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PsicoUSF

versão impressa ISSN 1413-8271

PsicoUSF v.13 n.2 Itatiba dez. 2008

 

EDITORIAL

 

Esse segundo número do volume 13 encerra o ciclo de edições semestrais da revista Psico-USF, que a partir de 2009 terá uma tiragem quadrimestral. Tal mudança vem, por um lado, atender aos critérios de qualificação das revistas sugeridos pela ANPEPP, mas, por outro lado, representa principalmente uma resposta ao aumento significativo da demanda de trabalhos submetidos para avaliação e à qualidade dos mesmos.

A revista vem procurando atender de forma equilibrada a essa demanda, agilizando o processo de avaliação e estimulando a inclusão de trabalhos que sejam representativos das diversas regiões do país e do âmbito internacional, nas mais variadas perspectivas e abordagens teóricas e metodológicas, de modo a contemplar de forma abrangente as tendências e os avanços científicos da psicologia. Dentro desse espírito, neste número trazemos as contribuições de colegas de Portugal, Alemanha e Argentina e de colegas brasileiros do Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul, destacando-se seis artigos provenientes de parcerias interinstitucionais. No que diz respeito à produção nacional, essa variedade reflete a expansão dos centros de pesquisa para além dos núcleos tradicionais, o que em boa parte é decorrente dos investimentos e incentivos das agências nacionais e estaduais para desenvolvimento da ciência em nosso país.

Igualmente visando a uma melhor representatividade do conteúdo publicado, diversificou-se o Conselho Editorial e o corpo de pareceristas ad hoc, incluindo-se colaboradores de instituições diversas, de dentro e fora do Brasil. Com isso, pretende-se que essa e as publicações que se seguem possam atingir o objetivo primordial, que é refletir de modo mais fidedigno o panorama da psicologia nos dias de hoje.

Neste número o leitor terá informações sobre instrumentos de avaliação psicológica em contextos educacionais, do trabalho e da saúde e também sobre investigações com experiências psicológicas diversas, patológicas ou não, além de um artigo sobre o ensino e treinamento em psicologia clínica e a relação de alunos com o supervisor.

Sendo assim, John Manuel Klein, da Alemanha, e Alda Gonçalves, de Portugal, descrevem um instrumento para estudos epidemiológicos de distúrbios de sono em crianças. No contexto educacional, temos os trabalhos dos colegas da PUC de Campinas, Erica Aparecida Igue, Isabel Cristina Dib Bariani e Pedro Victor Barnabé Milanesi, sobre vivência acadêmica e expectativas de universitários; a pesquisa sobre a tomada de consciência de professores, realizada pelos colegas Meire Anderson Fiorot, Antonio Carlos Ortega, Alice Melo Pessotti e Valdilene Turini Alves; e o estudo a respeito de uma escala para availação de estratégias de aprendizagem em um curso a distância, elaborado por Thais Zerbini e Gardênia Abbad. No contexto organizacional encontram-se as contribuições de Keli Cristina de Lara Campos e Fernanda Andrade de Freitas sobre uma escala de empregabilidade, e de Mary Sandra Carlotto e Sheila Gonçalves Câmara, sobre a construção de um instrumento que investiga satisfação no trabalho.

No âmbito clínico e da saúde são apresentados os estudos de Makilim Nunes Baptista, Mayra Silva de Souza e Gisele Aparecida da Silva Alves para a validação de uma escala de depressão, o trabalho de Elisa Orlandi Moraes e Sônia Regina Fiorim Enumo sobre as estratégias de enfrentamento de crianças hospitalizadas e a pesquisa de Márcia Maria Magrille de Cerqueira e Elizabeth do Nascimento a respeito da construção de uma escala de lócus de controle parental na saúde. Ainda no contexto clínico encontra-se uma análise fenomenológica sobre o estigma da depressão feita por Virginia Moreira e Thabata Catelo Branco Telles e um estudo de caso realizado por Camila Ribeiro Coelho e Vera Lucia Adami Raposo do Amaral sobre um portador de diabetes mellitus tipo 2.

Finalizando esta edição encontram-se artigos sobre temas diversos, como o de Maria Thereza Costa Coelho de Souza, Camila Tarif Ferreira Folquitto, Marcella Pereira de Oliveira e Samanta Pedroso Natalo, que, numa perspectiva piagetiana, analisam o julgamento de crianças sobre ações e sentimentos dos personagens em dois contos de fadas; a investigação de Alejandro Parra sobre a visão da aura como experiência alucinatória em indivíduos não-clínicos e o artigo de Nancy Ramacciotti de Oliveira Monteiro e Maria Lucia Tiellet Nunes sobre a percepção de estagiários a respeito de seus supervisores numa clínica-escola.

Convidam-se os leitores a aproveitarem as experiências aqui publicadas em sua prática e pesquisa, esperando-se que se sintam estimulados a continuar nos enviando suas contribuições.

Anna Elisa de Villemor-Amaral, editora