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SMAD. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas

versão On-line ISSN 1806-6976

SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.) vol.14 no.4 Ribeirão Preto out./dez. 2018

https://doi.org/10.11606/issn.1806-6976.smad.2018.000416 

ARTIGO DE REVISÃO
DOI: 10.11606/issn.1806-6976.smad.2018.000416

 

A utilização do álcool como mediador social entre universitários

 

El uso de alcohol como mediador social entre universitarios

 

 

Wellington Danilo SoaresI; Carolina Júnia Reis PazI; Ludmila Cotrim FagundesI; Daniel Antunes FreitasI; Kimberly Marie JonesI; Henrique Andrade BarbosaI

IUniversidade Estadual de Montes Claros, Montes Claros, MG, Brasil

 

 


RESUMO

INTRODUÇÃO: o consumo de álcool entre adolescentes é maior entre os universitários e gera consequências acadêmicas negativas. Os hábitos de consumo adotados nesse período da vida são decisivos, já que, em sua maioria, são mantidos na vida adulta.
OBJETIVO: avaliar a produção científica acerca da utilização do álcool como mediador social entre universitários.
MÉTODO: revisão integrativa realizada nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), PUBMED e Scientific Eletronic Library Online (SciELO), com duas combinações dos cinco descritores: Consumo de bebidas alcoólicas; AND Estudantes; AND Educação Superior; AND Socialização; AND Álcool.
RESULTADOS: na busca inicial, encontraram-se 665 artigos; após análise criteriosa e aplicação dos critérios de seleção, 21 foram utilizados. Como delineamento, prevaleceram 14 estudos qualitativos, 5 ensaios controlados randomizados, 1 não randomizado e 1 coorte.
CONCLUSÃO: o alcoolismo entre universitários constitui um problema no âmbito da educação e saúde e que precisa de ações efetivas a fim de controlar suas consequências em curto e longo prazo.

Descritores: Estudantes; Socialização; Álcool.


RESUMEN

INTRODUCCIÓN: el consumo de alcohol entre adolescentes es mayor entre los universitarios y genera consecuencias académicas negativas. Los hábitos de consumo adoptados en ese período de la vida son decisivos, ya que, en su mayoría, se mantienen en la vida adulta.
OBJETIVO: evaluar la producción científica sobre el uso del alcohol como mediador social entre universitarios.
MÉTODO: revisión integrativa realizada en las bases de datos Literatura Latino-Americana y de Caribe en Ciencias de la Salud (LILACS), PUBMED y Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Con dos combinaciones de los cinco descriptores Consumo de bebidas alcohólicas; AND Estudiantes; AND Educación Superior; AND Socialización; AND Alcohol.
RESULTADOS: en la búsqueda inicial se encontraron 665 artículos; después de un análisis riguroso y de la aplicación de los criterios de selección, 21 se utilizaron. Como delineamiento, prevalecieron 14 estudios cualitativos, 5 ensayos controlados aleatorizados, 1 no randomizado y 1 cohorte.
CONCLUSIÓN: El alcoholismo entre universitarios constituye un problema en el ámbito de la educación y la salud y que necesita acciones efectivas para controlar sus consecuencias a corto y largo plazo.

Descriptors: Estudiantes; Socialización; Alcohol.


 

 

Introdução

O consumo de álcool entre adolescentes relaciona-se, negativamente, com desempenho acadêmico, integridade física e comportamentos sexuais(1). Estudos recentes apontam que o uso dessas substâncias são maiores nessa faixa etária, quando comparados com os adultos, e que, entre os adolescentes, as taxas são maiores para os acadêmicos(2).

Outro fator de risco entre os adolescentes é a timidez, a qual caracteriza-se por problemas de internalização, ansiedade, depressão e autopercepção baixa. Apesar do consumo ser menos frequente entre esses indivíduos, os tímidos são mais propensos a beber em eventos sociais(3) com esperanças positivas para a sociabilidade e a sexualidade(4).

Como coadjuvante das consequências do abuso do álcool entre adolescentes, a tecnologia atual aumenta a suscetibilidade para se envolver em comportamentos sociais lamentáveis quando intoxicados. A exemplo, mensagens de texto, ligações ou postagens bêbadas que expõem o jovem a inconvenientes. Nesse contexto, o estímulo à recordação de situações constrangedores que vivenciaram quando embriagados pode ser uma maneira mais eficaz de conseguir um arrependimento antecipado do que alertas sobre consequências mais graves, já que o mais comum pode ter influência maior na modulação das ações dos adolescentes em campanhas de conscientização(4).

