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Construção psicopedagógica
versão impressa ISSN 1415-6954
Constr. psicopedag. vol.23 no.24 São Paulo 2015
A parentalidade excessiva e as implicações na aprendizagem
Overparenting and the implications in learning
Alcione Marques1
Unifesp, São Paulo
RESUMO
As mudanças na dimensão da infância no contexto familiar e no exercício da parentalidade nos últimos anos vêm chamando a atenção de profissionais ligados à Educação em virtude dos impactos na aprendizagem. A parentalidade excessiva (overparenting) tem se apresentado como uma tendência em algumas sociedades ocidentais, caracterizando-se pelo pouco estímulo dos pais para o desenvolvimento da autonomia da criança, grande interferência em âmbitos onde se espera que possa atuar por si, dificuldades em deixar que o filho lide com frustrações e as excessivas atividades extra-escolares para o desenvolvimento de capacidades e potenciais. Percebe-se que esta atuação dos pais tem trazido prejuízos ao processo de aprendizagem da criança, comprometendo a construção da autoria de pensamento e a constituição de um sujeito autônomo que possa atuar sobre o mundo.
Palavras-chave: Parentalidade excessiva; Infância; Autonomia; Aprendizagem.
ABSTRACT
Changes in the dimensions of childhood within the family and in the exercise of parenting in recent years have been calling the attention of professionals involved in education because of the impact they are causing on learning. Excessive parenting (overparenting) has been presented as a trend in some Western societies, characterized by little encouragement from parents to the development of the child's autonomy, by huge interference where it is expected to be able to work by itself, by the difficulties in let the child deal with frustrations and by excessive extra-curricular activities for the development of potential abilities. Observations have been made that this action of the parents has brought losses to the child´s learning process, hindering the construction of authorship of thought and the creation of an autonomous subject able to act upon the world.
Keywords: Overparenting; Childhood; Autonomy; Learning
Introdução
Nos últimos anos, muitos estudos têm buscado estabelecer a relação entre o contexto familiar e os resultados escolares e, mais recentemente, a relação entre o estilo dos cuidados paternos e o desempenho e ajuste da criança ao ambiente escolar. E as diferenças nesses aspectos têm se mostrado importantes em relação à aprendizagem.
Além disso, o aumento da incidência de alguns fatos tem chamado a atenção de profissionais da área da Educação para o modo como os pais cuidam dos filhos e a relação com a aprendizagem escolar. Situações como a do pai que processou uma escola pelo fato de seu filho de doze anos ter contado que a professora o constrangeu quando pediu que fizesse um exercício que ele não sabia ou o aumento de pais que buscam a escola para questionar sanções impostas aos filhos que praticaram alguma infração tem se tornado mais frequente. Também tem sido mais comum a troca da escola se a criança é reprovada para que se consiga a promoção, impedindo que ela lide com as consequências por ter se dedicado pouco aos estudos.
Há ainda aqueles que exigem que o filho faça um grande número de atividades extraescolares, numa rotina exaustiva, para que possa "desenvolver todas as suas capacidades" e os que não permitem que filhos adolescentes caminhem por algumas quadras para irem até a escola com medo de que sejam sequestrados.
Embora no Brasil ainda haja poucos estudos em relação ao tema que em outros países se convencionou chamar overparenting - aqui denominarei "parentalidade excessiva" - este comportamento dos pais em relação aos filhos tem sido percebido pelos profissionais da Educação com maior frequência e pode afetar vários aspectos do desenvolvimento da criança no que se refere à aprendizagem.
Entre estes aspectos, a construção da autonomia tem se mostrado diretamente relacionada ao desempenho na escola. O suporte à autonomia foi definido como o grau em que os pais valorizam e mobilizam recursos para encorajar a independência da criança na solução de problemas, escolhas e participação em decisões. O grau de suporte à autonomia está diretamente relacionado com a capacidade de autorregulação da criança e sua competência na aprendizagem, sendo um insumo essencial para que o aluno tenha confiança na desafiadora tarefa de aprender (GROLNICK e RYAN, 1989).
