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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282versão On-line ISSN 2175-3598

Resumo

FONTES, Ana Carolina Peixoto e Lucena; BEZERRA, Italla Maria Pinheiro  e  ABREU, Luiz Carlos de. Descrição de padrão atípico de gemelares com Zika congênita presumida e sem microcefalia - Relato de Caso. J. Hum. Growth Dev. [online]. 2018, vol.28, n.3, pp. 348-355. ISSN 0104-1282.  http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.152196.

INTRODUÇÃO: A infecção pelo Zika vírus (VZIK) foi emergência em saúde pública de interesse nacional brasileiro até maio de 2017, devido ao súbito aumento de nascidos com microcefalia e outras alterações neurológicas durante a epidemia iniciada no Brasil em novembro de 2015. As manifestações da infecção intrauterina pelo VZIK são mais graves quando ocorrem no primeiro e segundo trimestres de gestação, principalmente no primeiro trimestre. Nesta situação, o diagnóstico precoce dos problemas visuais é imprescindível para que os pacientes apresentem avanços nos campos neurológicos e até motores, sendo que há complicações como erros refrativos (miopia, astigmatismo e hipermetropia), estrabismo e hipoacomodação. A ausência de microcefalia em lactentes expostos ao Zika vírus não é indicativo de alterações ofatalmológicas, sendo imprescindível ap médico oftalmologista realizar as investigações spertinentes ao caso clínico. Toda e qualquer lesão ocular e em seus anexos são graves. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais cedo a criança pode ser submetida a uma intervenção para habilitação da visão. OBJETIVO: Analisar padrão atípico de gemelares com Zika congênita presumida e sem microcefalia. MÉTODO: Trata-se de um relato de caso, desenvolvido na cidade de Serra Talhada, interior do estado de Pernambuco, Nordeste Brasileiro RELATO: Caso de gemelares cuja mãe foi exposta ao Zika vírus no segundo trimestre de gestação (décima primeira semana). As crianças nasceram prematuras e sem microcefalia. Um dos gemelares apresentou hidrocefalia com necessidade de intervenção cirúrgica. A mesma criança foi levada para exame oftalmológico por possuir estrabismo convergente e foi encontrado nervo óptico hipocorado e cicatriz coriorretiniana em região macular em ambos os olhos semelhantes às lesões descritas pelo Zika vírus. Quadro similar, mas com menor comprometimento visual foi identificado no segundo gemelar. A tomografia de crânio demonstrou focos de calcificação nos hemisférios cerebrais bilateralmente. CONCLUSÃO: Houve presença de desvio convergente e nistagmo às lateroversões. Na fundoscopia, o nervo óptico apresentou-se hipocorado e com lesão coriorretiniana cicatricial com bordos bem delimitados em área macular de ambos os olhos.

Palavras-chave : gravidez; Zika Vírus; oftalmologia; transtornos de visão.

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