe diz: "Filha, eu sei que é gostoso brincar, mas agora eu gostaria que você me ajudasse com a limpeza da cozinha porque a mãe precisa de ajuda para fazer estas coisas e depois você pode continuar brincando".

Desempenho B: "Filha, se você não vier lavar a louça agora eu vou te dar um tapa".

Desempenho C: "Realmente, não é importante que você lave a louça. Pode continuar brincando".

Situação 3: Filho "bate o pé" que quer ir de chinelo para a escola. Mãe diz que não e o filho começa a xingar, falar alto, brigar e dizer que não gosta dela.

Desempenho A: Mãe diz: "Você vai ter que fazer o que eu mando moleque! Quem é você para decidir se vai de tênis ou de chinelo?".

Desempenho B: "Então tá filho, vai de chinelo".

Desempenho C: "Filho, eu sei que o chinelo é mais fresquinho, mas o tênis ajuda a proteger o seu pé e ficar de acordo com as outras crianças da escola".

Tarefa de casa - Sessão 6

 

 

 

 

Sessão 7. Expressar sentimentos negativos, dar e receber feedback negativo

Treino de repertório

1. Exercício de Discussão:

Solicitar que o grupo se coloque em posição confortável, que fechem os olhos, respirem e soltem o ar. Instruir sobre uma situação com os filhos em que sentiram muita raiva; solicitar que tentem identificar o que a criança fez e como se comportaram. Ouvir o grupo e aproveitar as informações para a exposição teórica dialogada.

2. Role playing - Sentimentos negativos e feedback negativo

O terapeuta explica que irá apresentar algumas situações. Para cada uma delas, serão escolhidos dois participantes. Um deles desempenhará o papel de pai e o outro de filho. O restante do grupo terá que observar. Será explicado que nessa sessão apenas 3 pessoas participarão com o papel de pais, mas que nas demais sessões, esses participantes se alterarão, de modo que todos participem o mesmo número de vezes como pais. Após a apresentação de uma situação, o participante que desempenha o papel de pai deverá expressar seus sentimentos negativos ao participante no papel de filho, sempre considerando a explicação teórica sobre expressão de sentimentos negativos feita pela terapeuta. Ao final da expressão de sentimentos negativos, os observadores devem apresentar, em primeiro lugar, feedback positivo ao participante que acabou de falar. Em seguida, devem apresentar o feedback negativo e, finalmente, apresentarem sugestões de como essa expressão de sentimentos negativos poderia ser feita de uma maneira mais adequada. Caso se sinta à vontade para continuar, o participante no papel de pai expressa novamente seus sentimentos negativos, considerando os feedbacks e sugestões oferecidos para o seu desempenho. Caso não se sinta à vontade, outro participante poderá assumir seu papel. Assim segue até que a expressão de sentimentos negativos esteja adequada. Quando isso acontecer, é apresentada uma nova situação e o procedimento é o mesmo. Serão apresentadas de uma a três situações, dependendo do tempo restante da sessão.

Exemplos:

Serão mencionadas as seguintes situações, dependendo do tempo restante da sessão:

Situação 1:

Seu filho não teve cuidado ao operar sua TV e a quebrou minutos antes de você ver seu programa favorito. Você está muito nervosa por isso. Expresse seus sentimentos ao seu filho.

Situação 2:

Você passou a manhã toda organizando a casa e o restante do dia trabalhando fora. Ao chegar em casa, exausta, você vê que seu filho deixou brinquedos espalhados pela casa toda. Você fica com muita raiva. Expresse seus sentimentos ao seu filho.

Situação 3:

Por três bimestres consecutivos, seu filho chega em casa com um boletim cheio de notas vermelhas. Você fica muito triste e decepcionada. Expresse seus sentimentos ao seu filho.

Ao final discute-se:

- como se sentiram; facilidades; dificuldades.

- dizer que, no caso do exercício de discussão, havia a facilidade deles não estarem realmente nervosos, com raiva e que no dia-a-dia essa expressão de sentimentos poderia ser um pouco mais difícil. Isso indicaria que valeria a pena fazer a tarefa para treinar um pouco mais essa habilidade nas situações em que os sentimentos negativos realmente estivessem presentes.

Tarefa de casa - Sessão 7

 

 

Sessão 8. Fazer e recusar pedidos.

