SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.4 número2Tempo do sujeito, tempo do mundo, tempo da clínicaO gozo extático do expectador de uma cena perversa índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Revista Mal Estar e Subjetividade

versão impressa ISSN 1518-6148versão On-line ISSN 2175-3644

Resumo

BASTOS, Angélica. Segregação, gozo e sintoma. Rev. Mal-Estar Subj. [online]. 2004, vol.4, n.2, pp. 251-265. ISSN 1518-6148.

O presente artigo aborda a problemática da segregação envolvida no mal-estar subjetivo e tem por objetivo apontar linhas de trabalho psicanalítico capaz de enfrentá-la. Com base na pesquisa clínica e programas de investigação desenvolvidos numa parceria entre a universidade e uma instituição pública de saúde mental, o interesse do trabalho incide na elaboração de dispositivos clínicos voltados para as psicoses, o autismo e outros quadros contemporâneos distantes daqueles que suscitaram a invenção do dispositivo analítico tradicional. Partindo da distinção colocada na literatura entre a segregação tradicional e a "neo-segregação", sustenta-se a hipótese segundo a qual o gozo, aqui entendido como satisfação pulsional independente do prazer, é um fator de segregação. Busca-se demonstrar como a psicanálise, por sua prática clínica, pode operar contra a segregação e a favor do laço social, contribuindo para as políticas de inclusão na área de saúde e educação. Procura-se mostrar como a perspectiva analítica subverte a concepção que vê no sintoma e no delírio produtos patológicos a serem erradicados. Na atividade clínica destaca-se o trabalho de ancoragem do gozo na palavra, suscetível de tratá-lo e de circunscrever a particularidade do sujeito. Assim, chega-se a uma outra concepção de sintoma, que deve ser construído, segundo um processo de bricolagem.

Palavras-chave : Segregação; gozo; sintoma; psicanálise; psicopatologia.

        · resumo em Inglês     · texto em Português     · Português ( pdf )

 

Creative Commons License