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Journal of Human Growth and Development

versión impresa ISSN 0104-1282versión On-line ISSN 2175-3598

Resumen

CHEHAB, Maria Aparecida Dix et al. Características do abuso sexual em Santo André, São Paulo, Brasil: das vítimas ao agressor, do diagnóstico ao tratamento. J. Hum. Growth Dev. [online]. 2017, vol.27, n.2, pp. 228-234. ISSN 0104-1282.  http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.123611.

INTRODUÇÃO: Violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil é um problema de saúde pública subnotificado. Conhecer o perfil dos casos e dos fatores relacionados a estes casos é uma estratégia para o desenvolvimento de políticas públicas mais efetivas. OBJETIVO: Descrever o perfil de crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual, as características das agressões e dos agressores, as consequências para as vítimas e ações jurídicas relacionadas ao abuso sexual. MÉTODO: Foram analisadas características sociodemográficas das vítimas, características dos agressores e agressão, bem como aspectos clínicos, psicológicos e legais, de 61 pacientes que sofreram abuso sexual admitidos no ambulatório especializado da Rede de Atenção à Saúde por Violência e Abuso Sexual, em Santo André, Brasil. RESULTADOS: As vítimas tinham média de idade de 10,4 anos, do sexo feminino (60,7%, n=37), de cor branca (70,5%, n=43) e que foram admitidas na rede de atendimento depois de 72 horas de ter sofrido o abuso (68,3%, n=40). A maior parte das agressões foi por ato sexual (65,6%, n=40) e por indivíduo conhecido (72,1%, n=44). Em consequência de ter sofrido abuso sexual, as crianças tiveram alteração da composição familiar (42,6%, n=26), apresentaram distúrbios cognitivos (34,4%, n=21), distúrbios emocionais (83,6%, n=51) e distúrbios comportamentais (54,1%, n=33). Dois terços dos casos resultaram em investigação policial, apenas 20% dos criminosos foram condenados. CONCLUSÃO: Meninas sofrem atos sexuais onde o agressor é conhecido e próximo, demoram a procurar os serviços de saúde e apresentam distúrbios mentais relacionados a esses abusos, mas os agressores continuam impunes na maior parte dos casos.

Palabras clave : abuso sexual; violência sexual; crianças; adolescentes; saúde pública.

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