Treino de repertório

Exercício de Discussão

Um participante realizará um pedido razoável e outro abusivo para outro participante e este deverá aceitar ou não o pedido, avaliando suas possibilidades de realização e vice-versa. Haverá possibilidade de role playing. Em tendo tempo, será interessante solicitar exemplos da relação com os filhos. Exemplos de situações: - você deve pedir ao seu filho que lhe ajude com os deveres domésticos; - você está com problemas financeiros e deve pedir ao seu filho que gaste menos; - seu filho lhe pede uma mesada abusiva e você precisa recusar. A cada situação, o grupo dará feedback.

Tarefa de casa - Sessão 8

A proposta é que você atente para situações em que utilizou essas habilidades em seu dia-a-dia, observando a situação, seu comportamento e o das pessoas envolvidas e as conseqüências obtidas.

 

 

 

 

 

 

Sessão 9. Lidar com críticas (fazer e receber críticas), admitir próprios erros, pedir desculpas.

Treino de repertórios

1 - Atividade de Discussão: "Misto-Quente" (Del Prette & Del Prette, 2001b).

O terapeuta refere-se à habilidade de lidar com críticas, apresentando a técnica do "sanduíche". Após dar e pedir exemplos, solicitar que um participante escolha alguém do grupo para fazer esse tipo de crítica e quem ouve não deve responder e, em seguida, faz a mesma coisa para o próximo até o final. Encerrada a seqüência, solicita-se a um ou mais participantes: 1) que reproduza a crítica; 2) que expresse sua concordância ou não; 3) que relate seus sentimentos. Utilizar as informações para a discussão teórica.

2- Role playing:

Utilizar exemplos do grupo e/ou assuntos relacionados ao tema identificados na avaliação de pré-teste. Exemplo: - Seu filho quer sair para passear à noite e quer voltar para casa de madrugada. Obs. no decorrer do exercício, o membro que estiver com papel de filho irá criticar.

Tarefa de casa - Sessão 9

I - Fazer um exercício de observação dos momentos em que você pode usar essas habilidades no seu dia-a-dia. Sugerimos que você observe seu desempenho em uma situação na qual você tenha que lidar com uma crítica (fazer e/ou receber), atentando para:

 

 

II - Relatar por escrito alguma situação importante em que você teve de admitir um erro e pedir desculpas a alguém. Procure responder as seguintes perguntas:

 

 

Sessão 10. Estabelecer limites: consistência na forma como pais e mães interagem com a criança.

Treino de repertório

Role playing. Utilizar exemplos do grupo e/ou assuntos relacionados ao tema identificados na avaliação de pré-teste. Exemplos: - você acha que a criança não

deve insistir na compra de certo brinquedo, mas seu cônjuge acredita que ele tem esse direito e está propenso a comprar o brinquedo ainda que você não concorde. Você precisa conversar sobre isso com ele; - Seu filho quer brincar na rua com os amigos e você tem razões para não deixá-lo sair, mas ele insiste dizendo que a mãe do amigo deixa e que já conversou com o pai, que aprovou, o que você faria?

Tarefa de casa

Escolha um comportamento de seu(s) filho(s) para o qual você considerou necessário estabelecer limites, observe e registre:

 

 

Sessão 11. Estabelecer limites: Atitudes dos pais que dificultam o estabelecimento de limites aos filhos

Treino de repertório

Role playing. Utilizar exemplos do grupo e/ou assuntos relacionados ao tema identificados na avaliação de pré-teste.

Exemplos:

- você está com muitos problemas no trabalho e seu filho quebrou algo que você gostava muito, o que você fará?

Tarefa de casa: idem Sessão 10.

Sessão 12. Estabelecer limites: ignorar comportamentos problema; conseqüenciar comportamentos socialmente habilidosos, dar atenção e expressar afeto.

Treino de repertório

1. Atividade de discussão:

Os participantes deverão comentar, oralmente, sobre o que eles se lembram do que foi discutido a respeito de considerar os comportamentos como socialmente habilidosos ou indicativos de problema. O que é importante considerar ao estabelecer o que é habilidoso ou não?

Será pedido para cada um dos participantes identificarem, por escrito, os seguintes itens:

A. Dois comportamentos socialmente habilidosos da(o) filha(o);

B. Dois comportamentos indicativos de problema da(o) filha(o).

C. Em seguida será pedido para que eles comentem, oralmente:

Como têm lidado com cada um destes comportamentos (Será que eles têm dado mais atenção para comportamentos socialmente habilidosos ou para indicativos de problema?).

