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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282

Resumo

LAURENTI, Ruy et al. A Importância das anomalias congênitas ao nascer. Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. [online]. 2014, vol.24, n.3, pp. 328-338. ISSN 0104-1282.

INTRODUÇÃO: Os países que superaram as taxas de mortalidade infantil mostram, hoje em dia, a concentração de mortes no período neonatal e, dentro dele, principalmente na primeira semana de vida (após neonatais precoces). Dentre as causas de morte, como algumas doenças começaram a ser controladas, foi verificado um aumento proporcional significativo da participação das malformações congênitas. OBJETIVO: Descrever a prevalência de malformações congênitas (AC) ao nascer em conceptos (natimortos e nascidos vivos) de mulheres internadas em instituições localizadas na cidade de São Paulo, Brasil. MÉTODO: Estudo descritivo, transversal, realizado em quatro hospitais da cidade de São Paulo durante três meses no segundo semestre de 2011. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com as mulheres e exames de registros hospitalares. As AC foram estudadas segundo as variáveis de interesse epidemiológico e sócio-demográfico. Os óbitos foram analisados de acordo com as causas básicas e associadas. RESULTADOS: Os resultados mostraram a ocorrência de 9,1% de AC registradas entre natimortos e 4,3% entre os nascidos vivos. Entre os últimos - 238 recém-nascidos - 284 AC foram registradas, totalizando 1,2 AC por nascido vivo. Entre os 238 recém-nascidos que tiveram um registro de AC, houve 10 mortes por AC (4,2%). Este valor difere do verificado entre os nascidos vivos sem registro AC que morreram (19 em 5341 ou 0,4%). Com o objetivo de identificar possíveis ocorrências de morte após a alta hospitalar, uma ligação foi feita entre o banco de dados de mortalidade oficial da cidade de São Paulo e o banco de dados do estudo. A ocorrência de 18 mortes foi encontrada deste modo, quatro das quais foram causadas pela AC. Assim, o total de óbitos no primeiro ano de vida foi de 47, e 14 deles tinham AC como a causa básica, o que leva a uma mortalidade infantil proporcional por AC igual a 29,8% e um coeficiente de mortalidade infantil por AC de 2,5% mil nascidos. Os dados mostram uma alta subnumeração de AC nos registros dos sistemas oficiais de informação (com relação ao SINASC, a prevalência de AC no estudo foi três vezes maior do que a prevalência para a cidade de São Paulo e 5,4 vezes maior que a prevalência para o Brasil. CONCLUSÃO: É necessário implementar medidas para melhorar o registo de AC nos sistemas de informação, tais como: aumentar a consciência dos médicos sobre a importância do diagnóstico da AC e registrá-lo em registros hospitalares do recém-nascido, a criação de um espaço específico para registrar a AC em registros hospitalares do recém-nascido, e qualificação e acompanhamento do pessoal encarregado de preencher a Declaração de Nascido Vivo e transcrevê-la aos sistemas de informação.

Palavras-chave : anomalias congênitas; nascidos vivos e nascidos mortos; saúde materno-infantil.

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