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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282

Resumo

PAULA, Juliane dos Anjos de et al. Prevalência e fatores associados à depressão em estudantes de medicina. Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. [online]. 2014, vol.24, n.3, pp. 274-281. ISSN 0104-1282.

INTRODUÇÃO: a depressão, além de causar grande sofrimento psíquico, pode levar a prejuízos no desempenho acadêmico e nos relacionamentos sociais. OBJETIVO: estimar a prevalência de sintomas depressivos e sua associação com aspectos sociodemográficos e psicossociais em estudantes de medicina de uma região do Sertão Nordestino, Brasil. MÉTODO: apopulação foi constituída por 1024 estudantes do primeiro ao décimo segundo períodos do curso de medicina de duas escolas médicas do Cariri, Sertão Nordestino, Ceará, Brasil. Utilizou-se o questionário de caracterização sociodemográfica e o Inventário de Depressão de Beck versão II. RESULTADOS: a prevalência encontrada nessa população para o diagnóstico de depressão foi de 28,8%. 652 (63,7%) cumpriram com todos os protocolos para permanência na pesquisa. Apresentaram impacto negativo na saúde mental dos estudantes no modelo ajustado de regressão logística: sexo feminino OddsRatio ajustado (ORa) (IC95%): 1,83(1,19-2,82), saúde física razoável ORa (IC95%): 3,15(2,09-4,73), incerteza quanto ao futuro profissional ORa (IC95%): 2,97(1,65-5,34), desejo de mudar de curso ORa (IC95%):2,51(1,63-3,86), relacionamento social bom porém sem participação de atividades sociais ORa (IC95%): 1,96(1,27-3,04),dificuldades de relacionamento ORa (IC95%): 11,40(4,32-30,14) e raras atividades de lazer ORa (IC95%): 2,45(1,49-4,04) ou esporádicas atividades de lazer ORa (IC95%): 3,04(1,70-5,42. CONCLUSÃO: observou-se alta prevalência de depressão nos estudantes de medicina nesta região. Sexo feminino, saúde física razoável, incerteza quanto ao futuro profissional, desejo de mudar de curso, não participação de atividades sociais e/ou dificuldades de relacionamentos, esporádica ou rara atividade de lazer foram associados a maior chance de desenvolver sintomas depressivos.

Palavras-chave : depressão; estudantes de medicina; prevalência; transtorno depressivo; educação médica.

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