O melhor preditor para o consumo de álcool entre universitários parece ser o consumo antes da faculdade, juntamente com os variáveis problemas da fase de transição: impulsividade, busca de sensações, instabilidade no humor e ansiedade. Além dos jogos alcoólicos, que incentivam com ruídos, competição, integração social e emoção(5), e das redes sociais(6).

Consequentemente, a morbidade e mortalidade aumentam entre universitários que bebem e a predisposição à permanência desse consumo na vida adulta é alta(7). Sobre esse aspecto, pode-se correlacionar uma Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici (1978) intitulada A Psicanálise, sua imagem e seu público. Nessa perspectiva, as representações sociais são reconhecidas como fenômenos psicossociais, históricos e culturalmente condicionados, o que pode definir a bebida alcoólica como um agente complexo que, ao mesmo tempo em que favorece os momentos inter-relacionais, determina preconceitos em relação a quem abusa da bebida e que culturalmente está ligada à masculinidade do homem, isso explica a maior mortalidade relacionada ao álcool nesse gênero(8). Ademais, a hereditariedade demonstra ter influência no abuso dessa substância(9).

Para tanto, este estudo teve como objetivo avaliar a produção científica acerca da utilização do álcool como mediador social entre universitários, uma vez que se torna preocupante a utilização dessa substância entre o público citado.

 

Métodos

Realizou-se uma revisão integrativa da literatura por meio de pesquisa e avaliação criteriosa de estudos divulgados sobre a hipótese proposta. A avaliação dos resultados encontrados possibilita a execução das evidências abordadas na prática. A questão norteadora definida para a investigação do estudo foi "Utilização do Álcool como Mediador Social entre Universitários".

Para atingir a precisão metodológica do estudo, seguiram-se as seis etapas propostas, sendo (1) estabelecimento de hipótese ou questão de pesquisa; (2) amostragem ou busca na literatura; (3) categorização dos estudos; (4) avaliação dos estudos incluídos na revisão; (5) interpretação dos resultados; e (6) síntese do conhecimento ou apresentação da revisão.  Nesse contexto, utilizaram-se as bases de dados virtuais: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), PUBMED e Scientific Electronic Library Online (SciELO).

A busca por trabalhos nesta revisão literária foi orientada conforme a combinação de 05 (cinco) descritores, aplicando-se moduladores booleanos, indexados no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), utilizando-se linguagem única na indexação de artigos de revistas científicas, livros, anais de congressos, relatórios técnicos e outros tipos de materiais, assim como em pesquisas e recuperação de assuntos da literatura científica. Usaram-se duas chaves de busca no total, pesquisadas nos idiomas Inglês, Espanhol e Português. Para a realização do rastreio, os descritores foram utilizados conforme apresentados na Figura 1.

A análise dos dados seguiu critérios de inclusão baseados no tema oposto pela presente pesquisa, sendo (1) estudos realizados entre os anos 2012 e 2017; (2) que possuíam texto completo disponível online; e (3) publicados nos idiomas Inglês, Português ou Espanhol. Excluíram-se os estudos de revisão sistemática da literatura, artigos repetidos e trabalhos que apenas tangenciavam o tema.

Após a análise dos trabalhos, aplicados os critérios de inclusão e exclusão, encontraram-se 665 artigos. A primeira etapa da triagem selecionou um total de 95 artigos com base na leitura dos títulos dos mesmos. Posteriormente, realizou-se a leitura dos resumos apresentados nos artigos selecionados, separando-se 50 trabalhos. Ao final do processo, foram escolhidos e analisados integralmente 23 artigos, e após a exclusão dos trabalhos repetidos, a amostra final contou com 21artigos.

Para análise qualitativa dos artigos da amostra final, fundamentou-se nos níveis de evidência propostos por Stillwell(10): I – Revisão sistemática ou metanálise; II – Ensaio clínico randomizado controlado; III – Ensaio clínico controlado sem randomização; IV – Caso controle ou estudo de coorte; V – Revisão sistemática de estudo qualitativo ou descritivo; VI – Estudo qualitativo ou descritivo; VII – Artigo de opinião ou consenso de órgãos governamentais ou conselho de especialidades médicas. Os dados obtidos após leitura dos artigos foram apresentados na forma de resumo descritivo em tabelas que incluem as informações do nível de evidência e ano do estudo (Figuras 2 e 3).