Oferecer sugestões e modelos (primeiro os participantes e depois as terapeutas) sobre como o(s) participante(s) com dificuldades poderia(m) agir de maneira mais adequada.

2. Role playing. Utilizar exemplos do grupo e/ou assuntos relacionados ao tema identificados na avaliação de pré-teste Exemplos: - Seu filho espontaneamente lavou as louças, ainda que não tenham ficado muito limpas, o que você diria a ele?; - Seu filho cumpriu com todas as tarefas da escola, o que você diria a ele?; - Você recebeu uma reclamação da escola sobre o comportamento do seu filho, o que você diria a ele?; (Lembrar de retomar os conteúdos vistos anteriormente: comunicação, expressividade e afetividade).

Tarefa de casa - Sessão 12

 

 

 

 

Sessão 13. Estabelecer limites: dar ordens curtas e claras, solicitar mudança de comportamento, conseqüenciar regras, negociar.

Treino de repertório

1. Atividade de Discussão: O grupo é disposto aos pares e devem conversar, durante 10 minutos, sobre situações ocorridas com os filhos em que foram dadas ordens, identificar uma situação em que eles as cumpriram e uma situação em que não as cumpriram. Analisar fatores que levaram ou não ao cumprimento da ordem. O grupo relata e discute.

2. Role playing. Utilizar exemplos do grupo e/ou assuntos relacionados ao tema identificados na avaliação. Exemplos: - Um membro do grupo coloca-se em posição de filho e lhe são dadas ordens longas e pouco claras e, posteriormente a mesma ordem é dada de forma curta e clara; - Você deve pedir que seu filho pare de bagunçar a casa.

- O seu filho está fazendo birras e querendo ficar sentado em uma janela sem proteção, o que você faz? (Lembrar de retomar os conteúdos vistos anteriormente: comunicação, expressividade e afetividade).

Tarefa de casa - Sessão 13

Nome do(s) filho(s): _____________________________________________________

Estabeleça uma regra para o seu filho. Avalie a situação com base nos conteúdos aprendidos no encontro.

 

 

Sessão 14.Tema livre. Deve ser elaborada a partir de interesses e/ou dificuldades do grupo.

 

Resultados e Conclusões

O objetivo deste texto não é o de apresentar resultados das comparações entre as avaliações de intervenção, e sim o de apresentar, em detalhes, o procedimento de intervenção utilizado. Bolsoni-Silva, Silveira e Ribeiro (2008) apresentam resultados obtidos com o primeiro grupo de intervenção realizado, indicando a pertinência do procedimento para a população estudada, permitindo, assim, a condução dos demais grupos de intervenção. Entretanto, julga-se oportuno apresentar alguns resultados que aferem a efetividade do procedimento.

Quanto às Habilidades Sociais Educativas Parentais (HSE-P), nota-se aumento da média do grupo de 20 para 23 e, assim, os resultados indicam que as participantes deste estudo já apresentaram HSE-P antes mesmo da intervenção e que puderam ampliá-las. Tal conclusão é possível considerando que o escore máximo permitido para a escala é o de valor 28, porque o instrumento conta com 14 questões e se as participantes apresentassem muitos déficits nesses itens teriam escore em torno de 14 (escore médio). Acredita-se também que as mães/cuidadoras passaram a utilizar dessas HSE-P para resolver problemas relacionados a situações de estabelecer limites, porque por um lado práticas negativas (Gomide, 2006) foram relatadas com menor freqüência no pós-teste (Teste Wilcoxon) para as perguntas: "como você expressa sentimentos negativos?" (média 16 para 3 - p = 0,010), "que comportamentos você utiliza para estabelecer limites?" no caso de práticas negativas (média 17 para 4 - p = 0,004) e "como você se comporta quando seu filho faz algo que você não gosta?" (média 9 para 1 - p=0,034). Conseqüentemente, as crianças reduziram problemas externalizantes após as mães expressarem sentimentos negativos (média 16 para 3,5 - p=0,013), estabelecerem limites (média 9 para 1 - p=0,035) e depois que conseqüenciavam comportamentos de que não gostavam (média 8 para 0 - p=0,034). Problemas internalizantes reduziram no caso de estabelecer limites (média 8 para 0 - p=0,035) e depois que conseqüenciavam comportamentos de que não gostavam (média 8 para 0 - p=0,034).

