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Revista do NUFEN
versão On-line ISSN 2175-2591
Rev. NUFEN vol.6 no.2 Belém 2014
Artigo
A infância na fenomenologia de Merleau-Ponty: contribuições para a psicologia e para a educação
The childhood in Merleau-Ponty's phenomenology: contributions to psychology and education
La infancia desde la fenomenología de Merleau-Ponty: contribuciones a la psicología y la educación
Thabata Castelo Branco Telles
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
RESUMO
Este ensaio versa sobre a noção de infância na fenomenologia de Merleau-Ponty, com foco na questão da imitação, incluindo suas possíveis reverberações para discussões em psicologia e educação. Apesar de notada escassez na literatura contemporânea em psicologia fenomenológica, nota-se que classicamente a temática da infância já foi abordada por Husserl e Merleau-Ponty. No caso deste último, vê-se que o fenômeno da infância se caracteriza atrelado às questões da cultura e da liberdade da criança, entendida como alguém que trava relações com o mundo da forma como lhe é possível. A aquisição da linguagem na infância urge de ser pensada como uma atitude de posicionamento da criança no mundo, e não mera assimilação. Conclui-se com a necessidade de que, tanto em psicologia como na educação, a criança seja pensada como alguém que se posiciona no mundo e que é capaz de aprender a assumir as consequências disto.
Palavras-chave: Merleau-Ponty; fenomenologia; infância; psicologia; educação
ABSTRACT
This essay focuses on the notion of childhood in Merleau-Ponty's phenomenology, especially on the issue of imitation, including its possible reverberations for discussions in psychology and education. Despite noticeable scarcity in contemporary literature in phenomenological psychology, we note that classically the theme of childhood has already been addressed by Husserl and Merleau-Ponty. In the latter case, it is seen that the phenomenon of childhood is characterized tied to issues of culture and freedom of the child, understood as someone who hangs relations with the world as it is possible. The acquisition of language in childhood needs to be thought as an attitude of placing the child in the world, and not mere assimilation. It concludes with the need, both in psychology and education, for the child to be thought as someone who stands in the world, who is able to learn and to accept the consequences of it.
Keywords: Merleau-Ponty; phenomenology; childhood; psychology; education.
RESUMEN
Este ensayo se centra en la noción de la infancia desde la fenomenología de Merleau-Ponty, centrándose en la cuestión de la imitación, incluyendo las posibles repercusiones para las discusiones en la psicología y la educación. A pesar de la escasez de la literatura contemporánea en la psicología fenomenológica, el tema de la niñez ha sido abordado clásicamente por Husserl y Merleau-Ponty. En este último caso, se observa que el fenómeno de los niños se caracterizará ligado a cuestiones de la cultura y de la libertad del niño, entendido como alguien que se asocia com el mundo, como posible para el. La adquisición del lenguaje en la infancia instan a ser considerado como una actitud de posicionamiento infantil en el mundo, y no una mera asimilación. Se concluye con la necesidad de que tanto en la psicología como en la educación, el niño sea considerado como alguien que está en el mundo y es capaz de aprender a asumir las consecuencias de esto.
Palabras-clave: Merleau-Ponty; fenomenología; infancia; psicología; educación
INTRODUÇÃO
Este ensaio versa sobre a noção de infância na fenomenologia de Merleau-Ponty, com foco na questão da imitação, incluindo suas possíveis reverberações para discussões em psicologia e em educação. Muita atenção tem sido dada recentemente, principalmente no Brasil, à filosofia merleau-pontyana, articulada a propostas psicológicas tradicionais, seja em Gestalt-terapia (Alvim, 2011a, 2011b) ou Abordagem Centrada na Pessoa (Moreira, 2007, 2009), ou a discussões em torno da psicopatologia (Tatossian & Moreira, 2012; Telles & Moreira, 2014). Contudo, o infante permanece sendo esquecido, apesar da existência de textos em fenomenologia que o abordem (Husserl, 1935; Merleau-Ponty, 2001/2006). Nesse sentido, tratar da questão da infância em fenomenologia consiste em uma empreitada que urge ser pensada e discutida. No caso deste trabalho, será priorizada a lente merleau-pontyana para possibilitar estas articulações sobre o assunto.
