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Revista Subjetividades

versão impressa ISSN 2359-0769versão On-line ISSN 2359-0777

Rev. Subj. vol.15 no.1 Fortaleza abr. 2015

 

EDITORIAL

 

 

Neste primeiro número da Revista Subjetividades do ano de 2015, vemos, novamente, a diversidade de temas e abordagens que refletem o campo da psicologia. Fazendo um passeio sobre os artigos publicados neste número, vemos ensaios teóricos, revisões de literatura, sistemáticas ou não, bem como relatos de pesquisa e notas técnicas.

Como de costume, o número traz contribuições de psicanalistas, na forma de ensaios teóricos, sobre questões Freudianas e Lacanianas. No que se refere ao aporte Freudiano, discute-se a questão da melancolia ligada ao narcisismo e à acídia, como uma forma de neurose narcísica. Ainda em relação à teoria Freudiana, uma das contribuições pontua o desenvolvimento da pulsão de morte, analisando as duas tópicas freudianas e suas diferenças. Polêmico é o artigo sobre as metapsicologias do ato transgressivo, em que o autor propõe uma ligação inusitada entre o supereu e o surgimento da pulsão de morte. Vale dizer que os editores decidiram sobre a publicação deste último com o intuito de fomentar uma discussão e, talvez, encorajar uma resposta da comunidade psicanalítica. Outras duas contribuições, dentro do mesmo referencial, discutem a problemática da voz em Freud, pontuando seu papel na teoria e outra que discute a questão do inconsciente social desde um ponto de vista da grupanálise. Voltado para as práticas da psicologia, há um ensaio sobre a questão da psicanálise e a construção do caso clínico no atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde) e suas dificuldades.

Compondo a gama de ensaios teóricos, há três contribuições sobre questões Lacanianas. A primeira faz uma reflexão sobre a vergonha e seu significado na contemporaneidade, analisando os ensinamentos de Lacan sobre o desenvergonhamento do gozo. A segunda analisa a questão da singularidade e, a terceira, enfatiza a constituição do sujeito pela via da linguagem e da pulsão.

As revisões de literatura, abordam temas distintos, entre elas, há uma revisão sobre a neuropsicologia da esquizofrenia; outra sobre adolescentes com restrições e privação de liberdade; e, uma terceira, sobre o aconselhamento psicológico e suas práticas.

Duas pesquisas de cunho qualitativo completam este número. Uma delas versa sobre a violência do trabalho bancário. A pesquisa é bastante interessante na medida em que analisa um caso julgado e toma como objeto de pesquisa os discursos do juiz, da reclamante e dos advogados, mostrando como a violência pode ser banalizada. A segunda, focaliza o mal-estar na sala de aula, mostrando, por meio da arte, que a escola atual tem que dar conta da falta de limites dos adolescentes e do fato de que ela, hoje, não é mais valorizada, ou desejada pelos sujeitos.

Por fim, publicamos uma pesquisa histórica sobre a homossexualidade. Trata-se de um ensaio que pontua a questão da homossexualidade e suas vicissitudes e mostra como ela vem se estabelecendo até os dias atuais.

Como se pode perceber, o compromisso com a diversidade é a tônica deste número que esperamos possa polemizar algumas questões e abordagens e esclarecer outras. Continuamos abertos às contribuições da comunidade de psicólogos, psicanalistas e áreas afins para enriquecer, esclarecer e polemizar as complexas questões da subjetividade ou subjetividades.

 

Regina Heloisa Maciel

Universidade de Fortaleza - UNIFOR - Fortaleza - CE - Brasil

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