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Boletim de Psicologia

versão impressa ISSN 0006-5943

Resumo

COSTA, Liana Fortunato; PENSO, Maria Aparecida; ALMEIDA, Tânia Mara Campos de  e  RIBEIRO, Maria Alexina. “A justiça é demorosa, burra e cega”: percepções de famílias sobre a dimensão jurídica dos crimes de abuso sexual. Bol. psicol [online]. 2008, vol.58, n.128, pp. 85-102. ISSN 0006-5943.

Buscamos discutir aspectos relativos à experiência que famílias, em situação de abuso sexual, tiveram no trato com a justiça, no contato com o juiz e com os sentimentos decorrentes das decisões judiciais. Estas famílias têm grande dificuldade de compreender o andamento do processo, a burocracia e uma linguagem jurídica sempre muito inacessível. As entrevistas foram realizadas nos domicílios de oito famílias com renda de um a dois salários mínimos e baixa escolaridade. A análise das informações se constituiu num processo de construçãointerpretativa (análise de conteúdo). Quatro zonas de sentido emergiram: “Os juízes sabem o que é certo e errado”; Posição frente ao Juiz: “Nele, eu posso confiar”; O processo é demorado e Minimização do problema, descrédito na criança e abandono da família. As famílias, por falta de conhecimento de seus direitos, colocam ênfase na penalização do infrator e vêem o Juiz como aquele em quem se pode confiar cegamente.

Palavras-chave : Psicologia clínica; Abuso sexual; Psicologia jurídica; Justiça restaurativa; Família.

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