SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
 número35A violência do gênero: liberdade de escolha e escolha forçada em um caso de transexualidade na infânciaA criança e a escolha do sexo índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Stylus (Rio de Janeiro)

versão impressa ISSN 1676-157X

Resumo

BOUREL, Agustina Saubidet; FONSECA, Yordy Licea  e  TORRES, Rosana Maldonado. Incesto: o tabu de Édipo. Quando a função de "pelo menos um que não" falha. Stylus (Rio J.) [online]. 2017, n.35, pp. 91-102. ISSN 1676-157X.

Desde cedo, Lacan pôde destacar os efeitos devastadores do incesto, colocando essa questão em termos de devastação. Em geral, essa parece ser a referência mais comum utilizada nos casos de incesto para explicar a gravidade sintomática dos pacientes. No entanto, quando Lacan desenvolve o nó borromeano no Seminário 22 (complexo de Édipo - realidade psíquica freudiana), confere à interdição do incesto um caráter estruturante e simbólico, sendo, segundo Lévi-Strauss, a norma/intervenção (universal e particular ao mesmo tempo) que permite a passagem da natureza à cultura. Essas referências exigem, então, que revisemos a questão do incesto em termos lógicos das fórmulas de sexuação, e não tanto do sentido descritivo do tema, tornando visível o fracasso estrutural da função "pelo menos um que não" (desenvolvido durante os Seminários 18, 19 e 20) e suas implicações no nível do complexo de Édipo (como o quarto que amarra os três registros) e das políticas de gozo. Sem dúvida, a mulher como objeto de gozo, desenvolvida no Seminário 14, mais as contribuições recentes de Silvia Federici sobre as mulheres, o corpo e a acumulação original, serão passagens necessárias para entender o lugar da mulher e do capital em toda essa questão tão estranha quanto ameaçadora.

Palavras-chave : Incesto; Avunculado; Lévi-Strauss; Gozo.

        · resumo em Inglês | Espanhol | Francês     · texto em Português | Espanhol     · Português ( pdf )

 

Creative Commons License