No entanto, cabe pensar em como se promove a autonomia e, por conseguinte, a aprendizagem, em tempos onde alguns pais pretendem proteger seus filhos das experiências difíceis e oferecer todas as garantias para que obtenham uma vida que a eles parece satisfatória. E Também tem grande importância o lugar na pirâmide social onde estes filhos estarão e a possibilidade que terão de possuir o que a sociedade de consumo oferece.
Se o aprender atende à determinação instrumental colocada a priori em função do ter para consumir, o sentido do aprender para atuar sobre a realidade fica comprometido.
Infância e parentalidade
Sabe-se hoje que o vínculo que a criança cria com o cuidador e com os demais a sua volta é essencial para a construção de um senso de si mesma coerente.
As interações com o ambiente, com seu corpo, sua mente e, principalmente, com as pessoas mais próximas propiciam a construção saudável de sua individualidade (MARANO, 2008). Embora as mudanças da estrutura da família pós-moderna, a construção do psiquismo do indivíduo e sua constituição como sujeito inserido na cultura continuem dependendo das relações familiares, que lhe servirão como referência.
Mas o modo como se dá esse vínculo e a atuação dos pais são determinados historicamente a partir do modo como a infância foi e vem sendo encarada pelas sociedades ao longo do tempo. Historicamente, a infância está associada à imaturidade, à dependência, ao momento em que o indivíduo deve ser preparado para emancipar-se, vista como uma incompletude que se completa no processo de educação para a chegada à idade adulta (SILVA, 2007). Embora alguns autores afirmem que a criança fosse vista no passado como um adulto em miniatura, há desde a Antiguidade relatos sobre a preocupação com a formação dos mais jovens, que requereriam cuidados e atenção especiais (HONORÉ, 2009).
A infância, como a conhecemos hoje, é uma invenção da modernidade. Na transformação das sociedades, a família assume posição de destaque na dinâmica social, tornando-se um lugar de afeição necessária entre cônjuges e entre pais e filhos. De um lugar sem importância a criança passa a ser o centro da família. E não se tem evidências de nenhuma outra época de uma obsessão tão grande dos adultos a respeito da infância quanto nos nossos tempos (HONORÉ, 2009).
Do mesmo modo, o exercício da parentalidade é uma construção cultural. É compreendido como o exercício dos pais ou dos cuidadores na garantia das condições de vida necessárias para a sobrevivência e o desenvolvimento da criança a no nível físico, psicológico e social, com o objetivo de socializá-la e torná-la progressivamente mais autônoma. Os critérios da parentalidade dependem de crenças culturais, impressões subjetivas e outros fatores relacionados ao contexto, sendo significantemente diferentes de cultura para cultura.
No entanto, apesar das diferenças culturais, as dimensões da parentalidade envolvem os cuidados emocionais, sociais e disciplinares que promovam o desenvolvimento da criança.
As características da parentalidade excessiva
Uma tentativa de definir o que é a parentalidade excessiva (overparenting) seria o grande empenho dos pais para atender as necessidades do filho e a alta expectativa com o sucesso da criança, frequentemente levando-os a comportamentos que reduzem por um lado o desenvolvimento da autonomia e por outro a sobrecarregando de atividades que visam desenvolver suas capacidades (LOCKE, CAMPBELL e KAVANAGH, 2012).
Maior envolvimento dos pais, proteção e cuidado foram previamente apontados como fatores que melhoram o bem estar da criança. As sociedades ocidentais são fortemente influenciadas pela ideologia da maternagem intensiva e a parentalidade excessiva pode ter sido disparada por esta orientação. No entanto, coisas positivas podem ser perniciosas se forem levadas ao extremo.
Nos Estados Unidos, o movimento no sentido do aumento excessivo do cuidado e dedicação dos pais começou na década de 1970, com a diminuição do otimismo pós-guerra e a estagnação da economia (MARANO, 2008). A partir da globalização da economia e o aumento da competição, os pais passaram a fazer um grande esforço para dar aos filhos todas as vantagens possíveis.
Num ambiente de incertezas e mudanças intensas, quanto mais próximas do topo da pirâmide social está a família, mais ansiosa e preocupada com o futuro econômico do filho. Assim, buscam formas de equipar as crianças para vencer na competição num mercado global e garantir que consigam ser bem sucedidas.
