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Natureza humana

versão impressa ISSN 1517-2430

Resumo

BITENCOURT, Amauri Carboni. Do ato de ver ao olhar que se mostra: observações psicanalíticas e filosóficas da obra de arte. Nat. hum. [online]. 2015, vol.17, n.2, pp. 93-111. ISSN 1517-2430.

Neste estudo pretendemos explorar a esquize do olho e do olhar na pintura a partir da leitura lacaniana de O visível e o invisível, de Merleau-Ponty. Se, de um lado, o ato de ver apreende os objetos do mundo cultural e os ultrapassa, de outro, há o olhar como aquilo que se mostra ao observador, desorganizando seu campo perceptivo. Esse olhar de fora, que nos percebe e nos arrebata, é concebido por Lacan como o registro do Real e descrito por Merleau-Ponty como o "olhar estrangeiro". Qual outrem, esse "olhar estrangeiro" vem surpreender o pintor (e o espectador), brotando do fundo do horizonte invisível, inesgotável, e inscreve-se continuamente, produzindo desejos e incitando o artista a elaborar novas criações. Nesse sentido, este trabalho tem por objetivo investigar a leitura que Lacan fez de Merleau-Ponty no Seminário XI acerca do olhar como estranhamento a partir de O visível e o invisível, bem como suas implicações na "visibilidade anônima" que habita a obra de arte.

Palavras-chave : esquize; olhar estrangeiro; horizonte invisível; criação; visibilidade anônima.

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