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Tempo psicanalitico

versão impressa ISSN 0101-4838

Resumo

COUTINHO, Angela. Transgressão e limite na situação analítica. Tempo psicanal. [online]. 2010, vol.42, n.2, pp. 269-285. ISSN 0101-4838.

O objetivo do artigo é desenvolver a noção de limite e transgressão como operadores da situação analítica. Limite e transgressão são interdependentes. Foucault articula transgressão à morte de Deus e à experiência da linguagem não-fenomenológica. O homem descobre sua finitude e é pensado como finito-ilimitado, isto é, constituído historicamente, sem natureza profunda e podendo identificar o que o levou a ser o que é, possibilitando, assim, inúmeras rupturas e verdades, inúmeros limites a serem transpostos. A psicanálise, neste sentido é uma prática transgressiva. Transgride as fixações da memória, possibilitando um descolamento frente aos assujeitamentos. A transgressão, aqui, é pensada não apenas como denúncia de que o eu não é senhor em sua própria casa, enfatizando a determinação inconsciente dos atos psíquicos, mas também como a ultrapassagem dos limites históricos de determinada experiência. Nesta perspectiva, a transgressão é afirmação da diferença e da vida, potência de diferenciação.

Palavras-chave : limite; transgressão; situação analítica.

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