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Tempo psicanalitico

versão impressa ISSN 0101-4838versão On-line ISSN 2316-6576

Resumo

KLEIN, Thais. Exu e a psicanálise: da culpa à ilusão. Tempo psicanal. [online]. 2022, vol.54, n.2, pp. 514-534. ISSN 0101-4838.

Muito embora psicanálise e religião não se confundam, o pensamento religioso perpassa boa parte da obra freudiana. Trata-se, no entanto, de uma concepção religiosa que tem como centralidade a culpa, uma vez que se articula ao paradigma neurótico e à morte do pai, sendo considerada como uma ilusão análoga à fantasia neurótica. Assim como outras configurações subjetivas provocam a psicanálise na contemporaneidade, as religiões de matriz africana, tal como o candomblé, também provocam a psicanálise e a experiência analítica, posto que se distanciam da centralidade da culpa. O objetivo do artigo consiste em abrir os caminhos para uma discussão ainda incipiente entre a psicanálise e o candomblé e, para tal, parte da figura de Exu, mais especificamente assinalando o lugar plural da corporeidade e das fronteiras com o mundo. Por fim, em diálogo com algumas considerações de Winnicott, a ilusão é tomada não como análoga à fantasia neurótica, mas como um campo de potencialidades que comportam a atualização do passado, do presente e do futuro e a corporeidade. Delineiam-se, a partir dessas considerações, alguns questionamentos que o candomblé implica para a própria experiência analítica.

Palavras-chave : Candomblé; Psicanálise; Religião; Culpa; Corpo.

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