Editorial

Tradição e modernidade nos campos de aplicação do Conhecimento psicológico

Adelma Pimentel; Lucivaldo Araújo; Tommy Akira Gotto; Marciana Farinha; Kamilly Vale

A premissa conceitual de polaridade integrada pode ser visualizada no escopo da obra contida no volume três do periódico. Figura nos pontos de vista expressos no trabalho dos autores. Deste modo, agrupamos algumas escrituras nas categorias: tradição e modernidade.

Na linhagem da tradição apresentamos uma revisão do banco de dados do PPG da PUC-Campinas, especificamente, do material divulgado, nos anos de 1997 a 2016, na Revista Estudos de Psicologia, emissária da comunicação nos campos humanista, fenomenológico e existencial no Brasil. Na mesma vereda, inscreve-se uma reflexão sobre a noção de "agressão" nas obras de Frederick Salomon Perls. Representando o polo da modernidade, o diálogo proposto entre o pensamento "decolonial", e uma crítica feita pela Psicologia ao "eurocentrismo" para evidenciar outras formas de narrativas e saberes elaborados nas Américas latina, central e do sul.

Quanto à epistemologia, os articulistas demonstraram envergadura de autocritica ao elaborar questões sobre a compreensão do sentido e da linguagem como modos de acesso à experiência e ao outro. Os convidados para a interlocução foram Ricoeur e Gadamer, na via da disciplina hermenêutica. Com Ricoeur, também foi estabelecida uma reflexão acerca da elocução da tradução e do acolhimento ao dito e ao inscrito nos textos. E assim, a pesquisa qualitativa em Psicologia é consolidada.

As trilhas que denotam as intervenções clínicas são enriquecidas pelos diálogos interdisciplinares com a poesia, a literatura, a educação e a arte. Abordar a morte potencializa sua aproximação do cotidiano e do mais peculiar à condição humana, dissolvendo as certezas arraigadas na clausura da limitação de quem pode conhecer, em nome da Rosa. Portanto, a circulação de conhecimentos nos meios digitais assemelha-se ao nascimento de ideias, e de abertura de novos horizontes culturais.

O conjunto destes elementos favorece que os Psicólogos, pesquisadores e técnicos reconheçam estratégias de abordagem da diversidade de todos os atores com quem interagem: as crianças, os velhos, os travestis que realizam alterações corporais, na busca da expansão das fronteiras de gênero e educacionais.

Boa leitura a tod@s!