 

Caracterização dos estudos

A pesquisa com os descritores nas bases de dados resultou em um total de 665 artigos encontrados cuja temática se relacionava com uso de álcool entre estudantes universitários, suas causas e consequências. Desses artigos, 26,91% (n=179) foram encontrados na base de dados PUBMED, 1,36% (n=9) na base de dados LILACS/SciELO e 71,73% (n=477) na base de dados Science Direct. Para a seleção dos artigos, realizou-se a leitura, primeiramente, dos títulos, depois dos resumos e, por último, do corpo do texto na íntegra, excluindo artigos repetidos e que não se enquadravam com a temática. O processo de seleção gerou uma amostra final de 3,15% (n=21) do total de artigos encontrados; destes, 69,57% (n=16) constavam na base de dados PUBMED, 8,69% (n=2) na base de dados LILACS/SciElO e 21,74% (n=5) na base de dados Science Direct. Dessa forma, somando-se os artigos encontrados nas bases de dados, obtém-se um total de 23 artigos encontrados. Após a correção dos 2 artigos repetidos, restou a amostra final de 21 artigos.

Com referência ao ano de publicação dos artigos selecionados dentro da amostra final, demonstrado na Tabela 1, observa-se que as publicações foram bem distribuídas entre o período em questão, não havendo nenhum ano sem publicação.

 

 

Com relação ao delineamento dos artigos sele­cionados da amostra final, a Tabela 2 apresenta a categorização dos estudos de acordo com os níveis de evidência propostos por Stillwell(10).

 

Categorização temática

A leitura dos artigos permitiu categorizar os estudos de acordo com as principais temáticas abordadas pelos diferentes artigos da amostra final. Essas categorias refletem a grande prevalência de estudantes universitários que fazem o uso álcool, as consequências desse uso e a sua utilização como um agente de socialização. Assim, os artigos foram divididos em quatro áreas principais, mostradas na Figura 4, e aqui ressignificadas pelos autores do estudo como:

Categoria A - Alta prevalência de universitários que utilizam álcool

Essa temática está presente em 72,72% (n=16) dos artigos. Esses trabalhos evidenciam a alta prevalência de estudantes universitários que fazem uso do álcool. Alguns trabalhos demonstram que a prevalência é maior em estudantes universitários comparados a não estudantes da mesma idade.

Categoria B - Consequências negativas do uso de álcool

Essa temática está presente em 90,9% (n=20) dos artigos. Esses trabalhos demonstram as consequências negativas do uso do álcool entre os estudantes universitários. As principais consequências apontadas foram o aumento da mortalidade por fatores externos, como homicídios e acidentes automobilísticos, comportamentos sexuais de risco, abandono dos estudos e risco de dependência futura.

Categoria C - Álcool como agente de socialização

Essa foi a temática mais fomentada, presente em 95,45% (n=21) dos artigos. Esses trabalhos evidenciam que uma das principais causas do uso exacerbado de álcool entre os universitários é a sua utilização como agente de socialização.

Categoria D - Modelos motivacionais de beber

Essa temática está presente em 31,81% (n=7) dos artigos. Esses trabalhos expõem os modelos motivacionais de beber que afirmam que os indivíduos bebem para aumentar o efeito positivo e diminuir o efeito negativo. Esses motivos incluem os motivos sociais (Figura 4).

 

Discussão

O álcool é a droga mais utilizada pela população jovem brasileira, principalmente do sexo masculino. Isso se deve ao fato de que a experimentação tem início precoce e o álcool é de fácil acesso para indivíduos dessa faixa etária(8). Um levantamento realizado no Brasil demonstrou que 53% dos brasileiros já fizeram uso de álcool; destes, 24% fazem uso frequente, e essa frequência de consumo é maior ainda quando a amostra é composta por universitários(11). Pesquisas evidenciam que estudantes tendem a consumir uma quantidade maior de álcool do que adultos jovens na mesma faixa etária que não estão estudando. Como os universitários estão mais sujeitos a esse consumo excessivo de álcool, eles também correm um risco especial para as consequências negativas desse uso(2). Estima-se que 1 em 4 estudantes universitários vão abandonar os estudos ou ter outras consequências negativas devido ao uso excessivo de álcool e que 1800 mortes de estudantes a cada ano podem ser relacionadas a lesões atribuídas a esse uso(4).

Dentre as consequências negativas, estão problemas familiares, profissionais e de saúde, comportamentos sexuais de risco e suicídio(7-9). Além disso, o uso abusivo de álcool é considerado uma das principais causas de morte por fatores externos, estando relacionado ao aumento da mortalidade por homicídios e acidentes automobilísticos(8-9). Ademais, o uso em idades precoces aumenta o risco de dependência futura(12). Devido a isso, torna-se necessária a realização de intervenções adequadas(13).

