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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282versão On-line ISSN 2175-3598

Resumo

ALENCAR, Maria do Socorro Silva et al. Adequações e inadequações nos perfis antropométrico e dietético de crianças pré-escolares. J. Hum. Growth Dev. [online]. 2016, vol.26, n.2, pp. 234-242. ISSN 0104-1282.  http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.119290.

INTRODUÇÃO: O estado nutricional e o padrão alimentar de crianças na fase pré-escolar são elementos que ressaltam a importância da vigilância à saúde, nesse cenário de transição nutricional, tanto para garantir as adequações, quanto para intervir nas inadequações identificadas, podendo, inclusive, se constituir em estratégia para a tomada de decisões dos agentes públicos escola e serviço de saúde. OBJETIVO: Analisar os perfis antropométrico e dietético de pré-escolares em cidade polo do Nordeste brasileiro. MÉTODO: Trata-se de estudo avaliativo transversal, com 114 crianças entre 2 a 5 anos, de ambos os sexos, em três centros municipais de educação infantil. Foi utilizada a antropometria para aferir peso e estatura, sendo o estado nutricional avaliado pelos índices Estatura para a Idade (E/I), Peso para a Idade (P/I), Peso para a Estatura (P/E), Índice de Massa Corporal para a Idade (IMC/I) em valores escore-z, com classificação referida pela Organização Mundial da Saúde. E registro alimentar com a pesagem direta dos alimentos do cardápio oferecido durante uma semana nas três instituições. Este procedimento permitiu avaliar a composição nutricional dos cardápios a partir da estimativa em valores percentuais, médios e desvios-padrão de calorias totais, macronutrientes (proteínas, carboidratos e lipídios), micronutrientes (Cálcio, Ferro, vitaminas A e C), para fazer as adequações e comparações aos valores de referências da Recommended Dietary Allowances, National Research Council e as recomendações do PNAE, segundo estágios etários, nas unidades de tempo integral, de 1-3 anos, 700 kcal; de 4-5 anos, 950 kcal (previsão de cobertura de 70% das necessidades nutricionais diárias); e nas unidades de meio turno, nesses mesmos intervalos de idade, respectivamente, 200 e 270 kcal (previsão de cobertura de 20% das necessidades nutricionais diárias), considerando como consumo adequado aquele com variação de até 10% acima ou abaixo de 100% dessas recomendações. RESULTADOS: Os pré-escolares, em maioria, com estado nutricional adequado, destacando-se aqueles da unidade de turno integral, com frequências relativas (P/I: 94,5%; P/E: 89,5%; IMC/I: 81,7%). Registraram-se, ainda, porcentagens de excesso de peso maiores que os déficits, nos índices P/I (22,2%), P/E (33,3%), para meninas do CMEI-A; nos índices P/I, P/E, IMC/I (23,8% cada), em meninos do CMEI-B. Quanto à adequação do perfil alimentar, somente houve convergência entre a oferta e a recomendação de 70% de cobertura das necessidades energéticas diárias, para os pré-escolares de 4-5 anos do centro de turno integral (média: 951,2±172,3kcal). Quanto aos nutrientes, houve tendência de inadequações na cobertura das necessidades diárias no cardápio ofertado em unidades de meio turno. CONCLUSÃO: Apesar de a maioria das crianças não apresentar indicativo de risco nutricional, requer atenção a parcela que se encontrava com inadequações do estado nutricional, com ênfase aos excedentes ponderais, simultaneamente às readequações nos per capitas e nas porções do cardápio implementado nesses locais.

Palavras-chave : pré-escolar; estado nutricional; antropometria; alimentação escolar; política Nutricional.

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