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Tempo psicanalitico

versão impressa ISSN 0101-4838

Resumo

MARCOS, Cristina. Mãe e filha: da devastação e do amor. Tempo psicanal. [online]. 2011, vol.43, n.2, pp. 269-284. ISSN 0101-4838.

Este artigo parte da afirmação de Lacan segundo a qual uma mãe pode ser uma devastação para uma filha. A devastação apresenta-se articulada ao amor e à sua impossibilidade. Sabemos que Lacan aborda o feminino a partir da divisão entre o real e o simbólico. Não-toda submetida à lei da castração e da palavra, a mulher teria uma relação privilegiada com o real, de modo contingente e esporádico. A devastação que uma mãe pode ser para uma filha seria um modo de manifestação desta relação privilegiada com o real. No filme "Sonata de outono", Bergman nos dá a ver a conturbada relação entre mãe e filha, marcada pela impossibilidade do amor. No outono de Bergman, assistimos a uma queda dos semblantes na qual um real insuportável ganha consistência. Onde o semblante fracassa, surge a devastação.

Palavras-chave : mãe; filha; devastação; amor.

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