As causas da utilização do álcool por universitários estão relacionadas com fatores externos e internos. Cada vez mais, as bebidas alcoólicas têm sido utilizadas como uma forma de vencer a timidez, aliviar a tensão e propiciar a aproximação entre as pessoas, sendo, então, utilizadas como um agente importante de socialização(8). O maior consumo de álcool entre os universitários em comparação aos não universitários da mesma idade se deve ao fato de que a transição entre o colégio e a faculdade traz mudanças no ajuste dos adolescentes em seu ambiente social(7). Ademais, ocorre também a influência da ideia culturalmente disseminada de que a faculdade é um momento de independência, controle parental reduzido e uso de álcool(5). Na universidade, o álcool é utilizado em ambientes sociais específicos caracterizados justamente por essa vida independente(7). Além disso, o contato com a bebida alcoólica na faculdade se torna mais frequente, sendo reforçado pelas diversas formas de relações estabelecidas no ambiente universitário(8).

Esse uso de álcool é comum durante os eventos universitários(11), ocorrendo principalmente com os colegas e sendo influenciado por eles. O uso pessoal de álcool está fortemente associado ao uso de álcool entre pares. Geralmente, os indivíduos se filiam a colegas que têm níveis semelhante de consumo de álcool. Isso reflete que uso pessoal de álcool é moldado pelo comportamento dos amigos. Outro fator que evidencia esse fato é que estudantes que querem diminuir o consumo de álcool e manter essa diminuição por um longo período de tempo, provavelmente, terão que alterar sua rede de amizades(6). Um estudo evidenciou que a pressão dos pares é relatada como um dos principais motivos para o uso sustentado do álcool(14).

Os modelos motivacionais de beber afirmam que os indivíduos se envolvem no uso de álcool para atingir um resultado positivo, motivado por necessidades, ou seja, as pessoas bebem por razões específicas em vários contextos, sobretudo para socializar com as outras pessoas. Um modelo bastante utilizado identifica que os principais motivos para o consumo é aumentar o efeito positivo e diminuir o efeito negativo(1,15-16). Dentre esses motivos de beber, estão o motivo de aprimoramento (para criar ou manter um efeito positivo), motivos sociais (para obter resultados sociais positivos), motivos de conformidade (para evitar a rejeição social) e motivos de enfrentamento (para diminuir efeitos negativos)(17).

A ansiedade social pode ser caracterizada pelo medo de rejeição social e/ou medo das interações sociais. Ela está também relacionada com o uso aumentado de álcool entre os universitários. Estudantes com ansiedade social estão mais vulneráveis ao consumo de álcool e aos problemas relacionados com ele. Indivíduos nessas condições utilizam o álcool para evitar a rejeição social dos colegas e/ou porque acreditam que beber é uma estratégia comum para diminuir a ansiedade nessas situações(18).

Outro fator que evidencia a relação entre as relações sociais e o uso de álcool entre universitários é que pessoas com baixos escores em socialização tendem a utilizar mais álcool tanto em frequência quanto em quantidade. A socialização refere-se ao relacionamento interpessoal direcionado ao outro. Pessoas com alto escores de socialização tendem a ser afetuosas, amáveis, cooperativas, altruístas e agradáveis. Já pessoas com baixos escores de socialização tendem a ser pessoas mais fechadas, retraídas e manipuladoras(11).

 

Conclusão

Os resultados confirmam que o álcool age como mediador social entre universitários, sendo prevalente entre os jovens com maior dificuldade de interações pessoais, que já bebiam no ensino médio, homens e indivíduos com hereditariedade para o alcoolismo.

Todo esse contexto de abuso do álcool entre universitários encontra respaldo nos comerciais expostos na mídia, incentivo da família e de amigos e nos jogos etílicos que estão frequentes nas festas universitárias.

Infelizmente, o excesso de álcool entre universitários configura-se um problema de saúde e educação, por aumento da morbidade e do abandono escolar, respectivamente. O jovem alcoólatra está mais exposto a acidentes de trânsito e inconveniências comportamentais de alto risco à vida. Além disso, o álcool atua como um dos fatores significativos do baixo rendimento escolar ou trancamento e abandono do meio acadêmico.

Por vista das consequências do alcoolismo nas universidades, é imprescindível o aumento de estudos no âmbito, de intervenções na conscientização de jovens, de estratégias legais que limitem atitudes inconsequentes quando em uso do álcool e de atuações das universidades com amparo psicológico e fiscalização, dentro de seus limites físicos, das práticas e incentivos ao alcoolismo.

 

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Recebido: 06.09.2017
Aceito: 31.07.2018

Autor de correspondência:
Wellington Danilo Soares
E-mail: wdansoa@yahoo.com.br
 https://orcid.org/0000-0001-8952-9717

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