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Revista Brasileira de Psicanálise

versão impressa ISSN 0486-641X

Resumo

JUNQUEIRA FILHO, Luiz Carlos Uchôa. O vazio e a negatividade como fatores na “Mudança catastrófica” de Bion. Rev. bras. psicanál [online]. 2012, vol.46, n.2, pp. 151-165. ISSN 0486-641X.

O artigo procura explorar de que forma o vazio e a negatividade funcionam como fatores no estado de “mudança catastrófica” descrito por Bion. Esse é um estado polivalente, pois, como dizia Bion, tanto pode representar um colapso quanto uma erupção ou desobstrução. O vazio, o lugar onde o objeto estava, desafia o psiquismo a modificar a frustração (por intermédio do pensamento) ou a evadir-se dela (mediante a evacuação da dor psíquica): mas o vazio (no-thing) deve ser diferenciado do nada (nothing). A negatividade foi amplamente empregada por Bion na elucidação de estados de não pensar, seja ao usar uma linguagem do desdizer, ao estudar a negação dos elementos de psicanálise, ou a imaginar uma grade negativa. As ideias de Bion podem ser aprofundadas mediante um resgate das formulações pioneiras de Hegel e mediante a contribuição de André Green sobre o trabalho do negativo. Quatro fragmentos clínicos procuram ilustrar a conjunção constante entre vazio, negatividade e mudança catastrófica.

Palavras-chave : vazio; negatividade; mudança; catastrófica; apagamento; linguagem apofática.

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