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Psicologia em Revista

versão impressa ISSN 1677-1168

Resumo

BASSOLS, Miquel. A legenda dos genes e os leitores do cérebro. Psicol. rev. (Belo Horizonte) [online]. 2009, vol.15, n.1, pp. 17-27. ISSN 1677-1168.

Entre psicanálise e cognitivismo, entre psicanálise e neurociências, não há ponto de interseção, são campo disjuntos, sem convergência nem objeto comum possível. Isso por uma razão simples que o leitor encontrará argumentada de várias formas, precisadas nas páginas que seguem: a psicanálise e o cognitivismo, assim como a psicanálise e as neurociências, frente a frente, tratam de reais distintos, radicalmente heterogêneos. O real próprio da psicanálise, esse real que Sigmund Freud abordou com o conceito de inconsciente e que Jacques Lacan escreveu com a letra do objeto a, esse real sem lei que não atende à probabilidade nem ao azar e que definimos, finalmente, como o impossível, como o que não deixa de não se escrever, é um real que não superpõe nem poderá localizar-se, jamais, no real objetivável das neurociências. Nesse real onde a ciência supõe um saber escrito, já constituído, a psicanálise lê a página em branco do sujeito do inconsciente.

Palavras-chave : psicanálise; neurociências; real.

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