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Journal of Human Growth and Development

Print version ISSN 0104-1282

Abstract

CARVALHO, Sionara Melo Figueiredo de et al. Prevalência de depressão maior em pacientes com câncer de mama. Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. [online]. 2015, vol.25, n.1, pp. 68-74. ISSN 0104-1282.  http://dx.doi.org/10.7322/JHGD.96770.

INTRODUÇÃO: o câncer de mama é uma das principais causas de morte entre as mulheres no Brasil e no mundo. O diagnóstico de neoplasia mamária geralmente representa uma sobrecarga emocional, podendo desencadear reações de ajustamento ou mesmo ser gatilho de quadros afetivos (principalmente depressão), ansiedade ou até mesmo psicoses. O Inventário de Depressão de Beck (IDB) é um dos instrumentos mais usados para avaliação de depressão, tanto em pesquisa quanto em clínica. A prevalência de depressão em pacientes com câncer tem variado bastante em diferentes trabalhos, de 3 a 55%. A falta de padronização, especialmente no que diz respeito aos métodos de avaliação, escore/ponto de corte, tipo de entrevista e critérios para diagnóstico contribuem para a grande discrepância nos achados desses estudos. No geral, quanto mais especificamente o termo depressão é definido e avaliado, menores índices de prevalência são reportados. Vários trabalhos falharam em mostrar significância estatística entre depressão e variáveis relacionadas ao câncer, sugerindo que os fatores de risco para depressão parecem estar mais relacionados à própria paciente, como variáveis contextuais e fatores pré-mórbidos inerentes à sua personalidade, do que ao câncer em si ou ao seu tratamento OBJETIVO: determinar a prevalência de depressão maior em mulheres com câncer de mama MÉTODO: foi realizado um estudo transversal de prevalência em mulheres com câncer de mama. A amostra foi constituída por 51 pacientes que responderam o Inventário de Depressão de Beck (IDB). Considerou-se como presença de depressão os escores maiores do que 20. Foi aplicado também um questionário contendo dados complementares referentes às pacientes (idade, estado civil, etnia, escolaridade, renda familiar mensal, história familiar de depressão e de câncer de mama) e ao câncer (tempo de diagnóstico, estadiamento, tipo de tratamento, ocorrência de alopécia). Foi realizada análise descritiva e teste de associação (qui-quadrado) RESULTADOS: a prevalência de depressão maior encontrada foi de 5,9%, semelhante à observada na população feminina não portadora de câncer de mama. 21,6% apresentaram sintomas depressivos subsindrômicos (escores do IDB de 16 a 20). A partir do teste de qui-quadrado, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas (p < 0,05) na classificação do IDB em função das variáveis testadas (características referentes às pacientes e ao câncer em si), indicando que o contexto isolado das variáveis não exerce influência sobre o evento depressão CONCLUSÃO: mulheres com câncer de mama apresentaram prevalência de depressão maior de 5,9%

Keywords : câncer de mama; neoplasia de mama; prevalência; estudos transversais; depressão maior; transtorno de humor.

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