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Ide

versão impressa ISSN 0101-3106

Resumo

SILVA, Laura Belluzzo de Campos. Subjetividade como mercadoria e a doença normótica. Ide (São Paulo) [online]. 2017, vol.39, n.63, pp. 59-78. ISSN 0101-3106.

Segundo Foucault, a sociedade disciplinar produz um homem dotado de uma alma/subjetividade por meio da qual o poder acessa os corpos tornando-os dóceis. Para Marcuse, a sociedade de consumo transforma o trabalhador em consumidor, acessando sua subjetividade pela criação de desejos e necessidades voltadas para o con-sumo, tornando-o cúmplice passivo de sua própria dominação. Nessa sociedade, que Debord definiu como "a sociedade do espetáculo", a forma mercadoria permeia todas as relações sociais que passam a ser mediadas por imagens que substituem e reificam a realidade social. Segundo Bauman, na sociedade contemporânea, a subjetividade se torna uma mercadoria que deve buscar aumentar continuamente seu valor no mercado. Nesse movimento incessante de produção de si, favorecido pelas novas tecnologias da informação, em que cada um deve estar apto a expor continuamente suas capacidades, floresce a "cultura do narcisismo", tal como teorizada por Lasch. Nesse contexto, são produzidos novos modos de subjetivação e sofrimento psíquico, que desafiam a clínica psicanalítica, dentre os quais podemos incluir a doença normótica, tal como definida por Bollas.

Palavras-chave : Sociedade disciplinar; Sociedade de consumo; Sociedade do espetáculo; Narcisismo; Sociedade de controle.

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