Maurice Merleau-Ponty (1908-1961) foi um filósofo francês que deu continuidade à empreitada fenomenológica iniciada por Edmund Husserl. A proposta da fenomenologia inicialmente teve como objetivo superar a tradicional dicotomia entre empirismo e racionalismo existente na filosofia. O mote desta nova perspectiva se centrou na noção de intencionalidade, em que não há objeto a ser pensado sem um sujeito e vice-versa. A consciência, a partir da fenomenologia husserliana, passa a ser entendida sempre em relação a algo, funcionando em atos, ao invés de compreendida de modo isolado do mundo e das coisas. 5
Nesse sentido, inaugurou-se um método de acesso à experiência vivida que mais tardiamente, nas obras husserlianas, parte do pressuposto de que cada consciência estaria relacionada a um mundo vivido, sendo esta última noção intitulada por Husserl (1954/1976) de Lebenswelt. O modo de acesso a este mundo vivido, portanto, seria através da descrição da experiência. Ao invés de uma lógica explicativa, a fenomenologia se pauta, portanto, em uma lógica descritiva e compreensiva. Seus grandes objetivos se centram na busca das essências e em compreender a experiência vivida do homem.
Merleau-Ponty (1945/2000) afirma que sua proposta filosófica se desenvolve a partir das discussões realizadas por Husserl (1954/1976), principalmente em suas últimas obras, que estariam relacionadas à questão do Lebenswelt (mundo vivido). Radicalizando esta noção, o filósofo francês esclarece que, para ele, toda fenomenologia é existencial, uma vez que só nos seria possível compreender a experiência vivida a partir da existência. Portanto, a existência precede qualquer essência.
Na tentativa de compreensão de uma experiência enraizada existencialmente, a fenomenologia merleau-pontyana encontra-se marcada por um caráter ambíguo, seguindo a superação husserliana da dicotomia entre empirismo ou racionalismo, mas superando também, de forma radical, as concepções dicotômicas de homem e mundo, interior e exterior, sujeito e objeto, mente e corpo, dentre outros.
Merleau-Ponty (2001/20062)2, em textos publicados postumamente, oriundos de conferências na Sorbonne sobre psicologia e pedagogia da criança, disserta acerca dos estudos sobre a experiência vivida infantil e sobre a questão da imitação e da aquisição da linguagem na infância. O presente trabalho retoma esses textos e esboça a compreensão deste fenômeno como uma possível contribuição para a psicologia e para a educação – ambas áreas eleitas por Merleau-Ponty para o desenvolvimento de tal problemática.
A QUESTÃO DA IMITAÇÃO INFANTIL E DA AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM NA FENOMENOLOGIA DE MERLEAU-PONTY
Merleau-Ponty (2001/2006) retoma os postulados de Jean Piaget, que teria entendido o fenômeno da aquisição de comportamentos na infância através dos fenômenos de assimilação e acomodação. Nesta lógica, a criança assimilaria um comportamento quando estivesse pronta para tal processo, de acordo com estágios do desenvolvimento infantil.
Para Merleau-Ponty (2001/2006), a criança primeiramente imita o adulto, da forma como lhe é possível, para apenas posteriormente compreender ou atribuir um sentido para este comportamento. Deste modo, a partir de discussão já iniciada pelo linguista Gustave Guillaume, o filósofo afirma que "a criança imita primeiro o resultado da ação com seus próprios meios e consegue assim produzir os mesmos movimentos do modelo. [...] Imitar não é fazer como outrem, mas chegar ao mesmo resultado" (Merleau-Ponty, 2001/2006, p. 25). Ou seja, a imitação na infância visa a um resultado global, conforme a percepção da criança, o que não necessariamente terá como consequência o comportamento realizado do modo como o adulto o realiza. O que impulsiona a criança à imitação é o fato de haver uma comunhão de objetivos. Há inicialmente uma aproximação dos resultados, para depois haver a imitação do outro, pois o objeto inicial da criança é o resultado obtido pelo outro, ainda que sem a compreensão exata dos meios para atingi-lo.
