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Estudos de Psicanálise

versão impressa ISSN 0100-3437

Resumo

MIJOLLA-MELLOR, Sophie de; PIETROLUONGO, Márcia  e  ARREGUY, Marília Etienne. A maternidade é uma forma de sublimação?. Estud. psicanal. [online]. 2011, n.35, pp. 127-136. ISSN 0100-3437.

O presente artigo parte de uma contraposição das definições do conceito de sublimação com as construções sobre a feminilidade, presentes na obra de Sigmund Freud. Busca situar o “enigma” freudiano da feminilidade em sua época, remetendo seus ensinamentos àquilo que se pode validar na atualidade. Para além de uma leitura canônica, a autora, especialista na conceituação sobre a sublimação, põe em questão algumas proposições facilmente tomadas por uma leitura superficial da obra, conduzindo o leitor a uma reflexão dialética e inovadora da relação entre esse conceito e a parentalidade, sobretudo no que concerne à sexualidade materna. Ampliando o escopo das saídas sublimatórias na mulher, discorda de um destino exclusivamente masculino no que concerne a sublimação, dado o complexo de masculinidade como única saída sublimatória para o homossexualismo recalcado na mulher. A autora leva, pois, em conta, a economia pulsional e uma análise metapsicológica, não se restringindo apenas a uma crítica feminista da posição freudiana. Com essa exegese, formula, então, uma nova forma de conceber a relação entre feminilidade e sublimação que ilumina o entendimento teórico das funções da maternidade, situando a sublimação ao lado da ternura e do respeito à alteridade.

Palavras-chave : Sublimação; Feminilidade; Maternidade; Sexualidade incestuosa; Alteridade; Incestuous sexuality.

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