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Revista Brasileira de Psicanálise

versão impressa ISSN 0486-641X

Resumo

PINETTA, Juan. A busca do diálogo como política psicanalítica: uma tensão entre “criação de intervenções” e “neutralidade e abstinência”.Traduzido por(Trad.) Claudia Berliner. Rev. bras. psicanál [online]. 2018, vol.52, n.4, pp. 31-48. ISSN 0486-641X.

Pensando em promover intervenções na cultura e na comunidade, surgem reflexões sobre os psicanalistas como agentes que produzem transformações subjetivas - portanto, do contexto social de que fazem parte. Pondo em tensão as regras de neutralidade e abstinência, o psicanalista aparece como um ator que, exercendo uma política, a da psicanálise, promove mudanças ante o estado de coisas que, objetivadas previamente, produzem sofrimento. O psicanalista não é demandado: ele se autodemanda, motivado por avaliações que têm a ver com o valor da vida, da comunidade, em que cada sujeito é parte vincular da trama social. A partir dos termos promover, intervenção, comunidade e cultura, tenta-se dar conta da dimensão do convite a participar ativamente de fenômenos que são sintoma de modos de poder e de vínculos, que devem ser postos em diálogo para, pelo menos, tentar mudanças mínimas na tensão entre as autonomias social e individual. E, sobretudo, propõe-se a necessidade de uma psicanálise que ponha os pés na lama e que não tema o intercâmbio com os representantes do poder da vez, vencendo tabus e ideologias impeditivas de qualquer mudança por estarem à espera de utópicos tempos ideais.

Palavras-chave : comunidade; cultura; sociedade; intervenção; política.

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