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Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva

versão impressa ISSN 1517-5545

Resumo

AMARAL, Vera Lúcia Adami Raposo do  e  MAGNA, Luiz Alberto. Satisfação conjugal de casais com filhos portadores de deformidades faciais. Rev. bras. ter. comport. cogn. [online]. 1999, vol.1, n.2, pp.143-157. ISSN 1517-5545.

A presente investigação visou verificar a satisfação conjugal de pais de bebês portadores de deformidades crânio faciais e realizar um seguimento por um período de três a quatro meses, após a primeira entrevista a fim de detectar possíveis mudanças no decorrer do tempo. Foram entrevistados 20 casais com filhos portadores de deformidades faciais. O instrumento utilizado para o levantamento dos dados foi uma escala denominada "Índice de Satisfação Conjugal - IMS". Foi utilizada, também, uma ficha de identificação dos sujeitos para levantamento de dados sobre profissão dos pais, planejamento da gravidez, estado civil, posição do filho na família e questões abertas cujo objetivo foi investigar a reação dos pais ao nascimento da criança, crenças a respeito da deformidade, e sentimentos em relação aos cuidados gerais com o bebê e alterações no relacionamento do casal em função do nascimento do filho. Os dados apontaram poucas diferenças significantes entre os pais e mães e entre a primeira e a segunda aplicação no ISC. Os itens que apresentaram significância estavam relacionados à confiança, à compreensão entre o casal, à satisfação sexual, ao interesse e ao diálogo. Em relação aos fatores analisados como relacionamento sexual, social, diálogo, relacionamento afetivo, divisão de tarefas e relacionamento com parentes, o fator que obteve diferença significante entre pais e mães foi o elacionamento sexual. Em relação às situações vividas as mais freqüentes foram às situações psicológicas negativas para as mães, indicando que o nascimento de um filho deformado exerce maior impacto sobre as mães do que sobre os pais. As causas das deformidades mais freqüentemente destacados pelos pais foram as crenças supersticiosas. Estes dados demonstram para a necessidade de intervenção psicológica em relação aos pais que tiveram filhos portadores de deformidades. Tanto o apoio como informações adequadas podem facilitar o enfrentamento e possibilitar aos pais a ajuda aos seus filhos no difícil e longo processo de reabilitação.

Palavras-chave : satisfação conjugal; filhos com doenças crônicas; crianças com deformidades faciais.

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