SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.29 número3Estratégia de Saúde da Família e prevalência de anemia em mulheres de uma região urbana de alto Índice de Desenvolvimento HumanoAcidente e lesão vascular com arraia no Alto Juruá, Acre, Brasil: um relato de caso índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282versão On-line ISSN 2175-3598

Resumo

ALVAREZ, Cláudia Cecília de Souza  e  HANS FILHO, Günter. Hanseníase e Fisioterapia: uma abordagem necessária. J. Hum. Growth Dev. [online]. 2019, vol.29, n.3, pp. 416-426. ISSN 0104-1282.  http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.v29.9541.

INTRODUÇÃO: Novos casos de hanseníase ocorrem devido a um conjunto de fatores associados à falta de conhecimento sobre a doença, tanto pelos profissionais de saúde quanto pelos pacientes, favorecendo o diagnóstico tardio, o desenvolvimento de incapacidades físicas e sociais, o estigma e o preconceito. OBJETIVO: Verificar o conhecimento de estudantes concluintes do curso de fisioterapia sobre hanseníase e a prática profissional no cuidado ao paciente com a doença. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo descritivo exploratório qualitativo com 68 estudantes de graduação dos cursos de fisioterapia de universidades públicas e privadas (UA, UB, UC), no Estado de Mato Grosso do Sul. Os dados foram coletados por meio de questionário com dez perguntas abertas sobre conhecimento, ação prática, motivações, interesses e processo de ensino-aprendizagem sobre a hanseníase. Para organizar e analisar os dados, utilizou-se a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. RESULTADOS: Encontrou-se que 60% dos estudantes de UA, 63% de UB e 30,8% de UC têm concepção geral sobre a doença. 46,7% dos estudantes da UA, 77,8% da UB e 80,9% da UC nunca tiveram contato com pacientes com hanseníase. Mais da metade dos estudantes das três universidades disseram não ter conhecimento das abordagens e práticas fisioterápicas em hanseníase. Quase 100% dos estudantes de UB e UC declararam que o assunto não foi abordado durante o curso e, portanto, não se sentiram preparados para fornecer educação em saúde e para orientar em como prevenir deficiências físicas resultantes da hanseníase. 73,3% dos estudantes da UA, 96,3% da UB e 100% da UC registraram avaliações negativas, qualificando o curso como precário, insuficiente e fraco na abordagem da hanseníase. CONCLUSÃO: Conclui-se que a hanseníase deve ser incluída nos cursos de fisioterapia de forma sistemática, proporcionando atividades práticas de cuidado, desenvolvendo habilidades desde a prevenção até a reabilitação, buscando maior motivação e identificação de seu trabalho nessa área.

Palavras-chave : educação superior; aprendizagem; prática profissional; hanseníase; fisioterapia.

        · resumo em Inglês     · texto em Português | Inglês     · Português ( pdf ) | Inglês ( pdf )

 

Creative Commons License