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Revista Mal Estar e Subjetividade

versão impressa ISSN 1518-6148versão On-line ISSN 2175-3644

Resumo

TAVARES, Pedro Heliodoro de Moraes Branco. Fausto como paradigma da melancolia. Rev. Mal-Estar Subj. [online]. 2009, vol.9, n.2, pp. 459-486. ISSN 1518-6148.

No presente artigo, pretendemos demonstrar, seguindo os caminhos abertos pelo próprio Freud ao construir suas teorias sobre a nosografia psicanalítica baseada em casos paradigmáticos - tais como Dora, para a histeria; o Homem-dos-Ratos, para a Neurose Obsessiva e Schreber, para a psicose - como poderíamos pensar em um modelo para a controversa estrutura ou tipo clínico da Melancolia no tema literário de Fausto como o seu melhor exemplo. Como o próprio Freud nos ensinou a aprender com as obras-primas da literatura universal e fez ele mesmo, de seus casos clínicos clássicos, grandiosas obras literárias, tomamos o protagonista do drama mais citado ao longo de sua obra (o Fausto de Goethe) como uma espécie de "apoio/anáclise" (Anlehnung) ficcional para a metapsicologia da Melancolia no que diz respeito às suas relações com o saber, a verdade, a estética, a inibição e assim por diante. Para tanto, contaremos como importante subsídio teórico, no que concerne à Melancolia em suas relações como a estética, com as obras de Marie-Claude Lambotte e tentaremos demonstrar como Fausto pode exteriorizar não tão somente as limitações desta estrutura clínica (neurose narcísica, de acordo com Lambotte), mas traz também as chaves para um saber-fazer baseado em suas condições subjetivas.

Palavras-chave : Fausto; Melancolia; Estruturas clínicas; Saber; Verdade.

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