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Jornal de Psicanálise
versão impressa ISSN 0103-5835
Resumo
ZAIDAN, Eduardo e CINTRA, Elisa Maria de Ulhôa. Neurose obsessiva e ódio narcísico. J. psicanal. [online]. 2019, vol.52, n.96, pp. 33-47. ISSN 0103-5835.
O Homem dos Ratos representou uma reviravolta na metapsicologia freudiana. Até então, a psicanálise tinha como pedra de toque uma teoria do recalque do desejo, e o paradigma da psicopatologia era a histeria. O estudo da neurose obsessiva, por sua vez, revelou a importância do ódio. Neste artigo, apresentaremos a história do Homem dos Ratos para, em seguida, trabalharmos a hipótese de que, com a publicação de "Os instintos e seus destinos", a paranoia passou a ser reconhecida como o âmago da subjetividade. Na medida em que a diferenciação entre o sujeito e o objeto se dá por meio do ódio, Freud defenderá que este é precursor do amor. Ilustraremos, com base na história do Homem dos Ratos, o vínculo entre ódio e narcisismo, revelando em que medida a paranoia se localiza no seio das relações objetais.
Palavras-chave : Homem dos Ratos; neurose obsessiva; ódio; narcisismo.