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Journal of Human Growth and Development

versão impressa ISSN 0104-1282versão On-line ISSN 2175-3598

Resumo

PONTES, Cicília Fraga Rocha et al. Endometriose profunda: achados clínicos e epidemiológicos de mulheres diagnosticadas segundo critérios do International Deep Endometriosis Analysis Group (IDEA). J. Hum. Growth Dev. [online]. 2022, vol.32, n.2, pp. 223-231. ISSN 0104-1282.  http://dx.doi.org/10.36311/jhgd.v32.13312.

INTRODUÇÃO: endometriose ocorre quando o tecido semelhante ao endométrio acomete o peritônio, podendo infiltrar estruturas e órgãos como o intestino, o ureter, a bexiga ou a vagina e geralmente está acompanhado de processo inflamatório. Estima-se que a doença acometa 6 a 10% das mulheres em idade reprodutiva e mais de 50% das mulheres inférteis. Os dados clínicos e epidemiológicos das pacientes com EP disponíveis na literatura são provenientes de estudos cujas amostras foram selecionadas por cirurgia, portanto passíveis de vieses de seleção. A ultrassonografia pélvica endovaginal com preparo intestinal (USGTVP) tem valores de especificidade e sensibilidade elevados OBJETIVO: analisar o perfil clínico e epidemiológico das pacientes portadoras de EP diagnosticadas através da USGTVP MÉTODO: estudo transversal, que analisou 227 pacientes com diagnóstico ultrassonográfico de endometriose profunda RESULTADOS: infertilidade acometeu 43,8% das mulheres. Sintomas álgicos considerados como moderado ou grave (escala visual analógica, EVA, >3) apresentaram respectivamente a seguinte prevalência e valores médios na escala de EVA: dismenorreia em 84,7% (6,9), dispareunia em 69,1%, (4,5) disquezia menstrual em 60,7% (4,3) e disúria menstrual em 35,7% das pacientes. Antecedente de múltiplas cirurgias ocorreu em 10,4 % e apenas 6,8 % das portadoras haviam realizado fisioterapia para assoalho pélvico CONCLUSÃO: a população portadora de EP apresentou alta prevalência de infertilidade e sintomas álgicos, achados que refletem o impacto social na qualidade de vida e no planejamento familiar dessas mulheres. A alta frequência de antecedentes de múltiplas abordagens cirúrgicas e a baixa incidência de antecedente de realização de fisioterapia pélvica na população com EP, contrariando as recomendações de tratamento ideal atualmente já estabelecidas, sinalizam a dificuldade de acesso das portadoras a centros especializados

Palavras-chave : endometriose; epidemiologia; ultrassonografia; dismenorreia; dispereunia; dor pélvica; infertilidade.

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