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Jornal de Psicanálise

versão impressa ISSN 0103-5835

Resumo

MIGLIORINI, Walter José Martins  e  FREITAS, Lídia Maria Chacon de. Objetos transicionais e o desenvolvimento da capacidade de incomodar. J. psicanal. [online]. 2018, vol.51, n.95, pp. 89-103. ISSN 0103-5835.

O objetivo do presente trabalho é sublinhar a relação histórica e conceitual entre a teoria dos fenômenos transicionais e a teoria da tendência antissocial, focalizando o uso pessoal e simbólico dos objetos inanimados. Winnicott (1956/2005) reconheceu que a deprivação, antes de ser o resultado de uma ruptura traumática do desenvolvimento emocional, é uma vivência corriqueira durante a maternagem e que o objeto transicional é indicador de que o bebê já alcançou, ou está em vias de alcançar, a capacidade de incomodar. Entretanto, quando traumática, a deprivação é seguida de um processo dissociativo em que o acesso à transicionalidade é, regressivamente, perdido e os objetos inanimados se tornam objetos impessoais. Uma reflexão decorrente desse tema é a do lugar dos objetos simbólicos e dos objetos impessoais em nosso cotidiano e seus efeitos no sofrimento psíquico da atualidade.

Palavras-chave : objetos transicionais; objetos impessoais; tendência antissocial; deprivação; autolesão.

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