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Stylus (Rio de Janeiro)

versão impressa ISSN 1676-157X

Resumo

VIDAL, Camila. Névoa…. Stylus (Rio J.) [online]. 2016, n.32, pp. 13-24. ISSN 1676-157X.

O desejo do analista é o que resulta e que se pode colocar em funcionamento, uma vez que o percurso da cura desvencilhou o sujeito de sua crença no Outro, fazendo-o responsável por seu próprio gozo, tanto daquele que está como daquele que falta; fundamentalmente do que falta poderíamos dizer, já que é o que permitirá situar o "paciente" não como objeto na busca desse gozo que falta, mas deixar esse lugar vazio, permitindo, assim, que o analisante se encontre com esse desejo inédito, no qual, pela primeira vez, não será tomado como corpo. Neste caso, o desejo do analista finalmente aparece com a "névoa"; esse real mesmo que já não está mais no Outro, está ali perdido, garante o não todo, é o gozo que falta e que já se sabe que não está no Outro; ele não tem que ir buscá-lo no outro, porque está ali do lado do Um, mas não é nada além de "névoa". A questão é como mantê-lo ali, de forma que a "névoa" não se dissipe, se mantenha no limite do sentido. O passe é uma tentativa de que essa "névoa" não se dissipe, já que ele é o que permite sair da indefinição. Tentativa de preservar algo desse real que tende constantemente ao contrário da insistência do sentido que sempre volta, tentativa de um novo enlace de que algo disso que foi encontrado, tão valioso, não se perca.

Palavras-chave : Passar; Gozo feminino; Horror de saber; Desejo do analista.

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