Nós, editoras e editores da revista Estudos e Pesquisas em Psicologia, chegamos ao final de 2024 tendo atravessado um ano de muitas mudanças e desafios em nosso periódico e no campo editorial. Fechamos, agora em dezembro, a publicação do volume anual 24, o primeiro desde nossa passagem para o formato de publicação em fluxo contínuo, com 41 artigos e duas resenhas de fluxo contínuo e 23 artigos no Dossiê Práticas Psi em espaços de privação e restrição de liberdade. A migração para este formato teve o propósito de tornar a tramitação e a publicação dos artigos mais ágil, buscando diminuir o tempo de espera entre a aprovação dos manuscritos e sua publicação, quando comparamos com o formato anterior, de números quadrimestrais. Essa mudança está exigindo adaptações da equipe editorial e esperamos agilizar o andamento do processo editorial para o próximo volume. A mudança para a publicação em fluxo contínuo foi acompanhada por um novo layout de nossas redes sociais. Em 2024, foram feitas 69 postagens, tanto no Facebook quanto no Instagram da revista. Neste último perfil, alcançamos mais de 88.500 visualizações. Em nossas redes sociais, temos divulgado informações sobre a revista, chamadas de números especiais e os artigos publicados, individualmente. Para autoras e autores, os posts são uma oportunidade para fazer circular a publicação de seus textos em seus perfis e outros perfis acadêmicos.
Neste ano, também buscamos aprofundar em nossa editoria discussões sobre temas atuais relativos à publicação científica. Em especial, refletimos sobre o combate ao plágio e as implicações e desafios do uso de Inteligência Artificial na escrita acadêmica e fizemos ajustes nas diretrizes para autores da revista, de maneira a visibilizar nossa política editorial. Vale destacar que a Estudos e Pesquisas em Psicologia tem sido bastante criteriosa na verificação do ineditismo dos textos publicados, mas acompanhamos as recomendações do Fórum Permanente da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP) de Revistas Científicas de que os periódicos da área não considerem autoplágio a publicação de artigos científicos derivados de monografias, dissertações e teses. Assim, nossa revista segue aberta para esse tipo de artigo, valorizando a difusão científica e a democratização do conhecimento.
2024 foi um ano em que vimos se expandir, em diferentes contextos nacionais, o debate acerca de políticas editoriais e da necessidade de existência e manutenção de financiamentos públicos de pesquisa. As reflexões sobre Ciência Aberta e seus impactos no campo das publicações e sobre a valorização do trabalho editorial têm se desdobrado e nossa equipe vem acompanhando tais discussões. Entretanto, entendemos que será preciso um debate mais consistente da comunidade acadêmica, especialmente da área da Psicologia, quanto ao fim do Qualis e as alternativas que têm se colocado para a avaliação de periódicos, artigos e pesquisadores/as. Essa tarefa precisa ser assumida conjuntamente por associações científicas, editorias científicas e programas de pós-graduação, de maneira mais horizontal, possibilitando o planejamento e a preparação de todas as instâncias envolvidas. Também entendemos que essa discussão deve ser orientada pelos princípios da democratização do conhecimento e do combate à mercantilização do campo editorial científico no Brasil.
Desejamos a todas e todos uma boa leitura, boas festas e um excelente 2025!