Nesse sentido, a relação com o meio é que incita a criança para a linguagem. Desde os primeiros balbucios, há uma incitação do meio com relação aos objetivos da expressão. Contudo, há uma espontaneidade da criança na fala, mas sempre a partir dessa relação anterior com o meio, do qual aos poucos ela vai se diferenciando. Exemplo disso é a presença dos sotaques e entonações provenientes de certa cultura desde as primeiras expressões da criança. Ela se expressa, portanto, em padrões pré-estabelecidos cultural e socialmente; mas traz sempre algo novo na medida em que experiência suas distintas nuanças na relação com o mundo e reconhece suas possibilidades de singularização. 7
A proposta ambígua de Merleau-Ponty (2001/2006) contesta tanto o entendimento de descontinuidade na aquisição na linguagem na infância, como também a ideia de que as manifestações expressivas já estariam esboçadas de antemão, em que a criança posteriormente as assimilaria. Aqui, percebe-se que a lógica de aprender ou apreender determinado comportamento ou fala, nada mais seria do que um pensamento de sobrevoo, não compreendendo a criança com alguém que se posiciona no mundo da forma como lhe é possível.
A noção de pensamento de sobrevoo foi discutida por Merleau-Ponty (1961/2004) ao tratar da pretensa neutralidade científica na ciência tradicional. Uma vez que, a partir da lente merleau-pontyana, só é possível se compreender o homem em seu enraizamento existencial no mundo, a concepção de que seria possível prescindir disso em nome da ciência se apresenta como uma ideia ingênua. Na articulação com a questão da infância, percebe-se que tradicionalmente ela é pensada como se não se relacionasse com o mundo, experienciando-o do seu modo – o que não ocorre da mesma forma que o adulto e nem da mesma forma que outra criança. Mas, ainda assim, há uma relação que não pode ser ignorada, muito menos padronizada.
A proposta trazida pelos gestaltistas, no entanto, apresenta maior proximidade com a lógica de Merleau-Ponty (2001/2006), em que a criança se apropria de estruturas gerais na linguagem – as Gestalten3. Nesse sentido, não há uma imitação pura imediata, e nem um esforço intelectual para apreensão da linguagem, o que contraria tanto a lógica empirista, quanto intelectualista de compreensão deste fenômeno. A percepção de uma criança refere-se a uma configuração da sua experiência. Ela se relaciona com o outro e o imita do modo como lhe é possível compreender e imitar. A criança, então, exerce sua liberdade na imitação, expressando-se e engajando-se em determinada situação. As noções de liberdade e cultura, portanto, encontram-se bastante relacionadas na fenomenologia de Merleau-Ponty (Moreira & Telles, 2012). E é nessa relação que se pode compreender a questão da relação da criança com a imitação, pois este fenômeno é uma forma de inserção cultural e se realiza na facticidade da liberdade da criança.
O autor discute ainda que há uma série de significações em torno da criança, mas que ainda possuem pouco sentido para ela. A relação dela com a cultura marca tanto sua aquisição da linguagem, quanto o seu reconhecimento de si mesma, distinta de outrem. Não é à toa que Psicologia e pedagogia da criança é a única obra em que Merleau-Ponty (2001/2006) define a questão da cultura. De acordo com o filósofo: "A cultura pode ser definida como o conjunto das atitudes tacitamente recomendadas pela sociedade ou pelos diferentes grupos nos quais vivemos, atitudes que estão inscritas na ordem material de nossa civilização" (Merleau-Ponty, 2001/2006, p. 377). Ela encontra-se presente em nós desde antes do nascimento, principalmente a partir da relação mãe-bebê. A cultura, na compreensão de Merleau-Ponty, é um mediador entre a vida psíquica e a vida coletiva (Telles & Moreira, 2014). Apropriar-se dela é tarefa realizada desde a mais tenra idade.
