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Jornal de Psicanálise

versão impressa ISSN 0103-5835

Resumo

CECCARELLI, Paulo Roberto. Novas configurações familiares: mitos e verdades. J. psicanal. [online]. 2007, vol.40, n.72, pp. 89-102. ISSN 0103-5835.

Este texto parte da hipótese segundo a qual o que, de fato, ameaça nas chamadas novas organizações familiares é que elas questionam a noção de família vigente na cultura ocidental, obrigando-nos a um trabalho de luto das antigas posições libidinais. Para sustentar esta hipótese, o autor faz uma pequena digressão histórica para mostrar que o ser humano sempre acolheu com suspeitas e medos qualquer mudança, e que a humanidade sempre foi obrigada a produzir “reorganizações simbólicas”, para adequar-se à nova leitura de mundo. Discute-se, em seguida, a noção de família em outras culturas e a origem desta mesma noção na cultura ocidental. Para o autor, o sistema representativo que chamamos “família” varia segundo a sociedade. E o significante “família” é composto por fatores conscientes e/ou inconscientes, que definem a maneira e engendram as categorias pelas quais o mundo social é organizado. Além disso, qualquer modelo de família é tributário da ordem social que o produz. Posto que o modelo de família tradicional nunca foi sinônimo de “normalidade”, o autor discute o que é realmente necessário para que a inserção no simbólico ocorra, ou seja, para a sobrevivência psíquica da criança, e isto independentemente dos protagonistas da organização familiar que acolhe o recém-nascido quando de sua chegada no mundo.

Palavras-chave : Família; Novas organizações familiares; Inserção no simbólico; Complexo de Édipo; Sobrevivência psíquica.

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