SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.34 issue1Maternity and premature birth: The encounter with the traumatic experienceAdhesion and dropout in psychoanalytic psychotherapy from the perspective of adolescents author indexsubject indexarticles search
Home Pagealphabetic serial listing  

Psicologia Clínica

Print version ISSN 0103-5665On-line version ISSN 1980-5438

Abstract

ARROSI, Kellen Evaldt  and  SILVA, Milena da Rosa. A escuta em psicanálise: Abstinência e neutralidade em questão. Psicol. clin. [online]. 2022, vol.34, n.1, pp. 121-143. ISSN 0103-5665.  http://dx.doi.org/10.33208/PC1980-5438v0034n01A06.

A escuta em psicanálise baseia-se em alguns conceitos fundamentais de operação clínica, a partir do manejo da transferência. Dois desses conceitos são os de abstinência e de neutralidade, os quais ainda protagonizam, por vezes, equívocos e confusões. Neste trabalho é realizado um percurso teórico com o objetivo de retomar as origens de tais conceitualizações, discutindo as formas como elas têm sido utilizadas e a importância de uma psicanálise implicada, tanto pela via da clínica quanto pela via da cultura. Sustentam-se as ideias de que a abstinência não corresponde a uma postura de passividade e de que a neutralidade não está relacionada a uma atitude de isenção ou desimplicação por parte do psicanalista. Assim, a repercussão de tais conceitos na prática analítica pode, sim, pautar-se em uma clínica sensível e em uma escuta atenta às vicissitudes do campo político e social nos sofrimentos e manifestações sintomáticas contemporâneas. Isso porque, além de subsídios para pensar a prática clínica, a abstinência e a neutralidade configuram-se também como conceitos políticos, marcando a importância de o psicanalista atentar nos movimentos contratransferenciais que, porventura, possam reverberar nas intervenções realizadas.

Keywords : psicanálise; abstinência; neutralidade.

        · abstract in English | Spanish     · text in Portuguese     · Portuguese ( pdf )

 

Creative Commons License