Portanto, nota-se como o comportamento das mães/cuidadoras são ambiente para os comportamentos dos filhos e vice-versa. Neste ínterim, as habilidades sociais das crianças aumentaram após a intervenção, por exemplo quando as participantes expressavam as próprias opiniões (média 5,5 para 10,5 - p=0,025). Os resultados também apontam generalização dos comportamentos treinados para contextos amplos, à medida que o escore médio do grupo aumentou de 80 para 90 no IHS-DEL PRETTE. As mudanças apontadas aconteceram nas avaliações de pré para pós-teste e não aconteceram da avaliação controle para a de pré-teste.

Este procedimento parece promissor para a utilização por órgãos públicos, pois atendeu aos seus objetivos de aumentar habilidades sociais de pais e de crianças e reduzir problemas de comportamento e práticas parentais negativas. Desta forma, parece contribuir com a ética (Abib, 2002) no que se refere a ampliar práticas culturais mais reforçadoras que punitivas. Estudos futuros que incluam avaliações de seguimento são necessários. Bolsoni-Silva, Silveira e Marturano (2008) realizaram tais avaliações para o procedimento de 20 sessões, indicando permanência dos resultados para a maioria dos participantes.

 

Referências

Abib, J. A. D. (2001). Teoria moral de Skinner e desenvolvimento humano. Psicologia: Reflexão e Crítica, 14 (1), 107-117.        [ Links ]

Achenbach, T.M., & Rescorla, L. A. (2001). Manual for the ASEBA School-Age Forms & Profiles. Burlington, VT: University of Vermont, Research Center for Children, Youth, & Families.        [ Links ]

Bolsoni-Silva, A. T, Del Prette, A., & Del Prette, Z. A. P. (2000). Relacionamento pais-filhos: Um programa de desenvolvimento interpessoal em grupo. Psicologia Escolar e Educacional, 3 (3), p.203 - 215.        [ Links ]

Bolsoni-Silva, A. T., & Marturano, E. M. (2007). A qualidade da interação positiva e da consistência parental na sua relação com problemas de comportamento de pré-escolares. Revista Interamericana de Psicologia, 41(3), 349 - 358.        [ Links ]

Bolsoni-Silva, A. T., Bitondi, F., & Marturano, E. M. (2008). Intervenção em grupo para pais: a importância do diagnóstico comportamental individual. In R. Cavalcanti (Org.), Análise do Comportamento: Avaliação e Intervenção (pp. 79-100). São Paulo : Roca.        [ Links ]

Bolsoni-Silva, A. T., Brandão, A. S., Versuti-Stoque, F. M., & Rosin-Pinola, A. R. (2008). Avaliação de um programa de intervenção de habilidades sociais educativas parentais: Um estudo piloto. Psicologia Ciência e Profissão, 28 (1), 18 - 33.        [ Links ]

Bolsoni-Silva, A. T., Carrara, M., & Marturano, E. M. (2008). Intervenção em grupo para pais: o que atentar quanto à intervenção e habilidades terapêuticas In R. Cavalcanti (Org.), Análise do Comportamento: Avaliação e Intervenção (pp. 102-135). São Paulo : Roca.        [ Links ]

Bolsoni-Silva, A. T., Marturano, E. M., & Silveira, F. F. (2006). Cartilha informativa. Orientação para pais e mães. São Carlos: Suprema Editora.        [ Links ]

Bolsoni-Silva, A. T., Silveira, F. F., & Ribeiro, D. C. (2008). Avaliação dos efeitos de uma intervenção com cuidadoras: contribuições do Treinamento em Habilidades Sociais. Revista Contextos Clínicos, 1 (1), 19 - 27.        [ Links ]

Bolsoni-Silva, A. T., Silveira, F. F., Marturano, E. M. (2008). Promovendo habilidades sociais educativas parentais na prevenção de problemas de comportamento. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 10(2), p.125 - 142.        [ Links ]

Bolsoni-Silva, A. T. (2008). Roteiro de Entrevista de Habilidades Sociais Educativas Parentais (RE-HSE-P): Categorias e testagem preliminares. In L. D. Weber (Org.) Família e Desenvolvimento - Visões Interdisciplinares (pp. 145-158). Curitiba: Juruá.        [ Links ]

