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Cógito

versão impressa ISSN 1519-9479

Resumo

DIAMANTINO, Rui Maia. Tempo, tempo, tempo, tempo: o tempo na análise em tempos líquidos. Cogito [online]. 2011, vol.12, pp. 30-35. ISSN 1519-9479.

Freud, em seu texto “Análise terminável e interminável” de 1937, discute sobre a duração de uma análise e as possibilidades de abreviar ou não a sua duração, já que ele reconhece “a duração inconvenientemente longa do tratamento analítico”. Por sua vez, Lacan, nos Escritos, discute a estrutura temporal do processo lógico imbricada na produção dos significantes, especificando a modulação do tempo no movimento do sofisma: o instante de olhar, o tempo para compreender e o momento de concluir. Esses tempos guardam correlação com os três tempos da análise em Freud: recordar, repetir e elaborar. Há, portanto, tempos que constituem a duração de uma análise. Zygmunt Bauman propõe o conceito de “tempo líquido”. Neste tempo, no qual há uma fagocitose dos tempos no cotidiano da vida humana, tempo marcado pelo realtime do mundo cyber, cuja imediaticidade torna-o zero entre demanda e resposta, o tempo do inconsciente torna a análise um dispositivo factível para a subjetividade constituída na contemporaneidade? Este texto empreende algumas tentativas de elucidar tal questão, fundamental, ao ver do autor, para situar a Psicanálise na cultura líquida.

Palavras-chave : cultura líquida; tempos líquidos; tempo lógico; análise; psicanálise.

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