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Estudos de Psicanálise

versão impressa ISSN 0100-3437

Resumo

CAMPANARIO, Isabela Santoro  e  PINTO, Jeferson Machado. Devastação e autismo. Estud. psicanal. [online]. 2011, n.36, pp. 93-102. ISSN 0100-3437.

O autismo é uma condição de estudo onde podemos ver, com muita freqüência, a devastação acontecer. A devastação mostra um ilimitado da dor. Não é uma dor circunscrita, como no caso do sintoma. Temos a hipótese de que os pais de crianças autistas acabam se afastando delas devido a esta dor sem limites, que foi, até então, vista pelos estudiosos como falta de afeto, ausência de desejo da mãe, “mãe fria”, depressão materna. Nos casos atendidos nos primeiros meses de vida alguns analistas têm conseguido, ao possibilitar o laço das crianças com seu agente de função materna, reverter este quadro de devastação apresentado pelos pais e, consequentemente, reverter a devastação também nas crianças, negativizando os sinais de risco de autismo. Apesar da devastação não ser exclusiva do autismo, pois é trans estrutural, achamos que se aplica muito bem a esta patologia. Por isto nossa proposta de examinar o tema: devastação e autismo. Traremos a casuística própria de uma criança atendida desde os cinco meses de idade em psicanálise mãe-bebê, onde houve negativação dos sintomas de risco de autismo.

Palavras-chave : Risco de autismo; Tratamento psicanalítico precoce mãe-bebê; Devastação.

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