SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.19 número1Entre a neuropatologia de Charcot e a psicologia de Bernheim: considerações sobre a hipnose nos primórdios da pesquisa freudiana índice de autoresíndice de materiabúsqueda de artículos
Home Pagelista alfabética de revistas  

Natureza humana

versión impresa ISSN 1517-2430

Resumen

LIMA, Vinícius Moreira  y  BELO, Fábio Roberto Rodrigues. As mulheres de Nietzsche e Freud: uma leitura laplancheana. Nat. hum. [online]. 2017, vol.19, n.1, pp. 128-148. ISSN 1517-2430.

Nietzsche e Freud produziram representações teóricas das mulheres e do gênero feminino muito similares. Por meio do método hermenêutico-crítico e da crítica historicista, a comparação entre essas representações corrobora a hipótese de que ambos os autores contribuem para a construção de uma rede representacional que articula fortemente a mulher a elementos de passividade, masoquismo, pudor, maternidade, submissão, docilidade e rebeldia. A análise permite-nos demonstrar a tese de Jean Laplanche, segundo a qual o gênero é um esquema narrativo ou um código que traduz a sexualidade inconsciente. Para a teoria laplancheana, os arranjos de gênero fornecem uma organização possível - mas não necessária - ao sexual infantil, ajudando no processo de recalcamento. Isso se vincula a uma tradução generificada da atividade e da passividade originária em termos de masculinidade e feminilidade. Assim, acreditando que, em suas teorizações, tanto Freud quanto Nietzsche fazem uso dessa engrenagem tradutiva, herdada do social,torna-se fundamental desconstruir a imagem da mulher presente nos dois autores a fim de abrir espaço para representações menos comprometidas com a perspectiva falocêntrica.

Palabras clave : gênero; mulher; sexualidade; falo; passividade.

        · resumen en Inglés     · texto en Portugués     · Portugués ( pdf )

 

Creative Commons License