Além da importância e do lugar que a infância assumiu nas sociedades ocidentais nas últimas décadas, o rápido desenvolvimento da tecnologia tem valorizado ainda mais a infância. Estas crianças nascem num universo tecnológico, onde têm tremenda facilidade para lidar com celulares e computadores. O surgimento da vida virtual das redes sociais e da comunicação instantânea potencializa o acompanhamento e monitoramento pelos pais.
A parentalidade excessiva está relacionada frequentemente com um intenso desejo de fortalecer e assegurar o vínculo e o bem-estar da criança, onde a própria autoestima dos pais depende fundamentalmente do sucesso de sua prole (MUNICH e MUNICH, 2009). Entre os sinais de parentalidade excessiva estão o exagero de atividades para desenvolver a criança em seu potencial máximo, a administração feita pelos pais (ou um deles) dos mínimos detalhes da vida do filho, pouco espaço para a autonomia física, cognitiva e afetiva e reforço excessivo da autoestima. Inclui ainda uma excessiva preocupação com o estado de humor e mental da criança e dificuldades de separar-se dela, mesmo numa idade em que isso seria esperado e natural.
Está também relacionada a uma baixa demanda dos pais à criança para que amadureça e desenvolva habilidades para a vida, torne-se independente, enfrentando circunstâncias difíceis e aceitando as consequências. É comum considerar que o filho está sempre certo e culpar outras pessoas, lutando para que a criança consiga aquilo que quer, num contexto de baixo nível de exigência do filho e em oposição à alta exigência de outras pessoas ou instituições, com destaque para a própria escola (LOCKE, CAMPBELL e KAVANAGH, 2012).
Há, frequentemente, grande envolvimento dos pais na vida social das crianças, vendo-se como os melhores amigos dos filhos. Ficam constantemente em companhia do filho, fazem telefonemas frequentes ou ainda esperam um relatório completo de suas atividades longe deles, invadindo sua privacidade. Interferem intensamente nas relações com colegas e nas amizades, por vezes confrontando amigos para que deem mais atenção a seu filho. O casal prioriza constantemente as atividades e necessidades do filho em detrimento das suas próprias (LOCKE, CAMPBELL e KAVANAGH, 2012).
Em alguns casos, os pais controlam fortemente as escolhas da criança - desde a roupa que usarão até os amigos que terão - e procuram enquadrar seu comportamento para atender a suas expectativas, não permitindo que a criança faça algumas coisas por entender que não as fará perfeitamente.
Outro comportamento que pode estar relacionado à parentalidade excessiva é a tendência dos pais de ficarem muito preocupados com situações que podem apresentar qualquer risco potencial, como sair sozinho. Há o medo de que sejam roubados ou sequestrados, mesmo em sociedades onde há decréscimo dos índices de violência (LOCKE, CAMPBELL e KAVANAGH, 2012). Parece que estes pais, extremamente sintonizados, exageram na percepção de potenciais perigos que a criança pode enfrentar, levando-os a monitorar e a resolver questões que o filho deveria lidar.
Esta atuação dos pais resulta em diminuição da resiliência, aumento do sentimento da criança de ter direitos diferenciados, aumento da ansiedade, redução das habilidades para a vida, pouca responsabilidade e baixa autossuficiência.
Pode haver um esforço dos pais e cuidados suficientes para o bem-estar da criança. No entanto, aumentar esse cuidado e esforço não garante que a criança terá ainda melhor bem-estar.
A parentalidade excessiva e a aprendizagem
O excessivo cuidado e a interferência dos pais podem comprometer diretamente o desenvolvimento emocional e cognitivo, que poderá se traduzir em problemas de aprendizagem no futuro. Esta atuação dos pais diminui a possibilidade da criança de atuar sobre o mundo e entender como ele funciona a partir das tentativas, erros e acertos, empobrecendo estruturas mentais e emocionais que se constroem na primeira infância, principalmente com a experiência.
Além disso, a autonomia neste conhecimento do mundo se construirá gradualmente na medida em que a criança perceber que pode sobreviver a partir de seus próprios recursos e capacidades, conquistando autoconfiança para explorar e para correr riscos. Poderá conhecer-se e reconhecer-se como sujeito, refletindo e atuando sobre sua realidade para transformá-la.
Um dos grandes objetivos da Educação é desenvolver a autoria do pensamento, ou seja, levar o indivíduo a poder reconhecer sua capacidade pensante ancorada em seus desejos e dar sentido à sua atuação sobre o mundo. Pais que impõem suas escolhas, sem abrir espaço para a criança poder gradualmente exercer as suas, comprometem o desenvolvimento desta autoria do pensamento, comprometendo o desenvolvimento de uma individualidade sadia e da capacidade de aprender (FERNÁNDEZ, 2001).
As relações vinculares e a experiência social na infância são as bases do desenvolvimento emocional e da inteligência. Este vínculo é baseado inicialmente numa grande proximidade física com a mãe ou com o cuidador, mas com o desenvolvimento da criança, essa proximidade e presença iniciais podem ir diminuindo.
A criança constrói no vínculo uma imagem internalizada da mãe, imagem sempre presente nas situações de desconforto pelas quais ela passa. Esse é um dos segredos da resiliência frente às futuras adversidades, que incrementa o desenvolvimento da criança, dando liberdade e segurança para que ela explore o mundo, aprenda e acumule experiência e sabedoria (MARANO, 2008). Além disso, a imagem internalizada da mãe é a primeira abstração e simbolização que a criança faz, dando abertura à construção das simbolizações que ocorrerão durante o desenvolvimento.
As pequenas separações dão lugar às grandes separações. No entanto, se os pais são excessivamente presentes e não proporcionam estas pequenas separações comprometem, entre outras coisas, a autonomia. A criança vivenciará as separações futuras como altamente estressantes, desorganizando-se emocionalmente (MARANO, 2008). A criança, nesses casos, pode tornar-se insegura, pouco resiliente e com baixo sentimento de autossuficiência.
Esta falta de autonomia se reflete, do mesmo modo, no espaço que os pais dão ao filho para que faça escolhas e possa entrar em contato com suas preferências e desejos. Há pouco espaço para a intimidade, com excessiva invasão e interferência em âmbitos em que o amadurecimento exige a atuação cada vez mais por si. Há uma baixa tolerância destes pais às experiências das crianças, às tentativas e erros que fortalecerão diversas capacidades envolvidas na solução de problemas e que finalmente permitirão que entrem em contato com o mundo para que se constituam como sujeito.
Além disso, consolidam a percepção na criança de que não é capaz, podendo desenvolver dificuldades em lidar com situações de erro e frustração, com menor motivação para experimentar, explorar e aceitar desafios. Como o erro é parte integrante e essencial da aprendizagem, no ambiente escolar ela pode apresentar reações emocionais superlativas, e alguns pais, percebendo o desconforto da criança, a mantém em casa, fazendo com que perca as aulas para que não tenha de enfrentar situações desagradáveis e estressantes, o que pode potencializar os problemas de aprendizagem. A ansiedade dos pais é transferida aos filhos e há relatos de estudantes mais velhos que frequentemente recusam-se a ir à escola (HONORÉ, 2009).
Há o empobrecimento das relações com os colegas, o relacionamento com a escola e com os professores se dá num clima de desconfiança, o que pode não estabelecer uma parceria que poderia beneficiar a aprendizagem. Quando os pais dão maior ênfase ao controle nas atividades escolares do que ao suporte para que o filho conquiste autonomia, podem comprometer o desenvolvimento da motivação autônoma na vida escolar (LOCKE, CAMPBELL e KAVANAGH, 2012).
É comum o excesso de atividades extracurriculares, às quais jovens e crianças são submetidos desde a tenra idade, numa preocupação destes pais com a estimulação da mesma para que desenvolva todos os seus potenciais. Pesquisas nos Estados Unidos mostram que entre 1981 e 1997 o tempo para as brincadeiras livres caiu 25% e o tempo voltado para a lição de casa mais que dobrou (GIBBS, 2009).
Brincar livremente permite que a criança possa fazer escolhas e entrar em contato com seus desejos, podendo atuar sobre a realidade a partir de suas vontades e assim descobri-la e descobrir-se. A falta deste tempo e o aumento de atividades dirigidas e supervisionadas podem afetar a criatividade.
Conclusão
O desejo que mobiliza o conhecer pressupõe uma falta, uma carência. Quando outro dirige o andar, não se questiona o porquê da escolha daquele caminho. Uma sociedade que endeusa crianças e jovens os mantém na onipotência, os afasta do contato com as fragilidades mobilizadoras do desejo pelo conhecimento (FERNÁNDEZ, 2001). A aprendizagem embute certo temor: o contato com o novo, o medo de não o apreender, o receio de não conseguir, o contato com suas potências, mas também com seus limites.
Com a pressão das rápidas mudanças na sociedade, um maior número de pais se sente ansioso em relação ao futuro de seus filhos, atribuindo a si a total responsabilidade por garantir à prole as condições de vida que eles entendem poder proporcionar felicidade e sucesso, interferindo e envolvendo-se excessivamente em vários aspectos da vida das crianças.
Este envolvimento tem cobrado o alto preço de crianças e jovens que têm sua autonomia comprometida e a capacidade de aprendizado afetada, na limitação em sua interação com o mundo e consigo mesmos. A autoria de pensamento, ou seja, a capacidade de se reconhecer autor de uma ideia ou de uma produção, reconhecer o sentido do que se aprende e perceber-se protagonista, não é construída (FERNÁNDEZ, 2001).
Mais pesquisas poderão aprofundar os efeitos da relação entre a parentalidade excessiva e a aprendizagem, embora os estudos citados neste artigo apontem para o fato de que esta atuação dos pais enfraquece habilidades essenciais para a capacidade de aprender.
As mudanças sociais rápidas são um desafio para a construção de conhecimento que possa ser transmitido entre as gerações. Mas, certamente, os mais jovens precisam desenvolver habilidades que os ajudem a lidar melhor com esta realidade mutante, onde o consumo e o individualismo são forças desagregadoras.
E, nesta realidade, as instituições estão em cheque, entre elas a escola e a família, num desafio de acompanharem as transformações sem perder seu papel na participação da coesão social.
É possível que neste momento de tamanha complexidade, os pais também necessitem desenvolver sua parentalidade. Dessa forma, a sociedade precisa envidar esforços para abrir espaço para a discussão do papel dos pais e da família, discussão que proporcionará a possibilidade de que a aprendizagem, mais uma vez, possa representar a reflexão, a ação e a mudança.
Referências
FERNÁNDEZ, A. O saber em jogo: A psicopedagogia propiciando autorias de pensamento. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001. [ Links ]
GIBBS, N. The growing backlash against overparenting. Time´s. 2009. Disponível em: http://content.time.com/time/magazine/article. Acesso em: 10 nov. 2013. [ Links ]
GROLNICK, S.; RYAN, M. Parent styles associated with children's self-regulation and competence in school. Journal of Educational Psychology, v. 81, n. 02, 143-154, 1989. Disponível em: http://psycnet.apa.org/journals/edu/81/2/143/. Acesso em: 14 jan. 2014. [ Links ]
HONORÉ, C. Under pressure: Putting the child back in childhood. Londres: Orion Books, 2009. [ Links ]
LOCKE, J.; CAMPBELL, M.A.; KAVANAGH, D. Can a parent do too much for their child? An examination by parenting professionals of the concept of overparenting. Australian Journal of Guidance and Conselling, v. 22, p. 249-265, 2012. Disponível em: http://journals.cambridge.org/action/displayAbstract?fromPage=online&aid=8781611. Acesso em : 15 jan. 2014. [ Links ]
MARANO, H.E. A nation of winps: The high cost of invasive parenting. Nova Iorque: Broadway Books, 2008. [ Links ]
MUNICH, R., MUNICK, M. Overparenting and the narcissistic pursuit of attachment. Psychiatric Annals, 39:4, p. 227-235, abr. 2009. Disponível em: http://www.sakkyndig.com/psykologi/artvit/munic2009.pdf. Acesso em: 5 dez. 2013. [ Links ]
SILVA, A.T. Infância, adolescência e trabalho docente. 2007. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Estadual Paulista, Marília, 2007. Disponível em: http://www.marilia.unesp.br/Home/Pos-Graduacao/Educacao/Dissertacoes/silva_att_dr_mar.pdf. Acesso em: 13 jan. 2014. [ Links ]
1 Pedagoga e psicopedagoga clínica e escolar pelo Instituto Sedes Sapientiae, membro do Projeto PREVISTA de Prevenção Psicopedagógica e do Projeto Cuca Legal - Psiquiatria UNIFESP.