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Psicologo informacao

versão impressa ISSN 1415-8809

Resumo

WORMHOUDT, Airen Prada. Violência urbana: estereótipo do agressor e da vítima. Psicol inf. [online]. 2006, vol.10, n.10, pp. 9-29. ISSN 1415-8809.

A exposição à criminalidade transforma-a em acontecimento rotineiro e passa a ser desta forma representada pelos grupos sociais. As informações sobre o fenômeno da violência que fazem parte do cotidiano podem embasar as crenças dos indivíduos que, quando super generalizadas, denominam-se estereótipos. Buscando maiores informações, o presente estudo teve por objetivo investigar estereótipos formados pelos indivíduos a respeito da criminalidade. Para tal, foi elaborado um questionário misto a partir de um inventário de delitos e de informações provenientes do NEV/USP (Núcleo de Estudos da Violência / USP), visando identificar na opinião dos participantes (amostra não probabilística de adolescentes e adultos, de ambos os sexos, encontrados em locais públicos na região do Grande ABC) quais os delitos mais freqüentes, horário e local onde ocorrem e os perfis dos agressores e das vítimas. Os resultados indicaram que os quatro delitos mais freqüentemente apontados foram: Roubo (86,4%), Seqüestro (69,1%), Furto (58%) e Homicídio (51,9%). Em relação aos agressores, os participantes afirmaram que são homens, com idade entre 19 e 25 anos, que não completaram o ensino fundamental, desempregados, de cor negra e na maioria estavam sob efeito de álcool e drogas. No que diz respeito às vítimas, os participantes apontaram a mulher como sendo maioria, com idade entre 19 e 25 anos, com ensino médio completo, trabalhando em atividade formal, de cor branca, não estando sob o efeito de álcool e drogas. Em relação à leitura de jornal, 50,6% dos participantes afirmaram ter tal costume, porém relataram que seu principal veículo de informação é a televisão (54%). Concluiu-se: efetivamente os resultados apontaram que, questionadas sobre o fenômeno da violência, as pessoas recorrem aos estereótipos enquanto estratégia heurística. Assim é que, enquanto avaros mentais, dentre as informações pedidas pelo instrumento, os indivíduos informaram os sinais considerados relevantes para ambos os perfis (agressor e vítima). De fato, para defender a identidade positiva de seu grupo (vítimas), as pessoas construíram uma imagem positiva desse mesmo grupo em contraposição ao grupo dos agressores. Estas e outras conclusões sugerem a necessidade de estudos complementares

Palavras-chave : criminalidade; crenças; estereótipo.

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