A RELAÇÃO COM O ADULTO E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO
Para Merleau-Ponty (2001/2006), uma das grandes dificuldades em se discutir acerca da infância se deve ao fato de que a observamos do ponto de vista do adulto. Assim, nunca conseguiremos apreender totalmente este fenômeno tal qual ele ocorre. Referimo-nos a ele comumente de modo subestimado ou superestimado. A criança relaciona-se com a cultura do modo como lhe é possível, o que supera a compreensão de uma "natureza infantil". Este entendimento é relevante na medida em que atenta para a necessidade de não enxergarmos a criança como alguém que compreende plenamente as relações sociais e culturais, da mesma forma que o adulto, nem como alguém que teria uma forma totalmente distinta de funcionamento do que os adultos. E ainda, as crianças, simplesmente por serem crianças, não terão as mesmas visões de mundo entre si. Se há reconhecida heterogeneidade no mundo do adulto, por que se tende a homogeneizar as experiências vividas infantis? Esta indagação se mostra relevante tanto para práticas e teorias pedagógicas, quanto psicológicas realizadas com infantes.
Com relação aos adultos, para Merleau-Ponty (2001/2006), é mister a sua presença na inserção cultural das crianças, uma vez que a imitação é uma das vias desta inserção. No entanto, muitas vezes há uma antecipação do adulto com relação às problemáticas infantis. Ele pode incorrer no erro de fazer à criança perguntas que ela ainda não se faz – ou querer que ela apreenda comportamentos ou conteúdos que não fazem sentido para ela naquele momento. Este fato não retira a importância do adulto nessa relação, muito pelo contrário: deixar a criança sem a sua mediação seria incorrer no mesmo erro de um forte autoritarismo. Pensar a educação – seja ela formal ou não –, contemplando a perspectiva ambígua de Merleau-Ponty não se apresenta como tarefa fácil, mas talvez a que contenha maior caráter de facticidade.
Resgatando as discussões de Merleau-Ponty (2001/2006), na relação com a cultura e a liberdade, entende-se que é importante que as crianças não sejam educadas de modo puramente autoritário, uma vez que isso não permitiria a elas a distinção entre si e outrem – diferença necessária para o atingimento da maturidade; como também seria danosa a educação de pura imanência, sem a presença do adulto, em que tudo seria possível à criança, uma vez que não haveria mediações na relação da criança com o seu meio, nem com outrem.
CONTRIBUIÇÕES DA FENOMENOLOGIA DE MERLEAU-PONTY PARA A PSICOLOGIA
Para Merleau-Ponty (2001/2006),
A criança antecipa-se; está em relação com uma cultura e, de antemão, trava relações antecipadas com o meio. [...] A psicologia nasceu de fato no dia em que se percebeu que a relação da criança com seu meio não é apenas a relação possibilitada pelo estado ou grau de seu desenvolvimento fisiológico (p. 476).
Esta citação nos permite iniciar uma discussão acerca da potencial contribuição da proposta merleau-pontyana para a psicologia. Sobre este assunto, acrescenta-se que, para Merleau-Ponty (2001/2006),
Um fenômeno não tem uma causa, ele é a intersecção de uma série de condições. Por isso, para ter uma psicologia científica, não devemos notar correlações, mas construir as variáveis de que dependem os fenômenos (p. 494, grifos do autor).
A partir desta lógica do autor, ao invés de buscarmos entender os fenômenos sob uma compreensão de causalidade, precisamos inicialmente entender quais as variáveis que se relacionam com ele. No caso de se estudar acerca da infância, é fundamental o esclarecimento da teia de relações em que a criança se engaja: família, sociedade, cultura, dentre outros. Notadamente, a compreensão de nenhuma delas tornará possível que se responda acerca de tal comportamento da criança a partir de relações causais. Contudo, propicia-se o entendimento acerca da forma como a criança de posiciona no mundo, sendo possível posterior compreensão de como acessar sua experiência vivida e, a partir de então, intervir, seja em psicoterapia ou qualquer outra atuação de caráter psicológico.
