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Cógito

Print version ISSN 1519-9479

Abstract

VICENTE, Sônia. O ato analítico. Cogito [online]. 2004, vol.6, pp. 39-43. ISSN 1519-9479.

Estipular regras constitui-se, ao longo da história da psicanálise, uma tentativa de resposta para a pergunta sobre as condições requeridas para que uma prática qualificada de psicanálise. Nos idos dos anos cinqüenta, as regras do dispositivo analítico se cristalizaram, a ponto de o que era para preservar a identidade da psicanálise Ter se transformado numa série de prescrições. Isto porque em nome dessas regras abriu-se mão da indagação dos princípios, que fundamentam o estilo de psicanalista e nesse momento apagou-se aquilo que é a fonte da eficácia da psicanálise, a surpresa. As regras assim utilizadas resultaram na inibição do ato analítico. Então, quais são os princípios para que o fazer do psicanalista seja conforme a essência da psicanálise ? na prática lacaniana a orientação é em direção ao real. Portanto, uma maior liberdade em relação ás regras não tem nada de arbitrário, é sim um recentramento da experiência analítica, saindo da antinomia inconsciente/ realidade para o de interpretação entre linguagem e gozo. Nessa via, o ato uma vez realizado, possibilita á substância gozante tomar sua forma lógica, sendo nessa perspectiva de realização que está a visada do ato analítico. A partir dessa teorização, o trabalho explorará que a psicanálise pode ser aplicada em condições variadas, que pode prescindir do standard, sem se tornar uma psicoterapia.

Keywords : Experiência analítica; Orientação ao real; Regras; Princípios; Inconsciente; Interpretação; Saber; Ato analítico.

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