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Jornal de Psicanálise

versão impressa ISSN 0103-5835

Resumo

GOMBEROFF, Mario. Relações entre a análise de formação e o instituto. J. psicanal. [online]. 2008, vol.41, n.74, pp. 113-120. ISSN 0103-5835.

A análise didática é diferente da comum, que exige liberdade para a recíproca escolha de ambos os participantes, seu início e término. Na didática, o candidato é previamente selecionado e deve escolher entre os didatas, até o extremo de ser às vezes levado a interromper uma análise para retomá-la com outro didata. Postula-se a necessidade de que o Instituto se dedique a ensinar psicanálise e avaliar de forma mais rigorosa sua docência e deixe a análise a critério do analista e do candidato, abolindo-se a classe dos didatas. A serviço da instituição e tendo seu poder ostentado pelos didatas, interessa à análise didática assim se manter. Com sua idealização, identificação narcísica mútua e seu caráter de fetiche, cumpre ela a tarefa de manter os standards mínimos com mais exatidão, o que a torna mais conservadora e, paradoxalmente, transgressora, uma vez que é a que mais preserva a psicanálise de possíveis inovações. Isso à custa dos candidatos, que devem cercear sua escolha e sua liberdade, submetendo-se à instituição através de seu representante, o analista didata, que também deve fazer o mesmo.

Palavras-chave : Análise didática; Fetiche; Idealização; Instituição.

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