Não se trata de prescindir de conhecimentos prévios sobre o que se entende por infância – não podemos nos esquecer de que há uma forte diferença entre a criança e o adulto -, mas trata-se de suspender estas concepções para que nos seja possível compreender o fenômeno da infância tal como ele ocorre pré-reflexivamente e de modo factível, e não a partir de interpretações por vezes metafísicas.
Como vimos, a partir de uma compreensão merleau-pontyana do fenômeno da infância, não podemos entendê-lo a partir de uma lógica causal. O comportamento humano não pode ser compreendido desta forma, pois ele se constitui e se apresenta a partir de uma série de variáveis. Nesse sentido, uma vez compreendidas estas variáveis, poderemos discutir as condições de possibilidade para que um fenômeno ocorra, o que difere de apontarmos suas causas ou prevermos seus efeitos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com relação à questão da imitação especificamente, é relevante lembrar seu caráter mais primordial: a relação com o resultado. A partir da fenomenologia de Merleau-Ponty (2001/2006), quando uma criança imita, ela o faz buscando a relação com o objeto em questão que sua experiência é capaz de perceber, o que não necessariamente é a mesma do adulto que executa a ação, e nem de outro ser humano – seja adulto ou criança – que a vê. A criança deseja aquele resultado para si, e o imita conforme suas percepções, sem compreender as intenções daquele que age.
Uma vez que a criança inicialmente imita com foco no resultado, muitas vezes sem compreender os meios para tal, uma sociedade que idealiza padrões de comportamento pode contribuir para que o infante deseje este feito. A forma como a sociedade compreende os fenômenos é uma das variáveis que podem influenciar o comportamento da criança.
A lente merleau-pontyana se configura de notada contribuição à psicologia e à educação por incitar um movimento um tanto controverso nas relações com as crianças: entender que elas se relacionam com o mundo antes que possam pensar ou refletir sobre suas experiências. E ainda, que elas têm voz, mas que essa voz possui eco, e que elas podem e precisam aprender a assumir e a se posicionar em relação a isto.
Referências
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Moreira, V. (2007). De Carl Rogers a Merleau-Ponty: a pessoa mundana em psicoterapia. São Paulo: Annablume. [ Links ]
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Moreira, V. & Telles, T.C.B. (2012). A noção de liberdade no pensamento de Merleau-Ponty: contribuições para a psicoterapia. In: A. Tatossian & V. Moreira (2012). Clínica do Lebenswelt: Psicoterapia e psicopatologia fenomenológica. (pp. 231-242). São Paulo: Escuta. [ Links ]
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Telles, T.C.B. & Moreira, V. (2014). A lente da fenomenologia de Merleau-Ponty para a psicopatologia cultural. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 30 (2), 205-2012. [ Links ]
Recebido em abril de 2014
Aprovado em outubro de 2014
Notas sobre a autora
Thabata Castelo Branco Telles
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM).
Contato: thabata@gmail.com.
Endereço para correspondência: Av. Getúlio Guaritá, 159 – sala 320, CEP 38025-440, Uberaba – MG.
1 Simone de Beauvoir (1908-1986) foi escritora, filósofa existencialista e feminista francesa. Era parceira de Jean-Paul Sartre, também filósofo existencialista que com ela e Maurice Merlau-Ponty criou a célebre Revue Les Temps Modernes. Para a teoria feminista "O Segundo Sexo" (1949) se torna um dos bastiões da crítica à condição de opressão das mulheres.. "O Segundo Sexo", Difusão Eusopéia do Livro, 2ª Edição, 1970, volumes 1 e 2,, 1967.
2 As conferências foram realizadas entre os anos de 1949 e 1952. Contudo, foram publicadas em forma de livro apenas em 2001 (em francês).
3 Palavra alemã, sem tradução direta para a língua portuguesa, que se refere ao plural de "Gestalt", podendo ser compreendida como formas ou configurações.