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Psicologia Clínica

versão impressa ISSN 0103-5665versão On-line ISSN 1980-5438

Resumo

MARCOS, Cristina Moreira; GUEDES, Marconi Martins da Costa  e  MOTTA, Juliana. Maternidade e foraclusão: A equação filho-kakon. Psicol. clin. [online]. 2021, vol.33, n.2, pp. 321-333. ISSN 0103-5665.  http://dx.doi.org/10.33208/PC1980-5438v0033n02A06.

A maternidade está articulada à relação da mulher com a falta; contudo, a falta nem sempre está articulada ao falo, à castração. Que lugar a criança ocupa, qual o lugar para a maternidade, quando não há recurso à significação fálica? Um caso clínico nos permite interrogar qual o lugar do filho quando a significação fálica não é operante e a gravidez revela a foraclusão. Uma passagem ao ato durante a gestação evidencia como o bebê pode se converter em "kakon", objeto mau a ser eliminado. A angústia experimentada, neste caso, não é a angústia-sinal do neurótico, que enquadra a fantasia construída em resposta ao desejo do Outro. É uma angústia enorme, a céu aberto. Para o psicótico, não é possível responder ao desejo do Outro pela fantasia. Se, na neurose, o objeto a, extraído da castração, pode funcionar como uma resposta ao Outro, na psicose o sujeito se vê identificado a esse objeto. Ele encarna o objeto e a angústia fica sem contenção alguma. O bebê é o próprio objeto estranho, inimigo interior a ser eliminado, o verdadeiro "kakon".

Palavras-chave : maternidade; psicose; kakon.

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