Calais, S. L., & Bolsoni-Silva, A. T. (2008). Alcance e limites das técnicas comportamentais: Algumas considerações. Em R. Cavalcanti (Org.) Análise do Comportamento: Avaliação e Intervenção (pp. 15-29). São Paulo : Roca.        [ Links ]

Cobham, V. E., Dadds, M. R., & Spence, S. H. (1998). The role of parental anxiety in the treatment of childhood anxiety. Journal of Consultin & Clinical Psychology, 66(6), 893-905.        [ Links ]

Coelho, M. V., & Murta, S. G. (2007). Treinamento de pais em grupo: um relato de experiência. Estudos de Psicologia (Campinas), 24(3), 333-341.        [ Links ]

Cozby, P. C. (2003). Métodos de pesquisa em ciências do comportamento. São Paulo: Editora Atlas.        [ Links ]

Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2001a). Inventário de Habilidades Sociais (IHS-Del-Prette). Casa do Psicólogo Livraria e Editora Ltda.        [ Links ]

Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2001b). Psicologia das relações interpessoais. Vivências para o trabalho em grupo. Petrópolis: Vozes.        [ Links ]

Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2002). Avaliação de habilidades sociais de crianças com um inventário multimídia: Indicadores sociométricos associados a freqüência versus dificuldade. Psicologia em Estudo, 7(1), 61-73.        [ Links ]

Dishion, T. J., & Andrews, D. W. (1995). Preventing escalation in problem behaviors with high-risk young adolescents: Immediate ane 1-year outcomes. Journal of Consulting &Clinical Psychology, 63 (4), 538-548.        [ Links ]

Gomide. P. I. C. (2006). Inventário de Estilos Parentais. Modelo Teórico: Manual de Aplicação, apuração e interpretação. Petrópolis: Vozes.        [ Links ]

Lundahl, B., Risser, H. J., & Lovejoy, M. C. (2006). A meta-analysis of parent training: Moderators and follow-up effects.?Clinical-Psychology-Review, 26(1), 86-104.        [ Links ]

Pinheiro, M. I. S. (2006). Treinamento em Habilidades Sociais Educativas para pais de crianças em trajetória de risco. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação Especial. Universidade Federal de São Carlos.        [ Links ]

Pinheiro, M. I. S., Haase, V. G., Del Prette, A., Amarante, C. L. D., Del Prette, A. A. P. (2006). Treinamento de habilidades sociais e educativas para pais de crianças com problemas de comportamento. Psicologia: Reflexão e Crítica, 19(3), 407-414.        [ Links ]

Rios, K. S. A. (2006). Efeitos de um programa de prevenção de problemas de comportamento em crianças pré-escolares de famílias de baixa renda. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação Especial. Universidade Federal de São Carlos.        [ Links ]

Sanders, M. R, Markie-Dadds, C., Tully, L. A., & Bor, W. (2000). The Triple P-Positive Parenting Program: A comparison of enhanced, standard, and self-directed behavioral family intervention for parents of children with early onset conduct problems. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 68 (4), 624-640.        [ Links ]

Serketich, W. J., & Dumas, J. E. (1996). The effectiveness of behavioral parent training to modify antisocial behavior in children: A meta-analysis. Behavior Therapy, 27, 171-186.        [ Links ]

Serra-Pinheiro, M. A., Guimarães, M. M., & Serrano, M. E. (2005). A eficácia de treinamento de pais em grupo para pacientes com transtorno desafiador de oposição: um estudo piloto. Revista Psiquiatria Clínica, 32(2), 68-72.        [ Links ]

Skinner, B. F (1974). Sobre o Behaviorismo. São Paulo: Ed. Cultrix.        [ Links ]

Sturmey, P. (1996). Functional analysis in clinical psychology. England: John Wiley & Sons.        [ Links ]

Webster-Stratton, C., & Herbert, M. (1993). What really happens in parent training? Behavior Modification, 17 (4), 407-456.        [ Links ]

Webster-Stratton, C. (1994). Advancing videotape parent training: A comparison study. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 62 (3), 583-593.        [ Links ]

 

 

Enviado em Setembro de 2008
Revisado em Fevereiro de 2009
Aceite final em Maio de 2009
Publicado em Outubro de 2009

Creative Commons License Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons