SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.4 número2R-2: Teste não-verbal de inteligência para crianças - Pesquisa Piloto com crianças da cidade de São PauloPsicologia dos grupos: movimentos de grupo para uma psicologia como ciência índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

artigo

Indicadores

Compartilhar


Psic: revista da Vetor Editora

versão impressa ISSN 1676-7314

Psic v.4 n.2 São Paulo dez. 2003

 

ARTIGOS

 

A sexualidade no contexto contemporâneo: permitida ou reprimida?

 

 

Rosângela de Sant´Anna Dall´Agnol

Centro Universitário FEEVALE

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este artigo enfoca a relevância da reflexão diante da dicotomia constantemente apresentada ao ser humano - ser masculino ou ser feminino - e que lhe exige uma opção muito antes mesmo de ele poder se perceber e sentir. Essa imposição, em muitos casos, impossibilita a vivência da alegria, da pureza e da fantasia que podem (ou poderiam?) caracterizar a aprendizagem de cada sujeito. O entendimento desses aspectos pressupõe trabalhos inter/multidisciplinares que visem a abarcar as contribuições fundamentais nas áreas do conhecimento indispensáveis à compreensão da sexualidade, tal qual Psicologia, Antropologia, Biologia e História, entre outros. Associa-se a esse aspecto a urgência de intensificar a tomada de consciência relativa às relações existentes entre ciência e condição humana, uma vez que as ciências naturais e as ciências humanas têm se desenvolvido sem alcançar uma adequada e necessária integração. Isso acarreta um conhecimento de mundo dissociado de seus habitantes etambém o conhecimento desses homens descontextualizados de seus ambientes.

Palavras-chave: Sexualidade, Ser masculino, Ser feminino, Contemporaneidade.


ABSTRACT

This article focus the relevance of refletion facing the dichotomy constantly present to the human being - to be masculine or to be feminine - and that requires an option long before it could be felt or perceived. This imposition in many cases makes impossible the experience of happiness, purity and fantasy that could (or should) characterize the learning experience of each subject. The understanding of these aspects assumes multi/interdisciplinary jobs, aiming to encompass the essential contributions from areas of knowledge that are fundamental to the understanding of sexuality, such as Psychology, Anthropology, Biology and History, ando so on. Associated to this aspect is the urgency to intensify the consciousness related to the existent relationships between the science and the human condition, since the natural sciences and the human sciences have been developed without reaching a proper and necessary integration. As a result, there is a knowledge of the world dissociated from its inhabitants, and also the knowledge from those men is out of the context from their environments.

Keywords: Ssexuality, To be masculine, To be feminine, Contemporaneousness.


 

 

Introdução

"Ser um homem feminino
Não fere o meu lado masculino
Se Deus é menina ou menino
Sou masculino e feminino
Olhei tudo e aprendi
E um belo dia eu vi
Que ser um homem feminino
Não fere o meu lado masculino
Se Deus é menina ou menino
Sou masculino e feminino
Olhei tudo e aprendi
E um belo dia eu vi
E vem de lá o meu sentimento de ser
Meu coração mensageiro vem me dizer
Salve, salve a alegria
A pureza e a fantasia
Vou assim todo o tempo
Vivendo e aprendendo"

(Baby Consuelo, Didi Gomes e Pepeu Gomes)

Pensar a sexualidade humana a partir da leitura dessa canção possibilita, em meu entender, refletir sobre a dicotomia constantemente apresentada ao ser humano - ser masculino ou ser feminino - e que lhe exige uma opção muito antes mesmo de ele poder se perceber e sentir. Essa imposição, em muitos casos, impossibilita a vivência da alegria, da pureza e da fantasia que podem (ou poderiam?) caracterizar nossa aprendizagem do que significa ser masculino/ser feminino impedindo, conseqüentemente, a vivência da complementaridade que tais características ofereceriam, principalmente, ao considerarmos a possibilidade de ser um homem feminino sem com isso ferir o lado masculino.

A serviço de que dicotomias dessa natureza têm se perpetuado entre os indivíduos? Será esta uma proposta de debate pertinente? Será adequado refletir sobre as questões latentes no contexto cultural e, nessa direção, nos depararmos com dificuldades tanto na manutenção de comportamentos esperados para homens e mulheres como com as dificuldades decorrentes das tentativas de mudanças de postura destes? Minha proposta, nesse momento, é de refletir sobre a subjetividade1 existente na sexualidade humana.

 

Desenvolvimento

SEXUALIDADE

É possível afirmar que certos temas, com o decorrer do tempo, são vivenciados de forma diferenciada ou têm suas conotações alteradas. Outros se mantêm num mesmo padrão, apesar de aparente-mente estarem sofrendo processos significativos de alteração. Ao observar a forma como os afetos associados à sexualidade são tratados constata-se que, ainda nos dias atuais, estes refletem emoções confusas por parte dos indivíduos, desestabilizando-os e provocando resistências.

Ao abordar o tema, quero frisar a complexidade com que nos deparamos quando visamos a definir vocábulos relacionados ao tema da sexualidade. Parte dessa dificuldade pode ser atribuída à multiplicidade de aspectos que a mesma abrange, bem como a amplitude de seu significado, sobretudo desde a formulação do conceito de libido proposto por Freud. Embasando-me em referenciais psicológicos, posso afirmar que "o conceito psicológico contemporâneo de sexualidade, ou psicossexualidade, deriva diretamente das concepções psicanalíticas de Freud (1905), que ampliou este termo" (Doron & Parot, 1998, p. 212), uma vez que, anteriormente, a definição psicológica e médica da sexualidade se restringia ao campo das perversões e de suas repressões.

Entretanto, considerando a sexualidade segundo um enfoque adotado na pós-modernidade, não podemos deixar de mencionar Foucault (citado por Larrauri, 2000, p. 31):

a sexualidade da qual falamos hoje, apesar de sua aparência de consistência, é uma invenção moderna. (...) é o resultado (...) dos discursos sábios (psicanalíticos médicos, psicológicos) (...) e das regras e imperativos dos poderes que estabelecem (religioso, judicial, médico, pedagógico); e, finalmente também resultado do sentido e do valor de cada um, de sua conduta, da série de deveres que adota, dos prazeres que conhece ou aos quais aspira, seus sentimentos, seus sonhos. Assim a série de práticas humanas que materializa nos corpos, não existe de maneira natural. Não é algo com o que se nasce, não pertence portanto ao corpo - se o considerarmos como algo dado no nascimento. A sexualidade não é o sexo e sim é um modo de ser que se incorpora a um corpo mediante as práticas. A homossexualidade e a heterossexualidade são incorporais, não formam parte da natureza humana, são modos de ser que pertencem à nossa cultura atual.

A fim de discutir tão complexo tema, tenho clara a necessidade de definir outros termos tão presentes neste contexto quanto à sexualidade propriamente dita. Assim, para fins deste texto, a orientação sexual contemplará a adoção de comportamentos bissexuais, heterossexuais e homossexuais; sexo referir-se-á ao que é anatômica e fisiologicamente herdado, pela genética. No que se refere a gênero é relevante apontar as duas conotações que esse termo possui e que são, de certa forma, contraditórias. Uma corrente concebe o termo como oposição ao que é biologicamente dado (sexo), enquanto a outra:

tem sido usada como referência a qualquer construção social que tenha a ver com a distinção masculino/feminino, incluindo as construções que separam corpos masculinos de corpos femininos. Esta última apareceu quando muitos perceberam que a sociedade não só forma a personalidade e o comportamento, mas também a maneira como o corpo aparece (...) gênero é a organização social da diferença sexual (Nicholson, 2000, p. 9-10).

A apresentação desses conceitos parece-me fundamental, já que, muitas vezes, acreditamos estar falando sob um mesmo ponto de vista quando, na verdade, há diferenças marcantes no que tange às concepções teóricas. Contudo, apesar de as definições apresentadas visarem a unificar e informar, para fins didáticos, meu entendimento dos conceitos, aqui empregados, de maneira alguma são apresentados como únicos e/ou indiscutíveis e, com isso, estou afirmando minha limitada discussão e problematização acerca do assunto nesse espaço.

CONTEXTO CONTEMPORÂNEO

As questões relacionadas à sexualidade têm sido alvo de muitos debates e questionamentos ainda nos dias atuais. Se, por um lado, temos um numeroso contingente de teóricos e um volume significativo de pesquisas que visam a aprofundar as questões pertinentes ao tema; por outro, o relacionamento afetivo-sexual entre os seres humanos tem atraído um enorme contingente de pessoas, seja por meio de debates, artigos de revistas, enredo de filmes e/ou novelas. Que atrativo apresenta esse tema? O que faz com que ele mobilize tanto os seres humanos e, concomitantemente, sua vivência acarrete, muitas vezes, dificuldades que impossibilitam sua experimentação como algo natural, saudável e prazeroso por um enorme contingente de pessoas? Estarão contribuindo somente para educação familiar e escolar? Ou será que estão presentes questões muito mais amplas que não somente a educação familiar e escolar contemporâneas possa responder?

Ao nos reportarmos historicamente será que reconheceremos diferenças entre a sexualidade tal qual é vivenciada nos dias atuais e a de nossos ancestrais? O que significava o prazer sexual e o que este representa hoje? Quem a ele tem direito? Ou melhor, quem a ele se dá o direito? Qual a representatividade da relação homossexual? Qual o significado da virgindade feminina? Que contribuições sociais, políticas e econômicas acarretaram a situação atual? Seriam nossos ancestrais homofóbicos2? Seremos nós homofóbicos até quando?

Para podermos refletir sobre esses aspectos urgem trabalhos inter/multidisciplinares que visem a abarcar as contribuições fundamentais nas áreas do conhecimento indispensáveis à compreensão da sexualidade. Os estudos sobre esse tema não são e nem devem ser restritos a áreas específicas do conhecimento, pois sua relevância e compreensão justificam a discussão e a teorização por estudiosos da Psicologia (que objetivem a compreensão e elucidação dos sentimentos associados à sexualidade), Antropologia (que possam contribuir para o entendimento da evolução do Homem), Sexologia (que se detenham aos estudos da sexualidade), Biologia e Medicina (que enfoquem as características anatômicas e fisiológicas do ser humano com o intuito de questioná-las e não de justificá-las, o que tem ocorrido em grande número de estudos) e da Sociologia e História (que por meio de um resgate sócio-histórico possam contribuir para o entendimento da repressão do comportamento sexual) (Bock, Furtado & Teixeira, 1999). Complementando esses campos do saber, devemos estar atentos(as) às resoluções de ordem socioeconômica que ocasionam repercussões de grande impacto na vida do ser humano.

É relevante ressaltar nesse contexto, os posicionamentos de Bonin (1998) que afirma que mesmo sendo o indivíduo (ser masculino/ser feminino) um produto da história e da cultura, ele não perde suas características como ser intencional e criativo, capaz de provocar transformações, que, por sua vez, "podem mudar o próprio processo cultural que o constitui" (p. 70) e de Parker, Herdt e Carbalho (1995), que afirmam que o aspecto histórico cultural está entranhado de uma maneira tão marcante na sexualidade, que esta a molda por meio de papéis, normas e atitudes reforçadas em cada uma das instituições e, conseqüentemente, são reproduzidas na coletividade.

IDENTIDADE SEXUAL

Não posso deixar de contemplar nesta reflexão a imperativa tarefa de construção da identidade sexual no decorrer da adolescência, cuja necessidade de edificá-la contribui para que seja considerado o ponto crítico/fundamental desse período. A elaboração da mesma pressupõe experimentações, identificações, diferenciações e (supostamente) liberdade de opção.

Entretanto, apesar de básico, esse processo não se constitui em uma tarefa tran-qüila de ser realizada. Antes, durante e depois da formação da identidade sexual, os indivíduos vivenciam de forma explícita ou implícita, a dupla mensagem que veicula expectativas de comportamento e valores bastante diferenciados, quando não em claro conflito. Essa diferença inclui a manifestação da sexualidade feminina associada a comportamentos passivos, nos quais a vinculação do amor ao sexo é essencial, enquanto, por outro lado, a manifestação da sexualidade masculina é carregada de uma expectativa de uma vida sexual ativa, sem que haja, necessariamente, a presença do afeto.

Penso ser propício, neste momento, apresentar algumas frases, possivelmente já ouvidas ou lidas no cotidiano de cada um dos leitores/as:

o Todo feminismo acaba no primeiro pneu furado.

o Deus criou o homem antes da mulher para não ouvir palpite.

o O que uma mulher faz na sala? Turismo. Deveria estar na cozinha.

o Mulher é que nem cachaça. No começo é ótimo, mas depois é só dor de cabeça.

o O melhor movimento feminino continua sendo o dos quadris.

o Quanto mais conheço os homens, mais admiro o meu cachorro.

o Quando você quiser que algo seja feito, peça a uma mulher.

o Quais são os quatro maiores desejos de um homem? Ser tão bonito quanto a mãe dele acha que ele é, ter tanta mulher quanto a mulher dele acha que ele tem, ter tanto dinheiro quanto os amigos dele acham que ele tem e ser tão bom de cama quanto ele acha que é.

o Se Deus criou algo melhor do que a mulher, deve ter guardado só para ele.

o Por que Deus fez o homem antes de fazer a mulher? Antes de uma obra-prima há sempre um rascunho.

A maioria das pessoas, além de conhecer as frases citadas, seria capaz de contribuir para o enriquecimento dessa lista. Quais as reações que costumamos ter em circunstâncias dessa natureza?

Indubitavelmente, sentenças como estas permanecem circulando em nosso universo porque fazem sentido em nosso contexto, pois, de outra forma, já teriam sido abolidas de nosso cotidiano. Constata-se, assim, que permanecem vigentes as distintas concepções do que deva ser o comportamento apropriado para a mulher (personificação de seres afetivos, sensíveis, ternos e compreensivos, estimulados a reproduzir comportamentos prévia e rigidamente estabelecidos e desestimulados a tomarem decisões por si próprios) e para o homem (personificação de seres com características associadas a posturas de firmeza, segurança e confiabilidade, estimulados a reproduzirem comportamentos prévia e rigidamente estabelecidos e a tomarem decisões por si próprios).

Reputo como relevante apresentar, a idéia de Zampieri (1996, p. 75): "a linguagem do cotidiano tem influência fundamental na construção da identidade de gênero" e também complementá-la com o posicionamento de Soihet (1989) que, afirmava a necessidade de superarmos esta dicotomia e, com isso, possibilitar o "florescer de novas e insuspeitadas expressões individuais muito mais ricas, mais articuladas, imaginosas do que os mesquinhos e mortificantes estereótipos" (p. 52). Se assim nos comportarmos, estaremos estimulando as pessoas a assumirem características próprias de seres humanos que transcendem aspectos masculinos e femininos.

Não é possível jamais esquecer, entretanto, que apesar das normas existentes em toda e qualquer sociedade, estipulando comportamentos aceitáveis e inaceitáveis, é-me forçoso reconhecer que a intimidade de cada um não está fixada a padrões, havendo uma grande distância entre a maneira como as pessoas falam e se comportam e o que ocorre em seus relacionamentos privados. Assim sendo, urge intensificar a necessidade da tomada de consciência relativa às relações entre ciência e condição humana, uma vez que as ciências naturais e as ciências humanas se desenvolveram sem alcançar uma adequada e necessária integração, que resultou num conhecimento do mundo sem os homens e num conhecimento desses homens isolados de seus ambientes, como que "suspensos no vazio" (Dâmaso, 1995, p. 21).

 

Conclusão

Antes de encerrar, permito-me utilizar as palavras de Foucault (1977) para instigá-los/as à reflexão que as mesmas incitam. É preciso ter em mente que "nas relações de poder, a sexualidade não é o elemento mais rígido, mas um dos dotados da maior instrumentalidade utilizável no maior número de manobras, e podendo servir de ponto de apoio, de articulação às mais variadas estratégias" (p. 98).

Finalizando este artigo, acredito ser importante enfatizar que, ao considerar a relevância do tema, torna-se imprescindível repensar o processo de relacio-namento afetivo-sexual entre os seres humanos e "não dar mais continuidade a tipificações rígidas no que se relaciona aos papéis sexuais e sociais, tanto do homem quanto da mulher" (Dall'Agnol, 1998, p.15).

 

Referências

Bock, A. M., Furtado, O., & Teixeira, M. L. (1999). Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo: Saraiva.        [ Links ]

Bonin, L. F. R. (1998). Indivíduo, cultura e sociedade. In M. Jaques, M. Srey, M. Bernardes, P. Guareshi, S. Carlos, & T. Fonseca, Sociedade contemporânea: Livro texto. Petrópolis, RJ: Vozes.        [ Links ]

Dall'Agnol, R. S. (1998). Experiências do ser feminino na contemporaneidade: mulheres HIV+. Centro de Documentação e Pesquisa - CEDOPE, 10 (11). (Série População e Família).        [ Links ]

Dâmaso, R. (1995). AID'ética: a AIDS da ética. In D. Czeresnia, E. Santos, R. Barbosa, & S. Monteiro (Orgs.), AIDS: ética, medicina e biotecnologia. São Paulo: Hucitec-Abrasco.        [ Links ]

Doron, R., & Parot, R. (1998). Dicionário de psicologia. São Paulo: Ática.        [ Links ]

Ferreira, A. B. H. (1998). Novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.        [ Links ]

Foucault, M. (1977). História da Sexualidade: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal.        [ Links ]

Larrauri, M. (2000). Filosofía para profanos. Valencia, España: Tàndem Edicions.        [ Links ]

Nicholson, L. (2000). Interpretando o gênero. Revista de Estudos Feministas - CFH/CCE/UFSC, 8 (2).        [ Links ]

Parker, R., Herdt, G., & Carballo, M. (1995). Cultura sexual, transmissão do HIV e pesquisas sobre AIDS. In D. Czeresnia, E. Santos, R. Barbosa, & S. Monteiro (Orgs.), AIDS: pesquisa social e educação. São Paulo: Hucitec-Abrasco.        [ Links ]

Soihet, R. (1989). Condição feminina e formas de violência: mulheres pobres e ordem urbana. Rio de Janeiro: Forense Universitária.        [ Links ]

Zampieri, A. M. F. (1996). Sociodrama construtivista da AIDS: método de construção grupal na educação preventiva da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (pp. 43-55). Campinas, SP: Psy.        [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
rsdallagnol@hotmail.com

Encaminhado em 27/10/03
Revisado em 21/11/03
Aceito em 23/12/03

 

 

1 Modo de pensar que considera especificamente aspectos subjetivos (intenção, ação, etc.) relativo ao que é estudado (Ferreira, 1999).